MULHER CARENTE PROCURA...
Meu primeiro computador só chegou ao final da Década de 90, portanto há pouco mais de 10 anos. Era um moderno (na época) 586 com monitor monocromático e as telas verdes, horríveis para os olhos, já estavam sendo substituídas pelas em branco e preto. Eu trabalhei e me diverti com aquela máquina, principalmente quando eu o pus para processar os primeiros programas de internet como o MIRc, que era uma espécie de MSN atualmente.
Logo em seguida eu já havia adquirido outro mais potente, com monitor de 14 polegadas colorido e naquela ocasião, lá pelos idos de 1999, eu já observava as primeiras páginas virtuais da grande rede, principalmente as páginas proibidas, cheias de cenas delirantes e coloridas que revelavam até a alma das pessoas. – Era incrível poder ver tudo aquilo sem sair do sofá e observar o mundo on-line por uma ótica jamais vista.
Foi através daquele último computador e do programa mensageiro MIRc que eu fui parar no Texas. Podem acreditar que um dia quando estava on-line, acabei conhecendo uma médica texana e meses depois estávamos juntos numa aventura romântica e prazerosa, que não causou nenhum aborrecimento para ambos, pois sabíamos que o computador e a internet eram meros auxiliares da vontade das pessoas.
Voltando um pouco no tempo, bem antes da internet ter virado esta vedete fantástica do mundo moderno, quem quisesse se comunicar com alguém sem tê-lo conhecido antes, normalmente recorria a revistas sociais que informavam alguns endereços para correspondência tradicional, aquela que se coloca num envelope selado e é enviada pelos Correios. Aos mais liberais que desejavam uma correspondência mais picante com alguém o mais comum eram as caixas postais, também dos Correios, que mantinham o sigilo das informações; tais caixas postais eram divulgadas em revistas eróticas onde pessoas publicavam suas fotografias em poses desinibidas e quem fosse por ventura identificada numa destas revistas, virava alvo de comentários eternos ou eram rotuladas como aberrações sociais.
Mas o tempo passou tão depressa e em pouco tempo estes tipos de contatos pessoais acabou virando literalmente uma coisa decorrida e imêmore, dado ao avanço tecnológico que nos coloca cada vez mais próximo das outras pessoas; através de uma simples onda que atravessa o globo em segundos, e que leva imagem, som e informação num piscar de olhos.
Fui ao Texas para conhecer alguém por meio da internet, mas também conheci pessoas pelo método tradicional, mandando cartas; na verdade eu já experimentei muitos tipos de comunicação à distância, como por exemplo, Telex e Rádio Amador, de forma que cheguei a reunir alguns amigos pelo mundo fazendo coleção filatélica ou respondendo aos telex que me chegavam ao trabalho; e em casa, de posse de um super rádio Cobra, cansei de falar com pessoas na África, Américas e em todo Brasil. – Será que tudo isso era babaquice ou romantismo?
A coisa ficou tão banal e simplória que em meu primeiro endereço de MSN, aquele que me comuniquei com milhares de pessoas sérias no passado e que eu fui o deixando de lado, certo dia quando o abri após anos, percebi que havia centenas de pedidos de autorização, a maioria de jovens cobiçando fazer sexo virtual; isso mesmo, a onda de agora é sexo pelo computador e isso é muito mais comum do que todos nós imaginamos!
Eu acabei aceitando parte destes pedidos e em alguns deles, moças visivelmente com menos de 18 anos estavam postadas na frente de uma câmera que as pessoas chamam de webcam, vestidas de calcinha e sutiã e acreditem; o papo picante é iniciado por elas próprias e quando se imagina que há uma chance daquilo se tornar ainda mais liberal, elas informam que tiram a roupa inteira, caso seja depositado em sua conta poupança o valor de R$ 50,00; acreditem também que algumas aceitam cartão de crédito...
Se as coisas do passado são babaquices, eu creio que eu seja um babaca; mas prefiro acreditar que sou um dos últimos românticos, porque no passado recente, havia tudo que há hoje nos meios sociais; sexo, droga e rock in roll estavam tão presentes nas escolas e faculdades, quanto às matérias de português e matemática, mas as pessoas não ficavam pensando apenas nisso ou ainda querendo tirar proveito da desafetação alheia como é agora pela internet!
Especialistas afirmam que 90% de todo o conteúdo virtual atual está relacionado de alguma forma ao sexo; dos 10% restantes, menos de 2% está diretamente ligado a algum conteúdo educativo ou de proveito social; concluí-se, portanto que quase na totalidade a internet serve para o nada; - mas será que há alguma luz no fim do túnel? – Claro que sim! Na língua inglesa a pesquisa de “sexo” no Google gera 1,8 bilhões de resultados, enquanto a mesma pesquisa com a palavra “paz” gera menos de 500 milhões de resultados; já em língua portuguesa a palavra “paz” gera cerca de 10% a mais de resultados do que “sexo”; isso pode ser um fator preponderante para um futuro com menos distúrbios.
Sexo é bom demais e são raras as pessoas que não o pratica; mas a concepção de sexo virtual, por mais que alguns afirmem que é seguro, eu entendo que se trate de uma irregularidade fortuita provocada pela ausência de contato social. Com o surgimento da internet as pessoas acostumaram-se ao comodismo. Num universo onde se pede de tudo através de páginas virtuais, inclusive mulheres para sexo pago, as pessoas estão freqüentando os lugares onde apenas, ainda, não se consegue fazer através do computador; e quando fazem isso na modalidade diversão, observa-se que o comportamento mudou radicalmente em relação aos últimos anos.
