Argumentar

O que seria da persuasão pacífica sem o argumento? Propor uma solução e se agarrar a ela até que o outro esteja convencido que a sua premissa é válida e pode sim, fazer com que o caminho para a resolução de um impasse, seja qual for, se resolva mais facilmente.

Argumentar e persuadir, ao invés de obrigar.

Como fariam os grandes líderes do nosso tempo como Dalai Lama, Mandela e Einstein, por exemplo, se não fosse a forma como argumentavam, e principalmente, a importância que davam aos seus argumentos, reforçando-os com bases poderosas, capazes de manter-los em pé diante das maiores críticas e objeções? E , mais ainda, como fariam os mesmos grandes líderes se não houvessem bons argumentos para usar consigo mesmo?

A base da reflexão é contra argumentar os próprios argumentos. Na reflexão não podemos usar outros elementos da persuasão como a postura, tom de voz ou o olhar. Estamos nus, diante de nós mesmos, sem máscaras, debatendo sobre as nossas próprias convicções.

Convencer à isso mesmo a mudar um ponto de vista, a muito enraizado, acaba por ser mais difícil do que persuadir os outros a aceitar os nossos argumentos.

Eduardo Polarco
Enviado por Eduardo Polarco em 11/02/2011
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