36: o ano da crucificação de Jesus.

JESUS FOI BATIZADO NO ANO 33

JOÃO BATISTA começou a batizar no ano 29 (que era também o 15º ano do reinado de Tibério em Roma). Israel era dividida em uma procuradoria (Judeia), governada por Pôncio Pilatos, e três tetrarquias, governadas por Herodes Antipas, Filipe e Lisânias (Lc 3:1-3) .

Jesus só foi batizado quando TODO o povo foi batizado (Lc 3:21), no ano 33, quando tinha 46 anos de idade.

Por "todo" entenda-se àqueles israelitas que deveriam ser batizados por João Batista, segundo a escolha do Espírito Santo.

Se João Batista levou cinco minutos para batizar cada pessoa, então no final de um dia de oito horas (mais duas de pregação) teria batizado 96 pessoas.

E batizando em todo um ano, atingiria 35040 pessoas.

E no final de cinco anos : 175.200 pessoas.

E esta cifra corresponderia a uns dez porcento da população que vivia em torno do rio Jordão (Lc 3:3). 10% é o remanescente da casa de Israel (Am 5:3) , (Rm 9:27).

João Batista, tendo começado a batizar no ano 29 concluiu esta primazia, dada a casa de Israel, após 5 anos, no ano 33.

Logo após o batismo de Jesus no ano 33, os discípulos de Jesus começaram a batizar também (Jo 3:22, 4:1,2). E aos seus discípulos coube batizar a todos os povos do mundo.

João Batista veio para preparar o caminho do Senhor e endireitar as suas veredas (Lc 3). Após isto, diz ele:

“eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor... Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3:28-30).

João Batista foi decapitado no ano da morte de Filipe, irmão de Herodes Antipas, no ano 34.

Quando os discípulos de Jesus começaram a batizar, João Batista ainda não tinha sido encarcerado (Jo 3:24, 4:2).

No ano 33, Jesus tinha 46 anos, que também era a idade do Templo de Jerusalém (Jo 2:20).

INÍCIO DO MINISTÉRIO DE JESUS ... ano 17

Na lei de Moisés só os levitas podiam exercer encargos na tenda da Congregação e tinham que ter 30 anos de idade, ao iniciar, e concluir este ministério aos 50 anos.

Isto é mencionado sete vezes no livro de Números, significando que era muito importante o cumprimento desta lei (Nm 4:3,23,30,35,39,43,47). Jesus foi fiel cumpridor da Lei.

“Respondeu-lhes João Batista: Eu batizo com água; mas, no meio de vós (sacerdotes e levitas), está quem vós não conheceis (eles conheciam a Jesus, que como eles servia no Templo, mas, não o conheciam ainda como o Messias)” (Jo 1:19,26).

“Ora, tinha Jesus cerca de trinta anos ao começar o seu ministério. Era como se cuidava (que tivesse essa idade), e era filho de José... filho de Natã, filho de Levi” (Lc 3:23,24,29).

E logo a seguir, Lucas justifica esse ministério, fornecendo a genealogia de Jesus.

Lucas descreve o batismo de Jesus no ano 33, e a seguir diz quem era este batizado: Jesus era um levita, pois exercia o Ministério, desde que completou 30 anos, no ano 17; e a seguir fornece dados da genealogia deste batizado.

Portanto, são dois acontecimentos distintos, em anos distintos: o batismo de Jesus no ano 33, e o início do ministério de Jesus no ano 17.

Lucas, (Lc 3:23) está comentando o início do MINISTÉRIO de Jesus que se deu quando Jesus tinha 30 anos, no ano 17, conforme o apóstolo João (Jo 1:19,26).

Esse ministério de Jesus foi exercido no Templo de Jerusalém, junto aos sacerdotes e escribas.

João Batista disse aos sacerdotes e levitas que o inquiriam por que batizava:

"Eu batizo com água, mas, no meio de vós, está quem vós não conheceis (não conheciam no sentido de não saberem que Jesus era o Cristo de Deus, apenas o tinham por mais um levita servindo no Templo) (Jo 1:19-26).

