UM DIAGNÓTCO DA EDUCAÇÃO I
MOR
Quem foi minha primeira professora uma mocinha recém-formada no Antigo Instituto de Educação da Capital catarinense, era uma pretinha complementarista, mas com uma formação que causava inveja para aquele tempo, era uma professora completa, que merecia todo o respeito daquela sociedade daquele tempo, pois não era fácil controlar três turmas diferentes em uma sala de aula.
Foi na década de quarenta, meu primeiro contato com a educação brasileira, quando fui matriculado no primeiro ano escolar daquela época, era uma escola rudimentar, uma professora tinha na sala alunos do primeiro ano, do segundo ano e terceiro ano.
O material escolar era um quadro negro o giz, o aluno tinha somente uma lousa de duas faces, o exercícios passados copiados e estudados pelos alunos, pois em seguida tinha que ser apagados, para as novas tarefas daqueles dias de aulas.
O professor tinha toda a autoridade sobres os alunos, na escola ela era o pai e mãe de cada aluno, todos aprendiam e eram alfabetizados em tempo recorde diante dos recursos usados na época.
Somente no segundo ano comecei a usar o lápis o caderno e a caneta com o tinteiro preso na carteira, livros era raridade naquela época e foi no terceiro ano que tivemos o primeiro livro de leitura o autor deste livro era um catarinense professor Henrique da Silva Fontes, livro este que ensinava a ética e a responsabilidade do estudante através de seus textos; “O serrote e martelo” nunca esqueci esta lição na minha vida. Terminando o terceiro ano, meu pai e mandou para o distrito de Salto Grande (hoje município de Ituporanga), tudo aconteceu o ano de 1946, quando conclui o quarto ano escolar e desde este ano li a revista Seleções de Reader's Digest por mais de cinquenta anos, esta foi a minha grande mestra em toda a minha vida.
Foi graças a ela que mais tarde passei por mais de seis concurso públicos de nível médio edis de nivel superior, três vestibulares e completei dois cursos superiores e hoje faço parte deste grupo de escritores, cronistas, contistas e poetas e quero deixar claro que nunca necessitei de plano de educação do MEC venci sozinho todas as etapas de minha educação.
E foi em 1970 que começou a maior decadência do ensino, com a criação do ensino básico seriado de primeira a oitava série, tudo sem reprovação, tudo como fator de economia nos custos do governo com relação a educação, pois a educação deixou de ser uma obrigação como determinava nossa Constituição, para ser um passa tempo durante o estudo pois o aluno já sabia que passava de qualquer maneira estudando ou não.
E foi naquele momento que a educação foi perdendo sua força educativa e o Professor foi perdendo sua autoridade de ensinar e o aluno perdeu obrigação de estudar, pois a família deixou de ser o grande centro da educação familiar.
São José/SC, 29 de dezembro de 2010.
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