Da Itália para o Brasil

Da Itália para o Brasil

Há sete dias estamos na Itália a serviço da Prefeitura Municipal de Teresina e a convite do I.P.S.S.A.R.- e em parceria com a Fundação Padre Dante Civieiro – FUNACI, cuja sede, Teresina abriga. De 06¬/11 a 05/12 estaremos pesquisando sobre como se processou o desenvolvimento econômico da região de Veneto e quais os principais valores culturais locais que contribuíram para que a região chegasse a ser uma das mais desenvolvidas do sul da Europal. Para nossa alegria participamos de um encontro (dias 06 e 07/11) onde foram apresentadas as preocupações com o combate à pobreza e à exclusão social, patrocinado pela Assciazione Famigle Rurali, fundada a mais de quarenta anos e onde os palestrantes evidenciaram a necessidade de se elaborar novas estratégias para que se reduza a pobreza mundial e conseqüente inclusão social dos mais pobres em todo mundo, destacando-se as discussões em quatro dimensões principais: 1) Pobreza e ação da comunidade local: 2)Política local e estratégias para a inclusão social do migrante; 3) A missão adulta de educadores no combate às pobreza e à marginalização e por fim 4) O isolamento do indivíduo na família.

Os itens contextuais evidenciados nas discussões levaram-nos a pensar e a defender junto ao grupo do qual fizemos parte (grupo3) sobre a necessidade de uma ressignificação das políticas publicas voltadas para o atendimento escolar da criança e do adolescente brasileiros. Defendemos também a necessidade urgente de se entender que a variável educação, fortíssimo componente da inclusão social, perpassa por um redirecionamento no contexto das políticas públicas, não só brasileiras, mas também em países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento ou seja, se não houver um incremento real nos investimentos na área educacional, principalmente, no que diz respeito à capacitação e a remuneração do professor, pouco ou quase nada, pode se esperar com relação ao combate à pobreza e ao combate à exclusão. No momento, basta-nos ter a certeza de que a pobreza e exclusão social preocupam os europeus, mas, com absoluta certeza, não serão eles os responsáveis pelo combate sistemático até sua erradicação. Cabe a cada cidadão, incluir-se em alguma trincheira de luta que o faça sentir-se também responsável pelo que de ruim acontece em nosso país. Se assim não for, continuaremos, deitados eternamente em berço esplendido como se o florão da América fosse o máximo que sonhamos ter.

Rui Azevedo.

Rui Azevedo
Enviado por Rui Azevedo em 08/12/2010
Código do texto: T2661183