AMAZÔNIA - O QUE NOS ESPERA?
AMAZÔNIA – O QUE NOS ESPERA?
Fui incumbido para a nova edição desta maravilhosa revista “AMAZÔNIA” de escrever sobre um tema muito complicado: “Algo sobre os novos governadores da Amazônia e o que a região precisa do novo governo federal” .
Complicado, em primeiro lugar porque, de todos os estados da Amazônia conheço um pouco melhor – por sua trajetória política – o governador eleito do Amazonas e os demais, somente por “ouvir falar” e isso é muito pouco para permitir uma análise mais detalhada, isenta e objetiva. Generalizando, o que devemos esperar de todos os novos governadores, em geral, seria: Dinamismo, Seriedade, Competência, Honestidade e Ética, mas, será que no meio político, ainda que alguém tenha todas essas qualidades, conseguiria aplicá-las, em um oceano de interesses diversos e mentes fortuitas, na expectativa de locupletarem-se nos mais diferentes sentidos?
Por outro lado, os governantes de nossos estados visinhos na sua rotina, certamente cuidarão de programas de desenvolvimento sustentado e planejamento nas mais diferentes áreas. Ao Amazonas e mais propriamente Manaus, com a expectativa dos eventos da Copa e Olimpíadas, cabe uma responsabilidade muito maior e em razão disso, pretendo regionalizar minhas considerações – que não são de nenhum especialista – mas sobretudo e tão somente de um cidadão que, ainda que não tenha nada de visionário, enxerga bem nossas limitações, dificuldades e oportunidades.
Temos visto exemplos “mundo a fora” que nos deixam de boca aberta, como é o caso de Nova York com seus quase nove milhões de habitantes, sendo que apenas 25% da população utiliza carros para sua ida ao trabalho. Com um dos maiores e mais complexos sistemas de metrôs do mundo, perto de 3 milhões de pessoas transitam pelos seus trilhos diariamente. E mesmo com o atentado de 11 de setembro soterrando quatro estações, em apenas um ano restabeleceram a normalidade do transporte.
Outro exemplo é o de Dubai, cidade futurista, modelo de tecnologia, plantada no meio do deserto, sem água potável natural, hoje paraíso das grandes fortunas internacionais.
Mas a coisa é assim mesmo. É na crise e em meio a dificuldades que se provoca a inteligência humana para se obter resultados surpreendentes. E aqui, agora, chegou nossa vez de demonstrar nossa competência. Não dá mais para esperar.
Tratando então de comentar sobre Manaus, temos aspectos muito importantes a considerar, em razão das tendências de nosso futuro e de nossa realidade atual. Para os próximos anos, em razão dos eventos já citados, ainda que de suma importância deixo de falar sobre educação e saúde, e vou me concentrar em segurança e transporte. Manaus está um caos em toda sua extensão e precisa aumentar seu contingente e adquirir equipamentos modernos de monitoramento e controle, de forma a ter um policiamento intensivo para proteção de nossa população. É uma vergonha presenciarmos motins em uma cadeia pública com capacidade para 100 presos e abrigando mais de 800. Por que não construir colônias agrícolas penais para humanizar essas delinquências e permitir o retorno de presos à sociedade, recuperados e não diplomados no que chamamos hoje verdadeiras universidades do crime como são considerados nossos presídios?
Quanto ao transporte, fala-se e debate-se muito sobre o “monotrilho”. Um sistema de transporte moderno mas limitado em sua capacidade e que, conforme dizem, deverá ter um custo por passagem acima de R$ 4,00. E como a população vai absorver isso? Além do fato de ser um sistema de transportes que nada tem a ver com nossa região e que vai criar obstáculos à contemplação pública de vários pontos turísticos de nossa cidade.
Por que não a alternativa de uma hidrovia para resolver o problema do transporte e aproveitar assim nossas tendências regionais? Será que fazer obras de contenção para elevação dos níveis das águas dos igarapés além de revitalizá-los, seria mais caro do que o absurdo do orçamento do monotrilho? E com a ponte de Iranduba? O que ocorrerá?
Se nada for feito, teremos um derrame de mais veículos para o centro da cidade de Manaus. Por que não se antecipar e tratar logo de traçar um plano de desenvolvimento para Iranduba, a fim de criar atratividade naquela região para um crescimento ordenado e servir de escoamento e nova alternativa para os moradores de Manaus? Já não seria a hora de criar um estádio, um centro de convenções e um shopping por lá? – Vamos esperar o quê? Que as coisas ocorram como ocorreram em Manaus, sem planejamento?
E a situação dos portos de Manaus, vai continuar caótica como está?
Ah! E referente ao governo federal, me bastaria sugerir acabar com essa demagogia de injetarem dinheiro no Estado mas em contrapartida manter a Suframa contigenciada, totalmente manietada.
Em terra de fartura como a nossa, a única coisa que “farta” é criatividade e bom senso!
