E DEUS CRIOU O HOMEM, SIM, PARA O LOUVOR DE SUA GLÓRIA
De fato, Deus é único autor da obra da criação, nem tem como duvidar disso, pois, seu Amor e Sabedoria não têm limites e a tudo e todos sustenta com o seu Poder Eterno; e mesmo se duvidarmos nem assim deixamos de fazer parte de sua obra, porque Ele sempre espera uma resposta nossa. Porém, contemplar e acolher essa graça inefável, é reconhecer a quem de direito nos dá a vida e nos sustenta nela, é amá-lo com o devido amor com que fomos criados; mais ainda, é viver a dimensão da filiação divina neste mundo, isto é, viver como filhos de Deus com todos os atributos que tal reconhecimento nos dá.
Por isso, precisamos entender, pelo dinamismo que move todas as coisas, que a vida humana é um crescente para Deus, ou seja, estamos aqui, mas não somos daqui e nem ficaremos aqui por muito tempo, haja vista que esse dinamismo sagrado nos impulsiona, atraindo-nos para Si a todo instante de nosso viver até atingirmos a plenitude do que somos em Deus. Aí sim, o Senhor terminará a obra que em nós começou (Cf. Sl 137,8). Em outras palavras, de nossa parte, só há um caminho a ser percorrido, é o de vivermos, nos movermos e sermos para Deus; porque isso já acontece conosco, mesmo se não percebemos pela fé, como disse São Paulo: “Porque é em Deus que temos a vida, o movimento e o ser...” (At 17,28a).
É interessante notar que todos os ensinamentos da Lei e dos profetas, são advindos do exemplo da vivência do ser humano em geral e do povo de Deus, e dizem respeito à atitude de alma que tinham em relação ao Senhor. E mesmo nessa nossa sociedade secularizada, Deus ocupa e sempre ocupará o centro da vida e não tem como não ser assim, porque a nossa pratica existencial nos leva impreterivelmente à comunhão com Ele ou não; mesmo que alguém afirme, seja por palavras ou atitudes, que não é assim, tal afirmação não muda em nada o propósito divino, visto que somos dependentes cem por cento e essa nossa dependência requer de nós uma fé incondicional em Deus. É por isso que o ser humano nunca encontra respostas para os grandes por quês que nos questiona, porque está sempre buscando essas respostas na finitude que “somos” e sentimos ao nosso redor, negando como isso sua origem divina, implicando na sua relação e comunhão com Deus. Eis o real de nossa vida, fomos criados para vivermos em comunhão permanente com Deus, não viver isso é perdemos o sentido eterno da vida.
CONCLUSÃO
E Deus criou o homem, sim, para o louvor de sua glória, queira o homem ou não, sua história de vida é e será sempre uma saga que naturalmente termina aqui com a morte temporal, mas que tem seu desenrolar além-túmulo, devido à imortalidade de sua alma, feita à imagem e semelhança de Deus. A alma humana, falando numa linguagem cibernética, é uma espécie de HD (disco rígido) onde nela fica gravado tudo o que o homem vive, pensa e faz acontecer; é algo inusitado, obra excepcional das mãos do Criador; de modo que, no dia eterno, Deus assistirá conosco todo o nosso viver sem escapar nada do que foi vivido, algo que só a Sabedoria do Senhor é capaz. Assim somos nós, a humanidade inteira, em nossas relações entre nós e com Deus.
Uma vez que, ante cada ato humano, a partir do seu interior, está presente o amor e o ódio, a verdade e a mentira, a justiça e a injustiça, a honestidade e a desonestidade, a vida e a morte, a escolha é nossa, pois, tudo depende de nossas decisões. É importante salientar que todas essas escolhas são encontro e permanência em Deus ou não, porque tudo o que fazemos na vida tem relação direta ou não com a Fonte que nos gerou; é algo, digamos assim, que vai além do entendimento natural, porém, por causa dos resultados experimentados interiormente, sabemos de que lado nós estamos ou quais os frutos de nossas escolhas, isto é, com quem comungamos. Se comungarmos com Deus, nossas escolhas serão sempre baseadas nas virtudes eternas mencionadas; caso contrário, todo desajuste e confusão se impregnam na alma trazendo como resultado: insônia, depressão, agressividade, mal humor, doenças incuráveis e toda espécie de vícios e desequilíbrios, tornando a vida um abismo infernal...
Caríssimos, vale a pena repetir com o salmista: “Só em Deus a minha alma tem repouso, porque Dele é que me vem a salvação! Só Ele é meu rochedo e salvação, a fortaleza, onde encontro segurança! Todo homem a um sopro se assemelha, o filho do homem é mentira e ilusão; se subissem todos eles na balança, pesariam até menos do que o vento: não confieis na opressão e na violência, nem vos gabeis de vossos roubos e enganos! E se crescerem vossas posses e riquezas, a elas não pendais o coração! Uma palavra Deus falou, duas ouvi: “O poder e a bondade a Deus pertencem, pois pagais a cada um conforme as obras”. (Sl 61,2-3.10-12).
“Aguardemos, pois, a bendita esperança e a vinda gloriosa do Senhor”. (liturgia das Horas).
