Mar de ilusão.
Ate que ficar velho não é uma coisa tão ruim, não dói nada, e por outro lado tem lá suas vantagens, pois temos em nós uma bagagem de conhecimento muito vasta onde aprendemos a separar as coisas boas das não tão boas assim. Mas o difícil esta sendo conviver com esta nova geração que encara a vida como se fosse ela uma grande festa, e ai fica em nós, da terceira idade um grande dilema de como manter nos dias de hoje tudo aquilo que arrebanhamos e pensávamos passar para frente e onde nossos filhos e netos dariam continuidade, assim pensávamos.
Mas coitadinho de nós, como somos ingênuos, pois o que eles pensam, se é que ainda podemos chamar isto de pensar, é que nós somos tudo, entre ser gagas a ultrapassados, desatualizados a esclerosados, até acharem e nos condenarem como sendo a nossa presença apenas um zero a esquerda, mas o que eles não sabem é que um simples zero poderá um dia fazer falta quando a vida lhes vier a cobrar a conta.
Em tudo muitos estão simplesmente se perdendo e achando que seguir a onda é estar atualizado, mas em que? Pergunto eu, porque quase tudo que se vê nos tempos de hoje se for passar numa peneira fina não sobra nada que se possa aproveitar. Mas isto é apenas opinião de um velho, quem sou eu para contestar estas mentes que a meu ver poderiam vir a ser brilhantes, mas estão deixando se levar pela maré deste mar de ilusão.
Mas o que muitos destes que hoje nos ignoram não sabem, é que rezamos para que eles consigam pelo menos ficarem velhos, e para os que gostam de beber e dirigir, uma boa noticia: A probabilidade de virem a morrer de cirrose é mínima.
A todos da terceira idade, meus respeitos.