No dia Internacional da MULHER não poderia deixar de homenagear uma mulher brasileira entre as muitas que a história nos brinda, tais como: Ana Nery; Nize da Silveira; Anita Garibaldi e outras. Escolhi uma que conheci pessoalmente, a Major Elza Cansanção Medeiros, integrante da Força Expedicionária Brasileira.
Major Elza Cansanção
Faleceu na terça-feira, (dia 08), aos 88 anos, a major Elza Cansanção Medeiros, mulher mais condecorada do Brasil, segundo o Comando Militar do Leste, com 35 medalhas.
Elza Cansanção Medeiros nasceu no dia 21 de outubro de 1921, na cidade do Rio de Janeiro. Perdeu seu irmão aos 17 anos vítima de um AVC e se sentia no dever de representar a família em defesa da PÁTRIA.
Em 1942, Elza ingressou em um curso de enfermagem das Samaritanas da Cruz Vermelha, concluindo-o um ano depois. Com a declaração de guerra do Brasil à Alemanha e Itália em agosto de 1942, Elza iniciou suas tentativas de entrar efetivamente para o denominado Esforço de Guerra. Como as Forças Armadas Brasileiras não permitiam mulheres em seu efetivo, Elza contentou-se em tentar embarcar como enfermeira. Dessa forma tornou-se a primeira voluntária brasileira a se apresentar para a Segunda Guerra Mundial, em 18 de abril de 1943.
Elza fez parte da primeira turma do Quadro de Enfermeiras do Exército, cujo treinamento levou quatro semanas entre Medicina, Treinamento Físico, Línguas Estrangeiras e Legislação Militar. Elza foi a primeira enfermeira a embarcar para a Itália, no dia 9 de julho de 1944, junto ao Destacamento Precursor de Saúde.
Designadas para o 45º Hospital de Campo, as enfermeiras brasileiras travaram o primeiro contato com os feridos de guerra e com o corpo médico norte-americano. Por sua habilidade como intérprete, Elza era constantemente requerida nas diversas alas do hospital.
Foram vítimas de diversas humilhações pelas suas colegas norte-americanas, que eram todas Oficiais, enquanto as brasileiras eram enquadradas como Enfermeiras de 3ª Classe, o que não é uma patente militar. Elza então levou o problema ao Comandante da FEB, que encontrou uma forma de promovê-las ao Posto de 2º Tenente.
Elza pediu sua transferência para um Hospital da frente de batalha, sendo atendida e transferida para o 38º Hospital de Evacuação em Santa Luce. No entanto o hospital logo teve que ser abandonado devido à enchente provocada pela detonação das represas do Rio Arno pelos alemães. Ela seguiu então para o 16º Hospital de Evacuação localizado em Pistoia, o mais próximo da frente de batalha.
O 7º Hospital de Campo, em Livorno, era a maior e mais bem equipada unidade hospitalar daquele setor e o que tinha maior contingente de médicos brasileiros. Devido à situação disciplinar alarmante que vivia o hospital, o Coronel Generoso Ponce, Sub-Chefe da Unidade designou Elza Medeiros para assumir o cargo de Enfermeira-Chefe dando-lhe a seguinte ordem:
“Tenente Elza, nós pedimos que viesse para este hospital para assumir a chefia deste grupo. Se não quiserem obedecer seguindo o regulamento, meta-lhes o braço, isto aqui está uma baderna!"
Iniciou ela um trabalho duro de conciliação entre brasileiros e norte-americanos, findo o trabalho ela pediu transferência e foi designada para o 45º Hospital Geral. Com o fim da guerra em oito de maio, ela pediu seu repatriamento e em 11 de junho embarcou para o Brasil.
Ao chegar foi desligada do serviço ativo. Poucos dias depois foi promovida a Enfermeira de 1ª Classe e passou a trabalhar no Serviço Médico do Banco do Brasil, depois de aprovada em concurso público e escreveu seu primeiro livro: “Nas Barbas do Tedesco”, em 1955. Em 1957 uma Lei Federal permitiu que as Enfermeiras Voluntárias da FEB voltassem ao serviço ativo. Elza voltou e foi promovida no dia 25 de agosto de 1962.
Ficou prestando serviços à Diretoria de Saúde. Elza passou para a reserva em 12 de abril de 1976, na patente de Major.
Ela escreveu mais dois livros sobre a guerra e construiu um acervo de mais de 5.000 fotografias do conflito. Organizou também o Museu da Segunda Guerra Mundial em Maceió, recebendo o título de Cidadã Honorária da cidade em 1982. Recentemente ganhou um busto de bronze na Instituição.
Era a decana das mulheres militares do Brasil, bem como a mais condecorada na história brasileira com 36 medalhas. A Major Elza Cansanção Medeiros faleceu no Rio de Janeiro aos 88 anos de idade , no dia 8 de dezembro de 2009, de complicações após uma fratura no fêmur.
MAJOR ELZA - UMA MULHER QUE ENGRANDECE QUALQUER INSTITUIÇÃO, SOBRETUDO PELA SUA DEDICAÇÃO AO TRABALHO E AO DOENTE.
