CONFISSÃO

PALAVRAS DE VIDA

Pastor Serafim Isidoro.

CONFISSÃO

Nele, por Ele e para Ele, confessamos.

Apesar de não ser uma aula de grego koinê, no inicio destas considerações necessitamos, com certo esmero examinar o termo confissão nessa língua riquíssima na qual aprouve a Deus revelar-nos e ensinar-nos a Sua Nova Aliança. Como verbo, homologeô, confessar - aparece vinte e seis vezes nesses escritos inspirados. Como substantivo feminino, seis vezes – homologia, confissão. E como adjetivo, homólogos, confessor – significando em português, em resumo conclusivo: Concorde; conforme; homólogo.

O exame exegético das palavras das Escrituras nos leva a descortinarmos o que real e praticamente a Divindade quer nos dizer. Levando-se em conta os excelentes dicionários a nosso dispor, faz-se necessária uma busca em conjunto para chegarmos à conclusão veraz da definição. Confessar, na realidade, é: admitir, reconhecer e expressar ao outro ou a Deus – homologeô. A raiz deste termo é logos, palavra – conjunta à homo, semelhante. Conclui-se: “semelhante à palavra”, “Em acordo com a palavra”.

Para admitir-se errado, contrário, pecador, o ser humano necessita primeiro de uma convicção. Dificilmente se confessa, porque somos dotados de um mecanismo psicológico de defesa própria contra tudo o que venha a nos atacar. O orgulho é comum e generalizado no ser humano. É inato. E o ato de confessar, admitir faltas, erros ou transgressões fere esse orgulho. Daí o individuo esquivar-se. Necessária lhe será a convicção, ferramenta que o impulsionará ao ato de confessar. Ninguém salva a si mesmo. O afogado necessita de socorro, depende do outro. A confissão também dependerá desse ajudador, desse impulsionador.

Na infinita sabedoria de Deus, o Seu único Filho gerado, Jesus declarou na despedida a Seus aprendizes – mathêtês – discípulos, que o Espirito Santo, terceira pessoa da Trindade na definição teológica trinitaria, viria e ficaria no mundo para convencer do pecado, da justiça e do juízo. E mais: seria Ele, o paracleto, o advogado e ajudador nessa confissão a que estamos nos referindo. O Pai teve a Sua dispensação; o Filho teve a Sua dispensação e agora, desde então, o Espirito Santo está tendo a Sua dispensação.

Durante vinte anos coordenamos um movimento essencialmente evangelístico denominado: “Cruzada Bernhard Johnson”, que realizou reuniões públicas em estádios e praças de todas as capitais do Brasil. Era gratificante vermos pessoas aceitando a Jesus como seu Salvador pessoal, com lagrimas nos olhos, cônscios de seus próprios pecados e confessando-se publicamente como pecadores arrependidos. É Ele, o Espirito Santo, o impulsionador dessas atitudes.

Antes da confissão vem a convicção, que no prisma que estamos focalizando é dinamizada pelo Espirito, o que este faz através das Escrituras. Jesus é a palavra viva de Deus; as Escrituras são a palavra escrita de Deus. Ninguém virá confessar, no que se refere a pecados que é a transgressão da lei divina, sem a base bíblica da Nova Aliança. O que o Espirito faz é usar a pessoa de Jesus, o Cristo, como centro dessa confissão. Confessa-se por Ele; Crê-se Nele; Confessa-se a Ele:

Só Jesus.

O Pastor Serafim Isidoro deseja aos leitores desta coluna, e a todos, uma feliz festa de Natal e um abençoado ano novo. Amar é servir. serafimprdr@ig.com.br