PRESENÇA DE MARIA NA PATRÍSTICA
“E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo”. (Lc 1,46-49).
Desde toda a eternidade, Deus em sua infinita bondade escolhera Maria como Mãe de Jesus, Salvador dos homens, para ser também a mãe da nova criação. Em seu desígnio de amor, o Pai Eterno, quis que a Virgem, pela ação do Espírito Santo, concebesse aquele que nos libertaria do pecado, da morte e de todo o mal, como revelou o Anjo Gabriel na anunciação. (Cf. Lc 1,30-33).
Ora, após a morte do último apostolo, o Espírito Santo deu continuidade à obra salvífica por meio dos primeiros padres da Igreja que sucederam os apóstolos, estes assimilaram e transmitiram com perfeição os ensinamentos recebidos de Jesus e dos apóstolos, conforme a Palavra do Senhor: “Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito”. (Jo 14,25-26); desse modo, refutaram todas as heresias de então, proclamando as verdades da fé tal qual acreditamos e vivemos hoje; dentre essas verdades, sem dúvida alguma, a devoção a Maria, Mãe de Jesus.
De fato, “a devoção à Santíssima Virgem Maria começou com a própria Igreja e vem se desenvolvendo desde os primeiríssimos tempos do Cristianismo. Foram, com efeito, os Santos Padres que lançaram as pedras fundamentais para a construção do grande edifício da [devoção mariana]. Em seus escritos encontram-se em gérmen os elementos doutrinários que - desenvolvidos ao longo dos séculos pela especulação teológica e pelo sensus fidelium, sob inspiração do Espírito Santo - facilitaram mais tarde a proclamação dos diversos dogmas marianos, como a maternidade divina (Theotokos) no concílio de Éfeso (431), o dogma da Imaculada Conceição (1854), e o da Assunção de Nossa Senhora aos céus (1950)”. Vejamos, a seguir, alguns dos mais importantes textos mariológicos dos primeiros séculos do Cristianismo”. *
Santo Inácio de Antioquia
“Discípulo do Apóstolo João, Inácio foi o terceiro Bispo de Antioquia, sucedendo ao Apóstolo Pedro e a Santo Evódio. Após reger sua diocese durante quase 40 anos, Santo Inácio foi preso, levado para Roma e entregue às feras, no Coliseu, no ano 107. Em suas cartas, sente-se o amor ardente de um santo que faz frequentes alusões à Virgem Maria: "Jesus, nosso Deus, o Ungido, foi levado por Maria em Seu seio, conforme o plano salvador de Deus; era em verdade da linhagem de Davi, engendrado, sem embargo, por obra do Espírito Santo. Ele foi dado à luz e foi batizado a fim de santificar a água com Seus padecimentos".*
Santo Irineu de Lyon
“Irineu nasceu com toda probabilidade em Esmirna (hoje Izmir, na Turquia), entre os anos 135 e 140. Em sua juventude, frequentou a escola do Bispo São Policarpo, o qual por sua vez havia sido discípulo do Apóstolo João. Eis o que escreveu Santo Irineu: "Assim como o gênero humano foi levado à morte por uma virgem, foi libertado por uma Virgem".*
Orígenes de Alexandria
“Uma das maiores inteligências da antiguidade cristã é Orígenes, filho do mártir São Leônidas, catequista. Escritor de grande profundidade cristológica, é, ao mesmo tempo, um dos primeiros a declarar que a Mãe de Jesus foi sempre Virgem: “Jesus Cristo, O que veio ao mundo, nasceu do Pai antes de toda criatura. Depois de ter coadjuvado, como ministro do Pai, na criação do universo - ‘tudo foi feito por Ele, e sem Ele nada foi feito' (Jo 1, 3) -, humilhou- Se nos últimos dias, fez-Se homem, encarnou- Se (cf. Fl 2, 7-8), sem deixar de ser Deus. Assumiu um corpo semelhante ao nosso e foi diferente de nós somente enquanto nascido da Virgem e do Espírito Santo".*
Enfim, como vimos, a presença da virgem Maria na patrística é evidente, pois foi do agrado do Filho amado que sua santa Mãe tivesse um lugar de destaque em sua obra redentora e por inspiração do Espírito Santo assim se fez por meio dos apóstolos e da tradição dos santos padres da Igreja.
Ó Onipotência suplicante, rogai por nós que recorremos a vós, diante Daquele que é que era e que vem, diante do Todo Poderoso de quem recebestes todas as graças e favores, à Ele a glória por toda a eternidade! Amém!
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
(*) Fonte: http://www.arautos.org/artigo/6583/Maria-e-os-Padres-da-Igreja.html (19/01/11)
“E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo”. (Lc 1,46-49).
