CONTRAPARTIDA PARA A AMAZÔNIA
CONTRAPARTIDA PARA A AMAZÔNIA
Muito se fala hoje em dia sobre a necessária preservação da Amazônia e na manutenção da tão cobrada intocabilidade da floresta, como forma de se manter o equilíbrio do planeta.
Essa situação e a pressão de Organismos Internacionais obrigam o Estado a impedir a exploração de nossas riquezas naturais, criando reservas e subjugando a população do interior, engessando-a, tirando-lhe o direito da própria manutenção de sua sobrevivência.
É fácil falar em preservar a floresta, não permitir o abate de animais silvestres e evitar tantas outras “contravenções” caboclas de auto-preservação, quando se está à distância, nos grandes centros, nas belas casas, em potentes carros, em luxuosos restaurantes.
No meio da mata, o ribeirinho ou o caboclo do interior que não tem acesso sequer a luz elétrica, pelo corte de uma árvore para se construir uma cabana de madeira e cobri-la de cavacos, ou pela caça de um veado, um porco do mato ou um jacaré, para dar de comer à sua família faminta, pode ser levado à prisão, sem direito a fiança. Além de expostos à doenças tropicais, a terra fraca, não lhes dá alternativas de cultivo. Estar no seu lugar, na sua propriedade, sem o direito de explorar, para sua própria subsistência, seus recursos naturais, ele, que não tem direito à assistência social, nem acesso à educação e à saúde, por mais coerente que seja a medida por se tratar de preservação, é reduzi-lo à expressão mais simples, tratá-lo como o mais irracional dos irracionais. Até um assassino contumaz tem direito a um julgamento em liberdade. Quem mata um animal silvestre não!
Espera-se em contrapartida, que se consiga convencer os paises que participaram do “Protocolo de Kyoto” a trazer à Amazônia compensações financeiras que permitam criar fundos de proteção a essas famílias. O assunto é palpitante, muito romântico, mas de difícil viabilização, até porque entendem hoje que a Amazônia já não nos pertence, que é Patrimônio da Humanidade, como vários estadistas estrangeiros tem apregoado em suas entrevistas.
O mundo todo está “de olho” na Amazônia... mas não dão “a mínima” para os amazônidas.
Além de não aceitar a “intocabilidade” da floresta amazônica como modelo adequado de preservação, esperando uma adequação quanto a exploração inteligente de nossos recursos naturais, é preciso criar nossas próprias compensações, até porque a fragilização do modelo Zona Franca de Manaus que vem ocorrendo, tendo como conseqüência as atuais desvantagens logísticas regionais e a futura e necessária reforma tributária do país, acabarão por reduzir consideravelmente o volume de produção das indústrias aqui instaladas.
A exemplo do que já ocorreu anteriormente, sabe-se da força e da competência das empresas desses grupos e de sua capacidade de adaptação. Deverão ocorrer mudanças nas linhas de produção, com outras alternativas, numa tentativa de reestruturação e acompanhamento das mudanças de tendências mercadológicas, mas o que está por vir, supera em muito as crises anteriores. As empresas chinesas e coreanas já demonstraram não se preocupar com nada a não ser com sua própria subsistência e são frias e extremamente radicais, tendo apenas na escala de produção o seu foco, não tendo o perfil das indústrias japonesas, mais solidárias, consistentes e participativas.
A Lei da Informática, “Bomba de Efeito Retardado sobre o Distrito Industrial” lançada há alguns anos pelo Planalto e negociada pelos empresários de São Paulo, começa sua contagem regressiva, empurrada pelo desenvolvimento tecnológico, já que um televisor hoje, com um simples dispositivo de CONTROLE REMOTO e um receptor adaptado à televisão, transformará o conjunto em um computador ou seja, UM BEM DE INFORMÁTICA, comprometendo e ferindo “de morte” um dos maiores e mais representativos segmentos da indústria local, o de Eletroeletrônicos, desestabilizando a cadeia produtiva. O governo federal através dessas artimanhas, continua com sua demagógica investida atrás de manter em alta sua popularidade, disponibilizando verbas ao Estado mas, por outro lado, contigenciando a SUFRAMA que mal tem verba suficiente para pagamento de seu quadro de funcionários.
