A TRAGÉDIA DO REALENGO
Normalmente não gosto de escrever sobre esses assuntos que são manchetes dos jornais e televisão. Muito menos sobre tragédias dessa ordem. Mas esse assunto em especial me instiga a escrever e manifestar meus conceitos a respeito, principalmente por ter ocorrido em uma escola, por ter implicância com as escolas, com os professores e com todo o contexto pedagógico do nosso país.
Resolvi escrever sobre o assunto, para manifestar minha opinião não sobre o que aconteceu especificamente. O mau está feito. O sofrimento das famílias e as conseqüências emocionais que se enraizarão nas cabeças de todos os adolescentes presentes na escola, já são um fato e nada mudará isso. Nem opinião, nem conceitos, nem investigações, nem polícia, nem as compaixões que se fazem Brasil afora. Tantas puramente demagogas. Nem os pronunciamentos hipócritas nas câmeras do congresso.
Entendo que esse não é um caso de polícia. De justiça. Claro que agora virão uma série de atitudes, de iniciativas, que farão com que muitas escolas virem quartéis generais, com seguranças armados, circuito interno de televisão, detectores de metais, identificações digitais, etc. etc. etc.
E lá dentro da escola? Dentro das salas de aula? Creio que pouco mudará. Continuará a educação sendo uma indústria lucrativa nas escolas particulares e uma fonte de emprego e estabilidade nas escolas públicas, com “trocentas” teorias pedagógicas medíocres, hipócritas, sem praticidade e uma enganação demagoga coletiva nos debates pedagógicos.
Devemos lembrar que o assassino suicida Wellington, fez-me um homem desequilibrado emocional, cujos conflitos e distúrbios o levaram a cometer tal atrocidade, com pessoas alheias aos seus problemas e suas causas e consigo próprio, pois, suicidou-se. Mas esse homem desequilibrado, não se desequilibrou já adulto.
Esse desequilíbrio foi se fazendo em toda sua formação. O assassino Wellington, um dia foi um menino e freqüentou uma escola. Teve professores, pedagogos, avaliando-o durante anos. Esse assassino, foi um adolescente e freqüentou a mesma escola, onde voltou para cometer essa barbárie, durante alguns anos, sendo olhado, observado e avaliado durante anos, por profissionais que se dizem especialistas pedagógicos.
Esteve durante anos freqüentando escolas e sob a custódia de toda uma estrutura pedagógica, responsável pela sua formação intelectual e sua preparação para a vida adulta. Por que toda essa gente, cheia de direitos e reivindicações, de teorias e conceitos, não percebeu no ainda menino ou no então adolescente, o seu desequilíbrio, agora tão evidenciado que já se manifestava desde a infância? Durante toda sua adolescência?
Agora, faz-se da vítima da inoperância das escolas e do aparato pedagógico, um caso de polícia. Agora, quer-se confortar as vítimas e/ou seus familiares, com comoções piegas e hipócritas, escondendo debaixo do tapete da inoperância e da fragilidade pedagógica de todo o corpo educacional do Brasil, os reais culpados por este fato e por tantos outros que são jogados nos cestos de lixo dos corredores das escolas e dos gabinetes tantos.
Não adiantará de nada proteger as escolas pelo lado de fora. De nada adiantará a criação de mais e mais leis. Precisamos sim que as escolas sejam protegidas, por dentro, dos tantos falsos professores, dos tantos irresponsáveis envolvidos com a educação, em todos os âmbitos.
Não precisamos de mais regras. De mais leis. De mais e mais teorias educacionais. Precisamos sim cumprir as leis e regras que já existem. Precisamos sim, rever os conceitos sobre o que é um professor, um orientador, um diretor de escola. O que é um secretário de educação, um ministro da educação.
O salário dos professores é – efetivamente – um caso de polícia. A remuneração dos professores, esta sim, é um caso de polícia. Mas quantos professores merecem o título de professor? Quantos assumem efetivamente a função de educador? Por conseqüência, quantos merecem um salário, uma remuneração condizente com aquilo que toda a sociedade entende e deseja deva ser o salário de um professor?
Os professores e todo o corpo docente da escola onde ocorreu a tragédia, por coincidência a mesma onde o Wellington esteve durante anos e que não perceberam, ou simplesmente se omitiram, diante do seu já aparente desequilíbrio, mereceriam ter melhores ganhos? Mereceriam o título de educadores?
Esses sim deveriam ser investigados, suas responsabilidades apuradas, suas omissões julgadas e suas negligências profissionais condenadas. Um engenheiro não responde pelas conseqüências de um prédio que construiu e que provocou danos? Um médico não é investigado, julgado e condenado pelos seus erros no exercício da profissão?
Que educação, que orientação, que avaliação, que atenção teve o Wellington na escola onde voltou para cometer uma tragédia?
Até concordo que minhas colocações não sejam de todo assertivas, mas que tem algum fundamento e que merecem reflexão, disto não tenho dúvidas.