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
De fato, Deus é único autor da obra da criação, nem tem como duvidar disso, pois, seu Amor e Sabedoria não têm limites e a tudo e todos sustenta com o seu Poder Eterno; e mesmo se duvidarmos nem assim deixamos de fazer parte de sua obra, porque Ele sempre espera uma resposta nossa. Porém, contemplar e acolher essa graça inefável, é reconhecer a quem de direito nos dá a vida e nos sustenta nela, é amá-lo com o devido amor com que fomos criados; mais ainda, é viver a dimensão da filiação divina neste mundo, isto é, viver como filhos de Deus com todos os atributos que tal reconhecimento nos dá.
Por isso, precisamos entender, pelo dinamismo que move todas as coisas, que a vida humana é um crescente para Deus, ou seja, estamos aqui, mas não somos daqui e nem ficaremos aqui por muito tempo, haja vista que esse dinamismo sagrado nos impulsiona, atraindo-nos para Si a todo instante de nosso viver até atingirmos a plenitude do que somos em Deus. Aí sim, o Senhor terminará a obra que em nós começou (Cf. Sl 137,8). Em outras palavras, de nossa parte, só há um caminho a ser percorrido, é o de vivermos, nos movermos e sermos para Deus; porque isso já acontece conosco, mesmo se não percebemos pela fé, como disse São Paulo: “Porque é em Deus que temos a vida, o movimento e o ser...” (At 17,28a).
É interessante notar que todos os ensinamentos da Lei e dos profetas, são advindos do exemplo da vivência do ser humano em geral e do povo de Deus, e dizem respeito à atitude de alma que tinham em relação ao Senhor. E mesmo nessa nossa sociedade secularizada, Deus ocupa e sempre ocupará o centro da vida e não tem como não ser assim, porque a nossa pratica existencial nos leva impreterivelmente à comunhão com Ele ou não; mesmo que alguém afirme, seja por palavras ou atitudes, que não é assim, tal afirmação não muda em nada o propósito divino, visto que somos dependentes cem por cento e essa nossa dependência requer de nós uma fé incondicional em Deus. É por isso que o ser humano nunca encontra respostas para os grandes por quês que nos questiona, porque está sempre buscando essas respostas na finitude que “somos” e sentimos ao nosso redor, negando como isso sua origem divina, implicando na sua relação e comunhão com Deus. Eis o real de nossa vida, fomos criados para vivermos em comunhão permanente com Deus, não viver isso é perdemos o sentido eterno da vida.
CONCLUSÃO
E Deus criou o homem, sim, para o louvor de sua glória, queira o homem ou não, sua história de vida é e será sempre uma saga que naturalmente termina aqui com a morte temporal, mas que tem seu desenrolar além-túmulo, devido à imortalidade de sua alma, feita à imagem e semelhança de Deus. A alma humana, falando numa linguagem cibernética, é uma espécie de HD (disco rígido) onde nela fica gravado tudo o que o homem vive, pensa e faz acontecer; é algo inusitado, obra excepcional das mãos do Criador; de modo que, no dia eterno, Deus assistirá conosco todo o nosso viver sem escapar nada do que foi vivido, algo que só a Sabedoria do Senhor é capaz. Assim somos nós, a humanidade inteira, em nossas relações entre nós e com Deus.
Uma vez que, ante cada ato humano, a partir do seu interior, está presente o amor e o ódio, a verdade e a mentira, a justiça e a injustiça, a honestidade e a desonestidade, a vida e a morte, a escolha é nossa, pois, tudo depende de nossas decisões. É importante salientar que todas essas escolhas são encontro e permanência em Deus ou não, porque tudo o que fazemos na vida tem relação direta ou não com a Fonte que nos gerou; é algo, digamos assim, que vai além do entendimento natural, porém, por causa dos resultados experimentados interiormente, sabemos de que lado nós estamos ou quais os frutos de nossas escolhas, isto é, com quem comungamos. Se comungarmos com Deus, nossas escolhas serão sempre baseadas nas virtudes eternas mencionadas; caso contrário, todo desajuste e confusão se impregnam na alma trazendo como resultado: insônia, depressão, agressividade, mal humor, doenças incuráveis e toda espécie de vícios e desequilíbrios, tornando a vida um abismo infernal...
Caríssimos, vale a pena repetir com o salmista: “Só em Deus a minha alma tem repouso, porque Dele é que me vem a salvação! Só Ele é meu rochedo e salvação, a fortaleza, onde encontro segurança! Todo homem a um sopro se assemelha, o filho do homem é mentira e ilusão; se subissem todos eles na balança, pesariam até menos do que o vento: não confieis na opressão e na violência, nem vos gabeis de vossos roubos e enganos! E se crescerem vossas posses e riquezas, a elas não pendais o coração! Uma palavra Deus falou, duas ouvi: “O poder e a bondade a Deus pertencem, pois pagais a cada um conforme as obras”. (Sl 61,2-3.10-12).
“Aguardemos, pois, a bendita esperança e a vinda gloriosa do Senhor”. (liturgia das Horas).
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.