Comum(unidade)
O homem é diferente dos animais, pois, os animais são levados pela vida e pelo seu dinamismo biológico e não podem ser mais do que já são.
O homem não nasce pronto, é um ser por fazer-se, um ser que é projeto, que constrói sua própria vida.
A existência humana é uma vontade assumida, alimentada, desenvolvida. É propor ideais, objetivos, metas; é ir em busca de sua realização de sua concretização.
O homem é um ser de relações e que se projeta no mundo realizando seus ideais, mas para isso é submetido às leis, e vai enfrentando os obstáculos que o mundo lhe apresenta, vai construindo sua própria vida, criando o mundo propriamente humano. Esse mundo humano é o mundo cultural, é diferente dos animais porque situado face ao mundo é o único ser capaz de compreender a si mesmo. É capaz de compreender o contexto em que vive, e, a partir disso, escolher o que quer ser, como deve agir, como vai realizar sua vida como projeto e tarefa sua. E assim o homem vai realizando suas potencialidades, capacidades e constituindo sua vida como projeto. E neste sentido a práxis é simplesmente estar sendo homem.
Há fundamentalmente dois níveis distintos de relações: a relação do homem com o mundo das coisas e a relação do homem com outros e consigo mesmo (natureza)
A relação com as coisas é uma manipulação de utilização, de apropriação. Porque essas coisas lhes são úteis, na qual o homem conta para construir sua vida.
Com efeito, o homem é um ser de necessidades e carências.
A necessidade, a carência é a falta do necessário para a vida.
Exemplo: a casa, o alimento, a roupa... E para isso o homem abre um leque de necessidades.
Porém o mais importante é a relação do homem com o outro. Essa relação exige reconhecimento, é apelo constante ao diálogo, a convivência, à comum união. Isso exige uma atividade de respeito (deixa o outro, ser ele mesmo), saber ouvir, ter confiança (fé no outro), atividade (atitude serviçal).
Só assim é possível a vida em comum unidade. E o homem só consegue realizar sua vida em comunidade.