Urias Sérgio
AMAZÔNIA – O QUE NOS ESPERA?
Fui incumbido para a nova edição desta maravilhosa revista “AMAZÔNIA” de escrever sobre um tema muito complicado: “Algo sobre os novos governadores da Amazônia e o que a região precisa do novo governo federal” .
Complicado, em primeiro lugar porque, de todos os estados da Amazônia conheço um pouco melhor – por sua trajetória política – o governador eleito do Amazonas e os demais, somente por “ouvir falar” e isso é muito pouco para permitir uma análise mais detalhada, isenta e objetiva. Generalizando, o que devemos esperar de todos os novos governadores, em geral, seria: Dinamismo, Seriedade, Competência, Honestidade e Ética, mas, será que no meio político, ainda que alguém tenha todas essas qualidades, conseguiria aplicá-las, em um oceano de interesses diversos e mentes fortuitas, na expectativa de locupletarem-se nos mais diferentes sentidos?
Por outro lado, os governantes de nossos estados visinhos na sua rotina, certamente cuidarão de programas de desenvolvimento sustentado e planejamento nas mais diferentes áreas. Ao Amazonas e mais propriamente Manaus, com a expectativa dos eventos da Copa e Olimpíadas, cabe uma responsabilidade muito maior e em razão disso, pretendo regionalizar minhas considerações – que não são de nenhum especialista – mas sobretudo e tão somente de um cidadão que, ainda que não tenha nada de visionário, enxerga bem nossas limitações, dificuldades e oportunidades.
Temos visto exemplos “mundo a fora” que nos deixam de boca aberta, como é o caso de Nova York com seus quase nove milhões de habitantes, sendo que apenas 25% da população utiliza carros para sua ida ao trabalho. Com um dos maiores e mais complexos sistemas de metrôs do mundo, perto de 3 milhões de pessoas transitam pelos seus trilhos diariamente. E mesmo com o atentado de 11 de setembro soterrando quatro estações, em apenas um ano restabeleceram a normalidade do transporte.
Outro exemplo é o de Dubai, cidade futurista, modelo de tecnologia, plantada no meio do deserto, sem água potável natural, hoje paraíso das grandes fortunas internacionais.
Mas a coisa é assim mesmo. É na crise e em meio a dificuldades que se provoca a inteligência humana para se obter resultados surpreendentes. E aqui, agora, chegou nossa vez de demonstrar nossa competência. Não dá mais para esperar.
Tratando então de comentar sobre Manaus, temos aspectos muito importantes a considerar, em razão das tendências de nosso futuro e de nossa realidade atual. Para os próximos anos, em razão dos eventos já citados, ainda que de suma importância deixo de falar sobre educação e saúde, e vou me concentrar em segurança e transporte. Manaus está um caos em toda sua extensão e precisa aumentar seu contingente e adquirir equipamentos modernos de monitoramento e controle, de forma a ter um policiamento intensivo para proteção de nossa população. É uma vergonha presenciarmos motins em uma cadeia pública com capacidade para 100 presos e abrigando mais de 800. Por que não construir colônias agrícolas penais para humanizar essas delinquências e permitir o retorno de presos à sociedade, recuperados e não diplomados no que chamamos hoje verdadeiras universidades do crime como são considerados nossos presídios?
Quanto ao transporte, fala-se e debate-se muito sobre o “monotrilho”. Um sistema de transporte moderno mas limitado em sua capacidade e que, conforme dizem, deverá ter um custo por passagem acima de R$ 4,00. E como a população vai absorver isso? Além do fato de ser um sistema de transportes que nada tem a ver com nossa região e que vai criar obstáculos à contemplação pública de vários pontos turísticos de nossa cidade.
Por que não a alternativa de uma hidrovia para resolver o problema do transporte e aproveitar assim nossas tendências regionais? Será que fazer obras de contenção para elevação dos níveis das águas dos igarapés além de revitalizá-los, seria mais caro do que o absurdo do orçamento do monotrilho? E com a ponte de Iranduba? O que ocorrerá?
Se nada for feito, teremos um derrame de mais veículos para o centro da cidade de Manaus. Por que não se antecipar e tratar logo de traçar um plano de desenvolvimento para Iranduba, a fim de criar atratividade naquela região para um crescimento ordenado e servir de escoamento e nova alternativa para os moradores de Manaus? Já não seria a hora de criar um estádio, um centro de convenções e um shopping por lá? – Vamos esperar o quê? Que as coisas ocorram como ocorreram em Manaus, sem planejamento?
E a situação dos portos de Manaus, vai continuar caótica como está?
Ah! E referente ao governo federal, me bastaria sugerir acabar com essa demagogia de injetarem dinheiro no Estado mas em contrapartida manter a Suframa contigenciada, totalmente manietada.
Em terra de fartura como a nossa, a única coisa que “farta” é criatividade e bom senso!
Urias Sérgio