Jesus, por parte de mãe era levita (Lc 1:5,36), e por ser primogênito fora consagrado ao Senhor (Lv 8:5-25).

36 : O ANO DA CRUCIFICAÇÃO DE JESUS

Na Páscoa do ano 36, Herodes Antipas, tetrarca da Galileia e Peréia se reconcilia com Pilatos.

Herodes Antipas se encontrava naqueles dias em Jerusalém (Lc 23:7-12), procurando o apoio dos outros tetrarcas e de Pôncio Pilatos, procurador romano, para combater os nabateus (moabitas); ineficaz, pois foi derrotado pelos nabateus neste mesmo ano.

Até então, Pilatos e Herodes Antipas eram inimigos, mas, assim como Herodes precisava de Pilatos, também este precisava de boas recomendações de seus adversários, pois, estava prestes a ir pra Roma, para prestar conta ao imperador, sobre os seus desmandos e injustiças na Judéia, tais como roubos e assassinatos.

A esposa de Pilatos, apreensiva por essa situação incomoda de seu marido, relata-lhe, o mau presságio que tivera em sonhos, por causa da injustiça que se estava prestes a fazer com Jesus.

Parece que Pilatos levou em conta o que lhe disse sua esposa, pois, não podendo contornar a condenação de Jesus à morte, mandou vir água, lavou as suas mãos perante o povo, e se considerou inocente do sangue do justo, Jesus, que ia se derramar na cruz (Mt 27:19,24).

Pilatos foi destituído de sua função de procurador de Roma na Judeia em 37 d.C., no ano seguinte a crucificação de Jesus.

No ano 37, Herodes Agripa I que assumira a tetrarquia de seu pai, Filipe, falecido no ano 34, escreve e dá a sua opinião ao imperador Calígula, sobre Pilatos, e diz:

“ele é um homem teimoso, irascível, vingativo, inflexível, obstinado e insensível; que comete insultos, roubos, afronta e injustiças gratuitas; é venal, cruel e faz execuções sem prévio julgamento em muitos casos” (Filo em: Embaixada a Gaio, 299-305).

Segundo Josefo: Pilatos é ríspido, irrefletido, impiedoso, grosseiro, insensível, desrespeitoso, tirano e assassino.

Vitélio, embaixador romano na Síria, obrigou-se a destituí-lo de sua procuradoria na Judeia e envia-lo a Roma para prestar contas de seus crimes ao imperador (Guerra judaica 2:169-77 ; Antiguidades judaicas 18:35-89).

Herodes Agripa I, assumiu a tetrarquia de Filipe, no ano 37. Em 39, quando Herodes Antipas foi deposto por Calígula, também assumiu a tetrarquia deste.

E só no ano 41, o imperador Calígula deu o título de rei a Herodes Agripa I, e logo a seguir, o imperador Cláudio, que sucedeu a Calígula, lhe passou a região administrativa procuratória da Judeia, e com isto, este neto de Herodes, o grande, conseguiu reunir quase todo o território de seu avô, sob o seu cetro.

Na Páscoa do ano 36, quando Cristo Jesus foi crucificado, houve um fenômeno cósmico, que foi percebido pelos evangelistas:

“Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra ... abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram” (Mt 27:45,52)... “E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo” (Mc 15:38).

Este fenômeno era a aproximação de Vênus e Terra, no seu 518º ciclo octogonal.

4107 a.C. criação de Adão, a 36 d.C., mais ano zero = 4144/8 = 518 ciclos octogonais.

JESUS E O SEU 50º ANIVERSÁRIO NO ANO 36.

“... até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem perfeito, segundo a medida da idade completa de Cristo; para que não sejamos meninos flutuantes, e levados ao sabor de todo o vento da doutrina...” (Ef 4:13,14 na Bíblia Vulgata).

"... até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não sejamos como meninos, agitados de um lado para o outro e levados ao redor por todo o vento de doutrinas..." (Ef 4:13,14 na Bíblia evangélica).

“... da idade de 30 anos para cima até aos 50 anos será todo aquele que entrar neste serviço, para exercer algum encargo na tenda da congregação.” (Nm 4:3,23,30,35,39,43,47).

