Tensão e medo
Sabe desses dias que não dá vontade de sair e preferir está na cama sentado no meu quarto, o tempo voa. Lá fora o tempo passa e eu aqui à-toa. Aparentemente, quem me olha nada vê de diferente. Não tem remédio que dê jeito. Ando meio calado ultimamente. Sem palavras, sem explicação. No olhar um enigma, um jeito tenso e às vezes medo. Acho que meu olhar perdeu um pouco seu brilho. Não sou muito de transparecer o que de triste me consome por dentro. Quando na alegria, não sou demasiadamente de uma transparência como as janelas que se abrem nas manhãs num belo dia de sol. Mas ainda não perdi as esperanças de um Deus a quem rogar e pedir uma bênção, uma graça, e jamais perder a esperança. Encontrar a felicidade, a paz, a harmonia, o equilíbrio é uma consequência de encontrar Jesus, o Deus verdadeiro. Já é madrugada, tenho que dormir e descansar o velho corpo. Lá fora no silêncio da noite o vento sopra o silêncio que a noite tem. Ainda sem dormir no meu quarto sozinho, mas está tudo bem. Sei que a vida está passando muito rápido. Sei lá, mas sempre bato na mesma tecla. Tento às vezes que parar tudo e dar um tempo ao tempo. Atrasar o corre-corre da vida. Todos os dias fazer sempre as mesmas coisas, trabalho, família, lazeres, tudo é paliativo de uma vida pálida, como uma doença latente e sem cura. No meu dia a dia sou um compulsivo da leitura, do escrever do que me é pertinente, do consumismo, sou doente a me iludir por coisas, no entanto sem graça que às vezes me afaga meu ego. Confesso sou um sujeito meio sem graça, e não vejo nada engraçado. Mas se penso muito e não tento mudar o que está em volta, fico tenso, acho que é o tédio. Aí a respiração acelera, e por vezes tenho taquicardia. A visão vê o mundo diferente: as luzes, as cores, as belas melodias não têm sons. As formas são disformes. Aí nenhuma resposta me satisfaz, mas ainda bem que estou vivo. Nada me distrai, não há razão que tenha razão. Mas ainda estou vivo pra ver o pôr-do-sol, sentir o ar, a chuva, ver o orvalho, os pássaros, as flores e sentir o aroma. Mas há dias em que um grilo, um gato, uma nuvem distante são capazes de deixar-me apreensivo. Será que os poetas, sofrem desse tédio, assim como eu? Perdoe-me leitores... Receio que, ao percorrer essa crônica, você não se contamine. Precaução recomenda: largá-la agora. Sim, agora mesmo! Mas imprudentemente continua lendo, não ligou pro meu aviso. Não deu a mínima pra minha prescrição, mas assim mesmo você continua perdendo seu tempo com essas mal traças linhas. Pra este texto lavo as mãos... Se você chegou até aqui, é porque não é um doente crônico quanto eu. É óbvio que tudo isso não passa de pura emoção diante do simples, do belo, do singular. Mas caro leitor, sou apenas um instigante do dia a dia a escrever compulsivamente. Acredito, se ainda não escreve, tem a maior vontade de fazê-lo. E digo quem sofre desse “mal” não tem cura...
Mas ainda não perdi as esperanças de um Deus a quem rogar e pedir uma bênção, uma graça, e jamais perder a esperança. Encontrar a felicidade, a paz, a harmonia, o equilíbrio é uma consequência de encontrar Jesus, o Deus verdadeiro.