Com a frase abaixo ela sintetiza bem sua dedicação a Instituição:
MULHERES DAS FORÇAS ARMADAS:
“Sejam felizes em suas carreiras como eu, apesar dos percalços através dos anos, o fui”
Maj. Enf. Elza Cansanção Medeiros
Major Elza Cansanção
Faleceu na terça-feira, (dia 08), aos 88 anos, a major Elza Cansanção Medeiros, mulher mais condecorada do Brasil, segundo o Comando Militar do Leste, com 35 medalhas.
Elza Cansanção Medeiros nasceu no dia 21 de outubro de 1921, na cidade do Rio de Janeiro. Perdeu seu irmão aos 17 anos vítima de um AVC e se sentia no dever de representar a família em defesa da PÁTRIA.
Em 1942, Elza ingressou em um curso de enfermagem das Samaritanas da Cruz Vermelha, concluindo-o um ano depois. Com a declaração de guerra do Brasil à Alemanha e Itália em agosto de 1942, Elza iniciou suas tentativas de entrar efetivamente para o denominado Esforço de Guerra. Como as Forças Armadas Brasileiras não permitiam mulheres em seu efetivo, Elza contentou-se em tentar embarcar como enfermeira. Dessa forma tornou-se a primeira voluntária brasileira a se apresentar para a Segunda Guerra Mundial, em 18 de abril de 1943.
Elza fez parte da primeira turma do Quadro de Enfermeiras do Exército, cujo treinamento levou quatro semanas entre Medicina, Treinamento Físico, Línguas Estrangeiras e Legislação Militar. Elza foi a primeira enfermeira a embarcar para a Itália, no dia 9 de julho de 1944, junto ao Destacamento Precursor de Saúde.
Designadas para o 45º Hospital de Campo, as enfermeiras brasileiras travaram o primeiro contato com os feridos de guerra e com o corpo médico norte-americano. Por sua habilidade como intérprete, Elza era constantemente requerida nas diversas alas do hospital.
Foram vítimas de diversas humilhações pelas suas colegas norte-americanas, que eram todas Oficiais, enquanto as brasileiras eram enquadradas como Enfermeiras de 3ª Classe, o que não é uma patente militar. Elza então levou o problema ao Comandante da FEB, que encontrou uma forma de promovê-las ao Posto de 2º Tenente.
Elza pediu sua transferência para um Hospital da frente de batalha, sendo atendida e transferida para o 38º Hospital de Evacuação em Santa Luce. No entanto o hospital logo teve que ser abandonado devido à enchente provocada pela detonação das represas do Rio Arno pelos alemães. Ela seguiu então para o 16º Hospital de Evacuação localizado em Pistoia, o mais próximo da frente de batalha.
O 7º Hospital de Campo, em Livorno, era a maior e mais bem equipada unidade hospitalar daquele setor e o que tinha maior contingente de médicos brasileiros. Devido à situação disciplinar alarmante que vivia o hospital, o Coronel Generoso Ponce, Sub-Chefe da Unidade designou Elza Medeiros para assumir o cargo de Enfermeira-Chefe dando-lhe a seguinte ordem:
“Tenente Elza, nós pedimos que viesse para este hospital para assumir a chefia deste grupo. Se não quiserem obedecer seguindo o regulamento, meta-lhes o braço, isto aqui está uma baderna!"
Iniciou ela um trabalho duro de conciliação entre brasileiros e norte-americanos, findo o trabalho ela pediu transferência e foi designada para o 45º Hospital Geral. Com o fim da guerra em oito de maio, ela pediu seu repatriamento e em 11 de junho embarcou para o Brasil.
Ao chegar foi desligada do serviço ativo. Poucos dias depois foi promovida a Enfermeira de 1ª Classe e passou a trabalhar no Serviço Médico do Banco do Brasil, depois de aprovada em concurso público e escreveu seu primeiro livro: “Nas Barbas do Tedesco”, em 1955. Em 1957 uma Lei Federal permitiu que as Enfermeiras Voluntárias da FEB voltassem ao serviço ativo. Elza voltou e foi promovida no dia 25 de agosto de 1962.
Ficou prestando serviços à Diretoria de Saúde. Elza passou para a reserva em 12 de abril de 1976, na patente de Major.
Ela escreveu mais dois livros sobre a guerra e construiu um acervo de mais de 5.000 fotografias do conflito. Organizou também o Museu da Segunda Guerra Mundial em Maceió, recebendo o título de Cidadã Honorária da cidade em 1982. Recentemente ganhou um busto de bronze na Instituição.
Era a decana das mulheres militares do Brasil, bem como a mais condecorada na história brasileira com 36 medalhas. A Major Elza Cansanção Medeiros faleceu no Rio de Janeiro aos 88 anos de idade , no dia 8 de dezembro de 2009, de complicações após uma fratura no fêmur.
MAJOR ELZA - UMA MULHER QUE ENGRANDECE QUALQUER INSTITUIÇÃO, SOBRETUDO PELA SUA DEDICAÇÃO AO TRABALHO E AO DOENTE.
Com a frase abaixo ela sintetiza bem sua dedicação a Instituição:
MULHERES DAS FORÇAS ARMADAS:
“Sejam felizes em suas carreiras como eu, apesar dos percalços através dos anos, o fui”
Maj. Enf. Elza Cansanção Medeiros