"Ninguém despreze a tua mocidade... " disse Paulo a Timóteo (1Tm 4:12).

Pela tradição israelita, até os dias de Jesus e dos apóstolos, um homem que se dedicasse a Deus, só atingia a plenitude do conhecimento das Escrituras Sagradas quando atingia a idade de 50 anos. Então, dos 50 anos em diante era considerado ancião, na Congregação.

Paulo nos incentiva a atingirmos essa plenitude do conhecimento que Cristo tinha das Escrituras, já sem mencionar os limites da idade inicial e final deste conhecimento (Ef 4:13).

Certamente, Jesus ao ser crucificado tinha 50 anos, porque se assim não fosse, o seu conhecimento das Escrituras seria posto em dúvida por muitos dos milhares de judeus que se converteram ao cristianismo, no princípio.

Disse Cristo aos judeus que o inquiriam e duvidavam dele:

“Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se" em referência a ele ter aparecido a Abraão (Gn 18).

"Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens 50 anos e viste Abraão?

Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU.” (João 8:56-58), em referência a ele ser o Filho de Deus (Êx 3:14).

Esse diálogo entre Jesus e os judeus ocorreu no último dia da Festa dos Tabernáculos, em Jerusalém, que se realizou no sétimo mês do ano 35, portanto, cinco meses antes da crucificação de Jesus no ano 36 (Jo 7:2,10,14,37 e 8:1,2,56-58).

Jesus nesta ocasião tinha 48 anos, e os levitas e sacerdotes judeus conheciam isto, porque Jesus serviu no Templo, no meio deles, dos 30 aos 45 anos (Jo 1:19,26,29-33).

Dos 46 aos 50 anos, Jesus completou o seu Ministério não só no Templo de Jerusalém, mas, também no coração de todo o crente, que é o templo onde habita o Espírito de Deus (Lc 17:21) , (1Co 6:19).

O NASCIMENTO de Jesus ocorreu seis dias antes da Páscoa do ano 13 a.C. (ver texto sobre isto já publicado neste site www.recantodasletras.com.br/autores/darciubirajara ).

Além do que, eles não poderiam ser tão maus fisionomistas a ponto de não saberem distinguir a diferença de uma ou duas décadas na aparência de uma pessoa.

Errar de um a cinco anos na avaliação da idade de uma pessoa é possível, mas, dez ou vinte anos já é pedir demais.

Também, naquela época, as pessoas se conheciam melhor, as cidades eram menores e Jerusalém não tinha mais do que cento e vinte mil habitantes, e não havia poluição visual, e, portanto, não é possível que uma pessoa tendo trinta ou quarenta anos fosse ser confundida com uma de cinqüenta (Jo 8:57).

Os samaritanos impediram a Jesus de ficar em seu território, por causa do seu aspecto, de seu semblante...(Lc 9:51-53).

Os samaritanos nisto, estavam mais próximos do quadro do Messias, descrito por Isaías (Is 53) do que os “cristãos-festeiros”de Roma, do 4º séc. d.C. que descreveram um Jesus “trintão e belo”.

Os judeus também eram bons fisionomistas e viram que Jesus tinha 49 anos pouco antes de ser crucificado.

Outro episódio que atesta que Jesus estava próximo dos cinqüenta anos foi que no ano anterior, estando próxima a Páscoa do ano 34, ou seja, quando Jesus ainda não tinha 47 anos; Jesus se referindo à sua missão e subjetivamente também a sua idade, e aos três dias que o seu corpo estaria no sepulcro, disse aos judeus:

“Destruí este santuário, e em três dias eu o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em 46 anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias o levantarás?” (Jo 2:13,19,20).

Há três Páscoas citadas no evangelho de João, sendo que a primeira não é mencionada, nos quatro anos que Jesus pregou o Evangelho: as do ano 33, 34, 35 e 36 quando ele foi crucificado (Jo 2:13, 6:4, 13:1).