Desde toda a eternidade, Deus em sua infinita bondade escolhera Maria como Mãe de Jesus, Salvador dos homens, para ser também a mãe da nova criação. Em seu desígnio de amor, o Pai Eterno, quis que a Virgem, pela ação do Espírito Santo, concebesse aquele que nos libertaria do pecado, da morte e de todo o mal, como revelou o Anjo Gabriel na anunciação. (Cf. Lc 1,30-33).
Ora, após a morte do último apostolo, o Espírito Santo deu continuidade à obra salvífica por meio dos primeiros padres da Igreja que sucederam os apóstolos, estes assimilaram e transmitiram com perfeição os ensinamentos recebidos de Jesus e dos apóstolos, conforme a Palavra do Senhor: “Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito”. (Jo 14,25-26); desse modo, refutaram todas as heresias de então, proclamando as verdades da fé tal qual acreditamos e vivemos hoje; dentre essas verdades, sem dúvida alguma, a devoção a Maria, Mãe de Jesus.
De fato, “a devoção à Santíssima Virgem Maria começou com a própria Igreja e vem se desenvolvendo desde os primeiríssimos tempos do Cristianismo. Foram, com efeito, os Santos Padres que lançaram as pedras fundamentais para a construção do grande edifício da [devoção mariana]. Em seus escritos encontram-se em gérmen os elementos doutrinários que - desenvolvidos ao longo dos séculos pela especulação teológica e pelo sensus fidelium, sob inspiração do Espírito Santo - facilitaram mais tarde a proclamação dos diversos dogmas marianos, como a maternidade divina (Theotokos) no concílio de Éfeso (431), o dogma da Imaculada Conceição (1854), e o da Assunção de Nossa Senhora aos céus (1950)”. Vejamos, a seguir, alguns dos mais importantes textos mariológicos dos primeiros séculos do Cristianismo”. *
Santo Inácio de Antioquia
“Discípulo do Apóstolo João, Inácio foi o terceiro Bispo de Antioquia, sucedendo ao Apóstolo Pedro e a Santo Evódio. Após reger sua diocese durante quase 40 anos, Santo Inácio foi preso, levado para Roma e entregue às feras, no Coliseu, no ano 107. Em suas cartas, sente-se o amor ardente de um santo que faz frequentes alusões à Virgem Maria: "Jesus, nosso Deus, o Ungido, foi levado por Maria em Seu seio, conforme o plano salvador de Deus; era em verdade da linhagem de Davi, engendrado, sem embargo, por obra do Espírito Santo. Ele foi dado à luz e foi batizado a fim de santificar a água com Seus padecimentos".*
Santo Irineu de Lyon
“Irineu nasceu com toda probabilidade em Esmirna (hoje Izmir, na Turquia), entre os anos 135 e 140. Em sua juventude, frequentou a escola do Bispo São Policarpo, o qual por sua vez havia sido discípulo do Apóstolo João. Eis o que escreveu Santo Irineu: "Assim como o gênero humano foi levado à morte por uma virgem, foi libertado por uma Virgem".*
Orígenes de Alexandria
“Uma das maiores inteligências da antiguidade cristã é Orígenes, filho do mártir São Leônidas, catequista. Escritor de grande profundidade cristológica, é, ao mesmo tempo, um dos primeiros a declarar que a Mãe de Jesus foi sempre Virgem: “Jesus Cristo, O que veio ao mundo, nasceu do Pai antes de toda criatura. Depois de ter coadjuvado, como ministro do Pai, na criação do universo - ‘tudo foi feito por Ele, e sem Ele nada foi feito' (Jo 1, 3) -, humilhou- Se nos últimos dias, fez-Se homem, encarnou- Se (cf. Fl 2, 7-8), sem deixar de ser Deus. Assumiu um corpo semelhante ao nosso e foi diferente de nós somente enquanto nascido da Virgem e do Espírito Santo".*
Enfim, como vimos, a presença da virgem Maria na patrística é evidente, pois foi do agrado do Filho amado que sua santa Mãe tivesse um lugar de destaque em sua obra redentora e por inspiração do Espírito Santo assim se fez por meio dos apóstolos e da tradição dos santos padres da Igreja.
Ó Onipotência suplicante, rogai por nós que recorremos a vós, diante Daquele que é que era e que vem, diante do Todo Poderoso de quem recebestes todas as graças e favores, à Ele a glória por toda a eternidade! Amém!
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
(*) Fonte: http://www.arautos.org/artigo/6583/Maria-e-os-Padres-da-Igreja.html (19/01/11)