Amante da Natureza
Em vários comentários que já fiz, tenho dito que me intitulei de “Amante da Natureza”, pela maneira como faço as minhas observações às coisas não criadas pelo homem. Começo com aquela pergunta que um senhor fez a um jovem: “na sua opinião, o que é mais bonito, o nascer o ou o pôr do sol?” E o jovem prontamente respondeu: “o pôr do sol.” Diante da curta resposta, o senhor ainda perguntou: “por quê?” E o jovem respondeu ainda laconicamente: “porque nunca vi o nascer do sol”. E isto realmente acontece com muita gente, que não se dá ao prazer de observar um dos maiores espetáculo da natureza. Foi a partir das minhas caminhadas matutinas pela orla de Maceió que comecei a escrever os meus versos, sempre enaltecendo as belezas naturais. Entre os diversos textos, dois deles dizem respeito ao nascer e o pôr do sol.
Recentemente, algo me chamou à atenção, quando a bordo de um avião, que voava no sentido leste-oeste, notei a lentidão do nascer do sol. Não era aquele sol que rapidamente emergia do mar, como quando visto nas minhas caminhadas na praia. Somente com o passar do tempo, interrogando a mim mesmo, lembrei-me do movimento da terra em torno do seu próprio eixo, o de rotação. Ora, se a terra gira a uma velocidade aproximada de 1.600km/h e a aeronave ia em torno de 800km/h, o sol se movimentava cerca da metade de sua velocidade, quando observado durante as minhas caminhadas, na belíssima orla de Maceió. Não foi à toa que eu disse assim, nas primeiras estrofes:
Acordar muito cedinho
E na orla caminhar
Vê-se um belo espetáculo
No horizonte do mar
Multidões de caminhantes
Logo ao amanhecer
Num exercício saudável
Querem ver o sol nascer