Urias Sérgio de Freitas
CONTRAPARTIDA PARA A AMAZÔNIA
Muito se fala hoje em dia sobre a necessária preservação da Amazônia e na manutenção da tão cobrada intocabilidade da floresta, como forma de se manter o equilíbrio do planeta.
Essa situação e a pressão de Organismos Internacionais obrigam o Estado a impedir a exploração de nossas riquezas naturais, criando reservas e subjugando a população do interior, engessando-a, tirando-lhe o direito da própria manutenção de sua sobrevivência.
É fácil falar em preservar a floresta, não permitir o abate de animais silvestres e evitar tantas outras “contravenções” caboclas de auto-preservação, quando se está à distância, nos grandes centros, nas belas casas, em potentes carros, em luxuosos restaurantes.
No meio da mata, o ribeirinho ou o caboclo do interior que não tem acesso sequer a luz elétrica, pelo corte de uma árvore para se construir uma cabana de madeira e cobri-la de cavacos, ou pela caça de um veado, um porco do mato ou um jacaré, para dar de comer à sua família faminta, pode ser levado à prisão, sem direito a fiança. Além de expostos à doenças tropicais, a terra fraca, não lhes dá alternativas de cultivo. Estar no seu lugar, na sua propriedade, sem o direito de explorar, para sua própria subsistência, seus recursos naturais, ele, que não tem direito à assistência social, nem acesso à educação e à saúde, por mais coerente que seja a medida por se tratar de preservação, é reduzi-lo à expressão mais simples, tratá-lo como o mais irracional dos irracionais. Até um assassino contumaz tem direito a um julgamento em liberdade. Quem mata um animal silvestre não!
Espera-se em contrapartida, que se consiga convencer os paises que participaram do “Protocolo de Kyoto” a trazer à Amazônia compensações financeiras que permitam criar fundos de proteção a essas famílias. O assunto é palpitante, muito romântico, mas de difícil viabilização, até porque entendem hoje que a Amazônia já não nos pertence, que é Patrimônio da Humanidade, como vários estadistas estrangeiros tem apregoado em suas entrevistas.
O mundo todo está “de olho” na Amazônia... mas não dão “a mínima” para os amazônidas.
Além de não aceitar a “intocabilidade” da floresta amazônica como modelo adequado de preservação, esperando uma adequação quanto a exploração inteligente de nossos recursos naturais, é preciso criar nossas próprias compensações, até porque a fragilização do modelo Zona Franca de Manaus que vem ocorrendo, tendo como conseqüência as atuais desvantagens logísticas regionais e a futura e necessária reforma tributária do país, acabarão por reduzir consideravelmente o volume de produção das indústrias aqui instaladas.
A exemplo do que já ocorreu anteriormente, sabe-se da força e da competência das empresas desses grupos e de sua capacidade de adaptação. Deverão ocorrer mudanças nas linhas de produção, com outras alternativas, numa tentativa de reestruturação e acompanhamento das mudanças de tendências mercadológicas, mas o que está por vir, supera em muito as crises anteriores. As empresas chinesas e coreanas já demonstraram não se preocupar com nada a não ser com sua própria subsistência e são frias e extremamente radicais, tendo apenas na escala de produção o seu foco, não tendo o perfil das indústrias japonesas, mais solidárias, consistentes e participativas.
A Lei da Informática, “Bomba de Efeito Retardado sobre o Distrito Industrial” lançada há alguns anos pelo Planalto e negociada pelos empresários de São Paulo, começa sua contagem regressiva, empurrada pelo desenvolvimento tecnológico, já que um televisor hoje, com um simples dispositivo de CONTROLE REMOTO e um receptor adaptado à televisão, transformará o conjunto em um computador ou seja, UM BEM DE INFORMÁTICA, comprometendo e ferindo “de morte” um dos maiores e mais representativos segmentos da indústria local, o de Eletroeletrônicos, desestabilizando a cadeia produtiva. O governo federal através dessas artimanhas, continua com sua demagógica investida atrás de manter em alta sua popularidade, disponibilizando verbas ao Estado mas, por outro lado, contigenciando a SUFRAMA que mal tem verba suficiente para pagamento de seu quadro de funcionários.
Urias Sérgio de Freitas