O Enigma da Esfinge
Deitei-me noite passada na cama e dormi. Algum tempo depois - bem pouco tempo, mas não sei dizer exatamente quanto, pois não olhei no relógio - eu acordei com a explicação em minha mente para o “Enigma da Esfinge”. Cabe dizer que ontem à tarde assisti a um filme junto com minha família: “Jumper”, e neste filme aparecem cenas da Esfinge no Egito, do Coliseu em Roma, do Big Ben em Londres... talvez a imagem tenha ficado no meu subconsciente.
Dizem que a Esfinge desafia os homens com um enigma: “Decifra-me ou te devoro!”. Então acordei ontem à noite com uma frase em minha mente, que dizia que “a Esfinge simboliza a perfeita união, integração, entre o homem racional e o homem animal, na busca por seu lado divino”.
Minha vontade era levantar da cama e anotar estas palavras naquela mesma hora, mas seu eu fizesse isso, certamente perderia o sono. Então repeti umas 2 ou 3 vezes para mim mesma essa frase, frisando que eu NÃO iria esquecê-la!!! E assim voltei a dormir...
Hoje pela manhã, durante meu café, lembrando perfeitamente da frase peguei meu caderno de anotações e a escrevi. Na seqüência, já a emendei com um texto mais detalhado e explicativo, que foi surgindo no momento que eu escrevia – sem pausas para raciocínio... Ao final, reli o texto e reescrevi organizando melhor as idéias, e é esse texto final que disponibilizo aqui.
“A Esfinge simboliza a perfeita união, integração, entre o homem racional e o homem animal, na busca por seu lado divino”.
Ora, a esfinge é um monumento no Egito localizado junto às Pirâmides; formada por um corpo de animal, lembrando um leão, e a cabeça de um homem, lembrando um faraó. Vemos que muitas pessoas céticas e/ou materialistas se apegam somente naquilo que podem ver. Muitas, acreditando serem apenas um ser físico, assustam-se quando têm alguma experiência espiritual, algo que não conseguem explicar e por isso mesmo chamam de “paranormal”... Gostaria porém de lembrar uma frase que diz: “Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual... Somos seres espirituais passando por uma experiência humana". (Theilard Chadin)
Da mesma forma que os materialistas e céticos desprezam o lado espiritual, também há aqueles que desprezam o corpo físico, enfatizando apenas o espírito. “Não somos este corpo”, dizem eles... eu particularmente concordo, mas é preciso lembrar que, apesar de não sermos o corpo físico, estamos usando-o neste momento como veículo, e daí a necessidade de respeitá-lo como templo do espírito.
Devemos nos olhar por inteiro, de forma holística, entendendo que somos ao mesmo tempo três coisas: corpo, mente e espírito. E estas três facetas nossas precisam atuar em equilíbrio, sem menosprezar ou supervalorizar nenhuma delas.
A esfinge nos lembra isso: que nosso espírito vive em um corpo animalizado, pois como qualquer outro animal, seguimos nossos instintos. O sexo é um bom exemplo de instinto do corpo. Mas, apesar de possuirmos um corpo orgânico com instintos igual a qualquer outro animal, há algo que nos difere deles... e esse algo é a mente, que pensa, raciocina, analisa, decide, e pode controlar os instintos, especialmente a agressividade.
E é exatamente aí que entra a representação da esfinge... ou seja, o corpo de um animal – provavelmente um leão representando os instintos e nossa natureza impulsiva e agressiva – com a cabeça de um homem, um ser pensante... A esfinge nos mostra que é preciso a integração, a união, o equilíbrio... a atuação em conjunto! É esse equilíbrio que nos leva à evolução, à nossa essência divina.
É preciso aprender a viver em harmonia com nossas diversas facetas: instintos animais, pensamento, raciocínio, poder de decisão, auto-controle... eis o que nos diz a Esfinge.