A secularização da igreja.

(Com base na segunda carta de Paulo a Timóteo)

De uma maneira geral esta carta foi redigida por Paulo

em caráter emergencial, pois ele estava preso em Roma

aguardando uma possível execução, não obstante isso

o momento era de perseguição a todos os cristãos.

Paulo convocava Timóteo a unir-se a ele antes

que fosse tarde demais, Paulo sabia que seu tempo

estava acabando e que, por este motivo ele exorta Timóteo

a seguir seu caminho firme e a qualquer preço

defender a bandeira do evangelho de Cristo.

Paulo também exorta-o a resistir à perseguição

que a igreja estava sofrendo, perseguição esta

empreendida por Nero. Após esta carta Paulo é decapitado,

mesmo sem haver argumentos suficientes contra ele,

Nero consegue corromper as leis romanas

e executar o apóstolo .

Nesta Carta Paulo fala sobre dois problemas,

a perseguição que vinha de fora

e aos falsos mestres misturados com os santos.

A Igreja de Cristo não pode de maneira alguma

se deixar deturpar ou secularizar-se para tentar

amenizar o sentimento de exclusão que o cristão

é submetido quando confrontado com

os conceitos e filosofias pós-modernos(ou contemporâneos)...

Paulo trata deste assunto quando fala a respeito

de Himeneu e fileto, tudo indica que o conceito de uma

ressurreição futura no corpo não atraía

o pensamento grego, embora a ressurreição espiritual

fosse mais digerível para os gregos.

Aparentemente Himeneu e Fileto “desmitologizaram”

o evangelho para torna-lo mais agradável aos gregos,

e por isso Paulo os entregou a satanás. Ver 1 Tm 1:20.

Assim como hoje, era fácil para quase qualquer orador

adquirir uma audição, porque só alguns eram

qualificados o bastante nas escrituras para discernir verdade

de erro, ao invés de ser dependente do

ensinamento de outros.

Nossas igrejas estão cheias de homens trocando o conteúdo

pela forma, frases e discursos de efeito que emocionam,

mas que nem chegam perto de atingir a razão de

seus ouvintes, desta maneira se auto denominam

pregadores avivados, mas avivamento nada tem a

ver com emocionalismo, avivamento se dá no coração e

é refletido em adoração sincera e em fervorosa devoção a Deus,

assim como era o apóstolo Paulo,

um homem tão apaixonado pelo evangelho, que nem cadeias,

nem açoites, nem fome ou nudez o impediram

de transmitir o verdadeiro evangelho de Cristo,

através do qual vidas eram verdadeiramente transformadas,

enfermos eram curados, e o Espírito Santo se fazia notório

nas reuniões em que Paulo participava e pregava, avivamento este onde a palavra de Deus era apregoada sem

maquiagem e nem era suavizada para agradar a ninguém,

fossem gregos, romanos ou judeus. Se Paulo estivesse vivendo

em nosso tempo condenaria o ecumenismo que pouco a pouco

vem tentando instalar-se nas igrejas, ecumenismo e em alguns casos até se chega ao sectarismo. Que não são outra coisa, senão a aberta corrupção dos preceitos sagrados do evangelho de Cristo.

O verdadeiro crente não pode de maneira nenhuma

perder a identidade cristã,

e deve jogar fora qualquer tentativa que façam

de lhe impor uma valorização da forma ao invés do conteúdo,

isto inclui: Introdução de elementos de outras religiões na liturgia cristã, pregações sem conteúdo, cheias de frases de efeito

buscando emocionar as pessoas, ignorando os preceitos bíblicos

para agradar pessoas que não se curvam à vontade de Deus.

E se em nossos corações existe uma carência ou

um clamor para que voltemos e busquemos o verdadeiro avivamento,

que comece em nós o esforço para produzir tal avivamento

e assim como Paulo chocar a nossa geração!