Congregar: amorosidade e compreensão às diferenças.

Congregar: amorosidade e compreensão às diferenças.

Um licença poética para expressar o sentir.

Convivi, vivi.

Revi, vi...

Coisas novas, coisas minhas.

Gentes de toda parte, numa visão

De Brasil-zão.

Sotaques, cores, rostos

Gente de todos os gostos,

Buscando ser sujeito de seu fazer

E, assim, aprender, apreender.

Psicopedagogia foi o tema

Que apesar de nossas teimas,

Como temos dificuldades de conviver

Com o estranhamento,

Com o momento de ser

Cada um, cada uma, singular.

O outro, a subjetividade,

O ouvir, escutar...

O olhar.

Nas tramas do viver

VIVER

E aprender que a vida é assim,

Um pouco de ti, um pouco de mim.

Tramas, fiapos, fios, tecidos,

Redes, metas, estradas ou caminhos,

As metáforas exercem sobre nós os seus fascínios.

Sentir, cooperar, travar a comunicação como espaço para ir

Não se sabe bem para onde,

Mas adiante, confiante de que

Assumir a diferença dói,

Porque vasculha nossos sótãos e porões.

A alegria da autoria acontece no encontro.

O desejoso sentir do reencontro

Faz com que congregar seja

Num espaço de seres pensantes

Momento de refletir:

Quem somos nós?

Temores?

Muitos, pois discursos fomentados

Em lógicas perversas ainda assustam o humano que reside

Teimosamente, em todos nós.

Sentidos, valores, práticas, trajetórias.

Sede e fome como movimento de compreender

Que denominamos estranho o outro que não desejo ou não posso, ainda, conhecer.

A forma, o meio, a fonte, a história, a visão, o poder

São apenas a capacidade que, cada um teve e continuará a ter

De contribuir.

Nossa! Como aprendi.

Congregar: amorosidade e compreensão às diferenças

Para que nossas crenças não impeçam o compartilhar,

O desenvolver, só cabe um verbo conjugar:

Amar.

Esta produção é oriunda de minha inserção no VII Congresso Brasileiro de Psicopedagogia e I Congresso Luso-brasileiro de Psicopedagogia, promovido pela ABPp: Associação Brasileira de Psicopedagogia, entre os dias 12 e 15 de outubro de 2006.