A IMPORTÂNCIA DO OUTRO PARA SI
A IMPORTÂNCIA DO OUTRO PARA SI
É difícil formular com exatidão uma idéia que diga da ligação entre pensamento, tempo e espaço, quando nos referirmos à relação de um individuo com o outro. Falando do sujeito, ao observar o valor da presença do outro para si, em sua aproximação pela amizade com estreitamento na relação por intimidade contida a dois em uma mesma esfera de vida, entende-se que o indivíduo procura nas suas partes, mais do que o erro; procura mais do que a falta; procura mais do que a disforme imagem da beleza do amor mal vivido. Quando o sujeito percebe o outro em suas partes da imagem que se mostra com busca a uma relação, necessariamente nega a si mesmo em seu conceito de perfeição, passando a compreender o outro como é, sem interferência de si mesmo como sendo. Ele vê o outro, descobrindo não apenas o diferente, mas também, o igual que pode com sua presença ser inserido no processo de vida de si como sujeito; vê o outro como o que se faz necessário para a sua continuidade, já que como um ser, ele precisa perpetuar o de si na existência. É preciso dizer que não podemos continuar a existir sem um outro fora de nós. O outro é feito pelo sujeito que percebe a figura de valor quando lhe conceitua como sendo do que foi percebido por ele por meio do que de si é tomado como valor. O outro, tanto se mostra como valor, como se faz indicador do que o sujeito de si mesmo representa em suas partes na existência. Essas partes, como experiências vividas, tornam-se os registros do que o outro guarda do sujeito que se expôs, quando como se fez entendido em tudo do quanto foi possível se mostrar para que fosse percebido dele pelo outro. Sem o outro, tudo que se faz será para o momento de si mesmo, não podendo em seu resultado ser lembrado em seu feito como marco na existência, ainda que, quando por outro for desfrutado, mas sem se saber de quem provem tal desfrute. Quando se faz e revela do que se faz, apresenta ao pensamento do outro, o tudo que ele é como idealizador e realizador na experiência da vida. O espaço que pertence ao sujeito, não se desfaz pelo que se diz das coisas como sendo apenas resultado do acaso das coincidências, se um outro estiver presente como testemunho do que o sujeito representou para a idealização, realização e construção das tais coisas na existência. Com respeito à história, o espaço será deformado, resultando em um inexistente a memória ao tempo, quando o sujeito não for perdurado pelo outro em seu dito do que foi percebido dele. A relação de um individuo com um outro, não se resume a uma mera convivência no espaço, ocupado apenas no tempo de cada experiência vivida, mas na concretização de uma aliança com troca de sentimentos e informações, com resultado de ações e perpetuidade da imagem do que um do outro se percebeu e em seu pensamento se faz presente para sempre. Então, o sujeito depende do outro em sua percepção para ser lembrado no que é na existência, ainda que seja o que é independentemente do que se diga dele, mas para que seja eternizado na memória dos que fazem parte do processo de vida na existência.
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