Hera, a legítima Senhora do Olimpo

Como todos os seus irmãos, com exceção de Zeus, Hera foi engolida pelo pai Crono ao nascer, mas todos foram salvos após os combates vitoriosos do futuro marido. Para o poeta Hesíodo, Hera foi a terceira esposa de Zeus, antecedida por Têmis e Métis. Hera e Zeus tiveram as núpcias no Jardim das Hespérides, em eterna primavera. Juntos, Zeus e Hera geraram Hebe, Ares, Hítia e Hefestos.

Como legítima esposa de Zeus, Hera foi considerada protetora das esposas e do amor legítimo. A deusa era vista como ciumenta e vingativa, pois aparecia sempre irritada com as infidelidades do marido, perseguindo suas amantes e filhos gerados com deusas e mortais. Entre suas armações, transformou Io em vaca e provocou a morte de Sêmele, grávida de Dioniso. Tentou impedir o nascimento dos gêmeos Apolo e Ártemis, filhos de Zeus e Leto. Aconselhou Ártemis a matar Calisto, ninfa que Zeus seduzira se disfarçando na própria Ártemis. Para fugir da vigilância da esposa, Zeus se metamorfoseava em diferentes formas, como em touro, cisne, chuva de ouro ou no marido da mulher desejada, como fez para seduzir Alcmena.

Mas a vítima preferida da deusa foi Hércules. Quando nasceu, para torná-lo imortal, Zeus pediu a Hermes que o levasse ao seio de Hera e o fizesse mamar. Ele sugou o leite divino com tanta força que feriu a deusa. Hera o lançou para longe de si com violência, mas o leite continuou a jorrar e as gotas formaram a Via Láctea. Ela também foi a responsável pela imposição dos célebres Doze Trabalhos ao herói.

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Solange Firmino

Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online:

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Solange Firmino
Enviado por Solange Firmino em 02/04/2011
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