Normalmente não gosto de escrever sobre esses assuntos que são manchetes dos jornais e televisão. Muito menos sobre tragédias dessa ordem. Mas esse assunto em especial me instiga a escrever e manifestar meus conceitos a respeito, principalmente por ter ocorrido em uma escola, por ter implicância com as escolas, com os professores e com todo o contexto pedagógico do nosso país.
Resolvi escrever sobre o assunto, para manifestar minha opinião não sobre o que aconteceu especificamente. O mau está feito. O sofrimento das famílias e as conseqüências emocionais que se enraizarão nas cabeças de todos os adolescentes presentes na escola, já são um fato e nada mudará isso. Nem opinião, nem conceitos, nem investigações, nem polícia, nem as compaixões que se fazem Brasil afora. Tantas puramente demagogas. Nem os pronunciamentos hipócritas nas câmeras do congresso.
Entendo que esse não é um caso de polícia. De justiça. Claro que agora virão uma série de atitudes, de iniciativas, que farão com que muitas escolas virem quartéis generais, com seguranças armados, circuito interno de televisão, detectores de metais, identificações digitais, etc. etc. etc.
E lá dentro da escola? Dentro das salas de aula? Creio que pouco mudará. Continuará a educação sendo uma indústria lucrativa nas escolas particulares e uma fonte de emprego e estabilidade nas escolas públicas, com “trocentas” teorias pedagógicas medíocres, hipócritas, sem praticidade e uma enganação demagoga coletiva nos debates pedagógicos.
Devemos lembrar que o assassino suicida Wellington, fez-me um homem desequilibrado emocional, cujos conflitos e distúrbios o levaram a cometer tal atrocidade, com pessoas alheias aos seus problemas e suas causas e consigo próprio, pois, suicidou-se. Mas esse homem desequilibrado, não se desequilibrou já adulto.
Esse desequilíbrio foi se fazendo em toda sua formação. O assassino Wellington, um dia foi um menino e freqüentou uma escola. Teve professores, pedagogos, avaliando-o durante anos. Esse assassino, foi um adolescente e freqüentou a mesma escola, onde voltou para cometer essa barbárie, durante alguns anos, sendo olhado, observado e avaliado durante anos, por profissionais que se dizem especialistas pedagógicos.
Esteve durante anos freqüentando escolas e sob a custódia de toda uma estrutura pedagógica, responsável pela sua formação intelectual e sua preparação para a vida adulta. Por que toda essa gente, cheia de direitos e reivindicações, de teorias e conceitos, não percebeu no ainda menino ou no então adolescente, o seu desequilíbrio, agora tão evidenciado que já se manifestava desde a infância? Durante toda sua adolescência?
Agora, faz-se da vítima da inoperância das escolas e do aparato pedagógico, um caso de polícia. Agora, quer-se confortar as vítimas e/ou seus familiares, com comoções piegas e hipócritas, escondendo debaixo do tapete da inoperância e da fragilidade pedagógica de todo o corpo educacional do Brasil, os reais culpados por este fato e por tantos outros que são jogados nos cestos de lixo dos corredores das escolas e dos gabinetes tantos.
Não adiantará de nada proteger as escolas pelo lado de fora. De nada adiantará a criação de mais e mais leis. Precisamos sim que as escolas sejam protegidas, por dentro, dos tantos falsos professores, dos tantos irresponsáveis envolvidos com a educação, em todos os âmbitos.
Não precisamos de mais regras. De mais leis. De mais e mais teorias educacionais. Precisamos sim cumprir as leis e regras que já existem. Precisamos sim, rever os conceitos sobre o que é um professor, um orientador, um diretor de escola. O que é um secretário de educação, um ministro da educação.
O salário dos professores é – efetivamente – um caso de polícia. A remuneração dos professores, esta sim, é um caso de polícia. Mas quantos professores merecem o título de professor? Quantos assumem efetivamente a função de educador? Por conseqüência, quantos merecem um salário, uma remuneração condizente com aquilo que toda a sociedade entende e deseja deva ser o salário de um professor?
Os professores e todo o corpo docente da escola onde ocorreu a tragédia, por coincidência a mesma onde o Wellington esteve durante anos e que não perceberam, ou simplesmente se omitiram, diante do seu já aparente desequilíbrio, mereceriam ter melhores ganhos? Mereceriam o título de educadores?
Esses sim deveriam ser investigados, suas responsabilidades apuradas, suas omissões julgadas e suas negligências profissionais condenadas. Um engenheiro não responde pelas conseqüências de um prédio que construiu e que provocou danos? Um médico não é investigado, julgado e condenado pelos seus erros no exercício da profissão?
Que educação, que orientação, que avaliação, que atenção teve o Wellington na escola onde voltou para cometer uma tragédia?
Até concordo que minhas colocações não sejam de todo assertivas, mas que tem algum fundamento e que merecem reflexão, disto não tenho dúvidas.