As obras de ampliação do Templo e de sua área sagrada iniciaram-se em 19 a.C. por ordem de Herodes, o Grande, e elas eram um complexo de magníficas construções sacras, a ponto de deixar extasiados os discípulos de Jesus (Mc 13:1).

Possivelmente toda esta admiração dos discípulos estava vinculada a finalização de todas as obras do Templo.

Estas obras levaram 46 anos para ser concluída em fins do ano 33, quando Jesus ainda tinha 46 anos.

Este magnífico Templo tinha a promessa de Deus que este último Templo seria maior do que o primeiro, e ali, Ele daria a sua paz (Ag 2:3,9), e esta paz não era o Templo, mas Jesus, o Cristo de Deus (Zc 3:8,9).

ANO DO JUBILEU

O 50º ano, ou Ano do Jubileu, era o “ano aceitável do Senhor” para que todos se preparassem para “o dia da vingança de Deus” (Is 61:2).

Este dia era esperado par o 52º ano o “Dia do Senhor, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores”(Is 13:9)

Os israelitas denominavam o 49º ano de ano sexto; o 50º de ano sétimo; o 51º de ano oitavo e o 52º de ano nono.

Que o 50º ano era o ano sétimo podemos ver nos versículos bíblicos

(Lv 25:11,20).

No ano sexto ou 49º ano, Deus prometeu dar a sua benção para que a terra desse o seu fruto por três anos: 50º,51º,52º.

Nos anos oitavo e nono, o 51º/52º, semeava-se a terra e enquanto não vinha o fruto dessa semeadura, comia-se dos frutos estocados (Lv 25:20-22).

Este ano 52º era o ano mais temido, ano em que Vênus, cometa até 557 a.C. cruzava rente a órbita da Terra e, quando coincidia de estar muito perto da Terra trazia muita peste, enchentes, secas e guerras.

Depois de 557 a.C. Vênus passou a ser um dos nove planetas que giram em torno do Sol, e sua órbita sideral de 224,701 dias por ano (e órbita sinótica de 583,9236 dias) ficou entre Mercúrio e Marte.

Entre 1443-557 a.C. os povos que antecederam e que ensinaram sua ciência aos maias faziam os seus festivais em honra a Vênus no 52º ano, quando Vênus ameaçava devastar na Terra.

O Ano do Jubileu.

“Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos.

Então, no mês sétimo, farás passar a trombeta vibrante (por toda a vossa terra) nesse Dia da Expiação.

Santificareis o ano quinquagésimo e proclamareis liberdade na terra a todos (israelitas) os seus moradores;

Ano de Jubileu (de alegria) vos será, e tornareis cada um à sua possessão, e cada um à sua família...

Então, eu vos darei a minha benção no sexto ano (49º ano) para que dê fruto por três anos (no 50º, no 51º e no 52º).

No ano sétimo (50º ano), semeareis, e comereis da colheita anterior (da colhida no 49º) até ao ano nono (52º ano) até que venha a sua messe, comereis da antiga” (Lv 25:8-10,21,22).

A terra ficava de alqueive (descansando) por dois anos seguidos, e isto tem dado o que pensar aos exegetas bíblicos; se os israelitas conseguiram cumprir plenamente esse ano do Jubileu, nos moldes em que está escrito.

O 50º ano ou “ano sétimo” o Ano do Jubileu, era um ano santificado ao Senhor; não se podia plantar nem colher (Lv 25:11,20).

Era um ano de resgate do ser humano: de libertação dos escravos, de devolução das terras adquiridas de seus antigos proprietários.

Deus prometeu dar a sua benção no sexto ano que era o 49º ano, de tal forma que essa benção seria suficiente por três anos: no 50°, no 51º e no 52º.

No oitavo ano desta “semanas”, o 51º ano, se podia semear o campo, mas, não se podia colher nada até ao nono ano, o 52º.

Tinha que se comer da colheita antiga, a do 49º ano, que estava nos celeiros (Lv 25:22).

A cada 52 anos ocorre a conjunção de Vênus, Júpiter e Lua.

A última ocorreu em 01/12/2008.

