UMA FÁBULA
(ESCOLAS PÚBLICAS DE CINCINATTA, ONIS, USA)
CADERNO DE PSICOLOGIA EDUCACIONAL (Nº3)
Certa vez os animais resolveram preparar seus filhos, para enfrentarem as dificuldades do mundo atual, e para isso, organizaram uma escola. Adotaram um currículo prático, que constava de: corrida, escalagem, natação e vôo. Para facilitar o ensino, todos os alunos deveriam aprender todas as matérias.
O pato era exímio em natação (melhor que o seu professor) e conseguiu notas regulares em vôo – mas era aluno muito fraco em corrida e escalagem. Para compensar esta fraqueza ficava detido na escola todo dia, fazendo exercícios extras. De tanto treinar corrida, ficou com os pés terrivelmente esfolados, e não conseguia nadar como antes. Entretanto, como o sistema de promoção era a média aritmética das notas dos vários cursos, ele conseguiu ser um aluno sofrível e ninguém se preocupou com o fato, naturalmente exceto o pobre pato.
O coelho era o melhor aluno no curso de corrida, mas sofreu tremendamente e acabou com um esgotamento nervoso, de tanto tentar a natação.
O esquilo subia admiravelmente, conseguindo belas notas no curso de escalagem, mas foi frustrado no de vôo, pois o professor o obrigava a voar de baixo para cima, e ele insistia em usar os seus métodos, isto é, em trepar nas árvores e voar de lá para o chão. Ele teve que se esforçar tanto em natação, que acabou por passar com nota mínima em escalagem, saindo-se mediocremente em corrida.
A águia foi uma criança problema, severamente castigada desde o primeiro dia do curso, porque usava métodos exclusivos dela para atravessar o rio ou trepar nas árvores.
No fim do ano, uma águia anormal que tinha nadadeiras, conseguiu a melhor média em todos os cursos, e foi a oradora da turma.
Os ratos e cães de caça não entraram na escola, porque a administração se recusou a incluir duas matérias que eles julgavam ser importantes: como escavar tocas e como escolher esconderijos. Acabaram por abrir uma escola particular, junto com as marmotas, e, desde o princípio, conseguiram grande sucesso.
QUE MORAL TERÁ ESTA FÁBULA??