Vidas passadas

Você acredita que já viveu outras vidas? Então porque não se lembra? O que nos conecta a outras encarnações?

A Terapeuta de Vidas Dulce Tereza da Cunha Page em uma palestra em Angra dos Reis-RJ, dia 14 do mês passado,no auditório do Rosa Cruz PRONAOS, tentou responder a estas questões que muitos se fazem.

Ela se baseia no argumento de que uma vida não é suficiente para o aperfeiçoamento do ser. Segundo Dulce Page, tomamos decisões na vida de acordo com o nosso livre arbítrio e muitas vezes essas deliberações nos afastam da divindade.

Com certeza você escolhe a vida que tem. E como saber se está no caminho certo? Para Dulce Page, a resposta é se sentir feliz com o que está fazendo.

“Muitas pessoas que têm experiências de pós-morte mudam completamente sua atitude frente à vida. É como um alerta para voltar ao caminho certo e sentir-se útil”, afirma.

Dulce Page lembra que alguns se baseavam em memória genética para rebater história de pessoas que se lembram de vidas passadas. “Não faz sentido porque relatam vivências em diferentes locais e datas onde pela árvore genealógica não tinham parentes”, contesta.

A terapeuta explica que provavelmente fatos traumáticos em vidas passadas originam seqüelas nessa vida. “Hoje estamos em nosso ápice evolutivo, mas no passado fizemos coisas que condenamos nos outros. Por isso devemos lembrar a máxima de Jesus Cristo: ‘Não julgueis’.

Outro ponto que Dulce Page retruca é a ironia de certas pessoas que dizem que o passado só mostra reis e rainhas. “Em meu consultório jamais peguei um caso desse. São todos de vidas sofridas e com grandes dificuldades.”

Quanto ao esquecimento que a maioria tem sobre suas vidas passadas ela frisa que isto é uma maneira do se viver uma nova experiência com um novo olhar. E a doença é vista pela terapeuta como uma reforma geral de vida, caminho para o auto conhecimento. “Algumas doenças fazem a pessoa se fixar dentro de uma cama e repensar sua existência. Dar atenção às pequenas coisas como poder ir à feira, limpar a casa. Porque elas não páram, não olham para si mesmas”, disse. Ela sugere a quem deseja aprimorar os conhecimentos nesse campo, o livro A Doença Como Caminho, dos autores Thorwald Dethlefsen / Rüdiger Dahlke.

Como conselho final ela adverte que devemos encarar nossos problemas de frente, não deixar para depois, porque esse é o objetivo da vida: resolver nossas pendências.