Garotas declaram em páginas da internet que os garotos até querem levar uma vida normal, mas quando estão na cama, fazem sucessivas alusões ao que viram na internet; tal comportamento, quando declarado, causa irritação e repulsa por parte delas; já os garotos, também através da internet, declaram que as garotas atuais estão cada vez mais repetitivas e tímidas e por isso é que eles partem para o contato virtual. Um dos pedidos mais comuns entre os homens, quando estão na internet com mulheres liberais é que elas façam strip-tease no webcam; já as mulheres, quando assume quem são durante o contato virtual, normalmente pedem para que eles mostrem e manipulem o órgão sexual. Detecta-se também que boa parte das mulheres não declara que são mulheres e se passam por homens gays, apenas para que eles sintam-se mais a vontade.
O grande problema destes contatos imediatos de grau virtual é quando os contatos partem do computador para o presencial; raramente se observa uma mulher criminosa com coragem para encarar um homem, mas o que há de criminosos do sexo masculino na internet a procura de uma vítima, não dá para se contabilizar!
A mulher carente ou não se deixa cair na rede de mentiras e enganações de um criminoso; depois ela marca um encontro e não segue nenhuma das orientações de segurança, como por exemplo, conhecer mais da vida de seu pretendido. Normalmente esta mulher é ingênua e está na faixa entre a adolescência e o início da fase adulta ou é divorciada. Mulheres que buscam parceiros pela internet caçam mais do que um simples homem para amor e sexo, elas querem amor e companheirismo, mas acabam encontrando seu algoz. Os homens que buscam mulheres na internet, com raras exceções, querem sexo e vantagem financeira; disfarçam sua vida real e cria um estereótipo comum na grande rede: rico, bonito, inteligente e disponível; é aí que mora o perigo, pois dificilmente alguém com estas qualidades; ficaria se oferecendo na internet...
Não são raros os casos em que mulheres que receberam homens em suas casas após contatos pela internet são roubadas, torturadas e algumas até mortas. Psiquiatras dizem que eles são tipos comuns de criminosos que conhecem bem o ponto fraco da mulher carente; são portadores claros de psicopatia; preferem dar golpes em mulheres, porque acreditam que elas não possuem a força devida para se defenderem, ou ainda, quando julgam que elas não darão queixa na polícia por temerem a exclusão social ou por querem esconder de outras pessoas, como os maridos!
Mas e as mulheres criminosas, elas se aproveitam da internet para darem golpes nos homens? – Óbvio que sim! O homem é a vítima mais vulnerável, porque se permite entrar em qualquer parada em nome da conquista sexual, principalmente se for através da internet. Casos envolvendo mulheres criminosas que eu já estudei, revelaram em maioria que elas estudam bem as vítimas, ligam antes várias vezes de telefone pré-pago e quando marcam para concretizarem o golpe, normalmente estão em conluio com outras pessoas.
Os homens casados, principalmente aqueles que sempre afirmam que estão vivendo crise no casamento, são os mais temerosos de encontros suspeitos; muitos caem no famoso “boa noite Cinderela”; são dopados e levados para algum lugar esmo; depois que acordam percebe que foram roubados; e várias fotos foram tiradas deles, para servirem como chantagem, caso se encoraje em denunciar. Eu já vi alguns casos em que os homens após serem dopados, são expostos com outros homens pelados e suas fotos foram parar em sites gays em cenas de sexo explícito.
Em meu escritório a internet serve para quase tudo; eu leio jornais do mundo inteiro; faço uma agenda financeira com interação com meu banco; envio e recebo inúmeros e-mails pessoais e profissionais; falo com meus filhos; compro coisas e escrevo em meu blog. Na minha época de solteiro eu já utilizei a internet para encontrar alguém e me encontrar com alguém e nunca tive ou proporcionei qualquer dissabor e se não mais faço isso hoje, possivelmente não seja apenas por estar casado, porque não necessito; mas porque perdeu completamente o sentido praticá-lo nos moldes em que estão desempenhando na atualidade.
A internet deve ser livre e por mais paradoxal que seja; ela precisa sim de moderação, porque todo tipo de lixo e maldade é posta aqui e ninguém sabe ao certo quem é quem neste turbilhão de informações. Por mais que haja interesse dos pais em controlar o conteúdo acessado pelos filhos, eles, os filhos, estão cada vez mais espertos que os pais e burlam estes dispositivos, deixando a própria família a mercê de ações criminosas.
Homens, mulheres, crianças, adolescentes e até idosos permanecem utilizando a grande rede virtual de forma irresponsável e sem segurança, alimentando desta forma, cada vez mais, a voracidade do crime que cresce, lesa e mata pessoas desavisadas; portanto, eu concluo que devemos sim utilizar a internet, mas quando o tema é SEGURANÇA, seja de informações ou de vida, devemos ter o máximo de cuidado, porque se nem tudo que reluz é ouro, na internet é diferente e este ouro de tolo, cheio de vantagens e prazeres, pode levar o inocente, ou o esperto, ou para a ruína, ou para uma vala rasa...
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
WWW.irregular.com.br