Voto Nosso
Vem eleição, vai eleição e os avanços se mostram tão acanhados, os queixumes e a insatisfação se reeditam e o mito do “Salvador da Pátria” resurge, repaginado pelo marketing eleitoral.
No hiato partidário e ideológico, votamos em pessoas e não em idéias e ideais, tornando a política um terreno fértil para aventureiros populistas, salteadores despudorados e arremedos de gestão da coisa pública.
O voto, pode e deve ser um instrumento de transformação para o melhor, contudo , reproduzimos na urna, as mazelas de uma sociedade egocêntrica e egoísta que se compraz na tentativa vã “do levar vantagem em tudo” e faz apologia ao “jeito malandro de ser”. Nossos políticos, são a cara do nosso povo, um retrato de quem se vende por uma “bolsa esmola” ou coisa que o valha, travestido de pacífico, para dissimular a passividade e a subserviência de quem “não gosta de política” e vai levando a vida em troca de “pão e circo”.
O voto, deve referendar a vontade de uma nação soberana e consciente, que luta contra a perpetuação da miséria, usada e abusada como caldo de cultura para nutrir a politicagem que como gigolôs asquerosos, que longe de representar os interesses da população, conchavam em bancadas disso e daquilo, para defender seus interesses e de seus pares.
Certamente somos tentados a nos abster do voto, mas isso não é solução, temos é que votar com responsabilidade, buscando o melhor ou “o menos pior”, não devemos baixar a cabeça e achar que não tem jeito, façamos a nossa parte, as mudanças só se efetivarão, quando nos colocarmos como agentes, e não meros objetos da História.
Enquanto isso não acontecer, o grande derrotado nos pleitos eleitorais, será o nosso amado Brasil, que segue “deitado eternamente em berço esplendido”.