Não abro mão...
Caros leitores, não sou tão velho, mas ainda sou do tempo que se usava um caderno para escrever coisas importantes, como anotar recados, aniversários de amigos(as), frases que me chamavam a atenção.
Escrever coisas para não esquecer no dia a dia e até mesmo poesias. Rabiscar coisas importantes e desimportantes, mas, ele era tudo. Ah! Meu caderno de anotações, esse se foi no tempo. Hoje costumo escrever, rabiscar, desenhar o que me vem na mente através da palavra, do pensamento. Mas digo, hoje, ando meio largado do caderno. Não me pergunte, que não sei responder o porquê... Hoje tudo é eletrônico, digital, chip, cartão de memória, etc. Os homens estão virando uns objetos. Estão desumanizando-se, perdendo seus valores, suas tradições e perdendo o encantamento para viver, porque já tem tudo prontinho... Alguém pode fazer.... Até que ponto o homem vai chegar? Não se tem mais tempo para nada... Conversar com o outro, está difícil... Um final de semana a casa de um amigo, nem pensar, não se têm tempo. Pergunto, e quando terás?
Temos que viver esse tempo, pois esse é o responsável de levar tudo, a beleza, o brilho, assim como a rosa que pela manhã está viçosa, cheirosa ao entardecer está murchando.
Assim somos nós. Aproveitemos esse momento, pois ele, não mais voltará. Essa nossa beleza é passageira.
Tudo passa e o tempo estraga tudo. Digo, nunca deixemos de perder o encantamento pela vida. Precisamos de equilíbrio. Jesus é o equilíbrio, porque sem Ele é tédio e escuridão. Voltando à caneta... Ah! Que pena! É pouco quem fazem uso, pois o computador está aos pouco tomando seu espaço. Mas, eu não deixo de fazer uso dela ao fazer minhas simplórias croniquetas. A caneta, essa que é tão bela. Que com a pressão da mão uma pequena esfera jorra tinta e aos pouco vai soltando a cor no papel. Mas uma minoria não faz uso... Ah! Minha caneta esferográfica é indispensável no fazer das minhas crônicas. Ela está bem segura, de modo firme na mão direita, entanto permanece inerte imóvel entre meus dedos como um objeto inútil, visto que uma caneta só existe em face de sua função: escrever. Mas se não fizer uso dela, despe-se de sua prática, torna-se um objeto sem utilidade, assim como um ferrolho sem porta.