MÚSICA E ÁLCOOL

A sociedade e os órgãos oficiais, sempre cobraram do professor ações mais efetivas no combate as drogas entre os adolescentes, e nós educadores, na medida do possível, e com o pouco de apoio que nos é oferecido estamos nessa árdua tarefa.

Essa luta que travamos no dia a dia, cada vez mais parece inócua, diante das forças antagônicas existentes dentro de outros segmentos da sociedade, principalmente pelo poder de penetração que elas tem.

Gostaria, neste momento, de chamar a atenção dos leitores para um fato preocupante, que é o papel da música nesse contexto, justo ela que tem um apelo excepcional junto aos nossos jovens, principalmente essa nova tendência denominada sertanejo universitário.

Estive catalogando algumas músicas e posteriormente discutindo com meus alunos em sala de aula, e cheguei a triste conclusão que um grande percentual dessas letras faz apologia ao uso indiscriminado de uma das drogas chamadas “lícitas”, o álcool, que tanto mal tem causado aos nossos adolescentes. Essa música que embala a maioria das festas, principalmente do interior do Brasil, geralmente alia a bebida a felicidade, as conquistas amorosas, ao sexo, e assim por diante.

No entanto, sabemos que essa mistura acaba provocando, além da dependência do usuário, a violência entre os jovens e a violência no transito, provocando acidentes e destruindo vidas.

Como comunicador, certamente defendo a liberdade de expressão, no entanto, como professor e pai, gostaria que essa maravilhosa manifestação cultural de nosso povo, chamada sertanejo universitário, não estimulasse, com suas baladas, o uso indiscriminado do álcool. Acontecendo isso, estariam contribuindo e muito para a vida e juntos, poderíamos vencer essa guerra.