Segundo a Divisão de Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) a proximidade dos astros com o céu é somente um efeito visual (isto ocorre a cada 52 anos porque Vênus e Júpiter estão alinhados com a Terra).

No início do ano 33 houve a conjunção de Júpiter, Vênus e Lua.

Esta conjunção acontece a cada 52 anos, e ela era aguardada com ansiedade por todos os povos da Antiguidade, pois era prenúncio de catástrofes na terra: os maias ofereciam sacrifícios humanos a Kukulkan (Vênus).

Mas, os israelitas no 50º ano, "Ano do Jubileu", perdoavam as dívidas e emprestavam aos necessitados, e devolviam as terras aos seus antigos proprietários (Lv 25).

O "Ano do Jubileu", que nunca aconteceu por ser impraticável, era uma preparação para o "ano aceitável do Senhor" que veio a se realizar em Jesus, logo após o seu batismo, no início do ano 33 (Lc 4:18-21, Is 61:1,2).

“Ele (o 50º) é jubileu; somente o ano quinquagésimo será jubileu para vós,...” (Lv 25:11 conforme a Torá).

Percebe-se ai, a preocupação dos israelitas em demarcar bem este 50º ano, também chamado de sétimo ano.

Por que esta preocupação?- Certamente para que as gerações futuras não comemorassem como os pagãos idólatras, o 52º ano e prestassem cultos e adoração a Vênus.

ANO DO JUBILEU: UMA TEORIA IMPRATICÁVEL

Em 1389 a.C., 14 anos depois de os israelitas, sob o comando de Josué, terem entrado em Canaã, a conquista de Canaã estava consumada. Então, distribuíram-se as terras entre as doze tribos de Israel (Dt 2:14 , Js 14 e 22:1-9).

A partir desse ano e dessa distribuição de terras, deveria iniciar-se o Ano do Jubileu conforme o que determinara o Senhor, através de Moisés:

“Quando entrardes (na posse) na terra que vos dou.” (Lv 25:2).

Mas, na prática, isso nunca se consumou devido ao incessante estado de guerra que Israel viveu ao longo de sua história, com perdas e reconquistas de terras; ocupações por reis estrangeiros; e por fim, o cativeiro da Babilônia entre 598-538, que reduziu Israel a um simples Cidade-estado (Jerusalém e suas vilas).

A reocupação efetiva de Jerusalém e suas vilas, se deu em 446, com Neemias e Esdras, quando então se cumpriu na prática o decreto de Ciro II, que determinava a volta dos judeus para Jerusalém.

Daniel, com sua profecia das “Setenta Semanas” ou 490 anos (Dn 9:24-27) induz-nos a pensar que a realização do Ano do Jubileu era espiritual, e seria consumada em Jesus,quando aqui esteve entre nós.

Somente no período de 1006-927 em que reinaram Davi e Salomão, período este em que Israel não estava em parte ou no todo, ocupada por seus inimigos, ou, ainda, dividido em duas nações, é que poderia ter sido exeqüível o cumprimento dessa teoria do Ano do Jubileu.

Mas nada é nos dito, na Bíblia, a respeito desse assunto, nos dias desses dois reis.

Seria o 50º ano o “Ano Aceitável do Senhor e o Dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram... contra os inimigos de Sião. Ele alegrará os seus escolhidos e lhes tirará as tristeza e aflições, consolará os que choram e libertará os cativos. Fará de todo o seu povo uma nação santa, onde todos serão sacerdotes do Senhor.” ?(Is 61, 1Pe 2).

Não há qualquer menção na Bíblia de que o “Ano do Jubileu” tenha sido posto em prática pelos israelitas, pois, isto era uma alegoria do que viria a se concretizar nos cinqüenta anos em que Cristo esteve entre nós, visivelmente.

Julio César foi assassinado em março de 44 a.C. e nos primeiros meses do ano 43, um “cometa” muito brilhante surgiu nos céus de Roma, durante os jogos que eram feitos em homenagem ao seu herdeiro, César Augusto.

E segundo Ovídio em seu livro Metamorfose, era Vênus que descia da abóbada celeste, que até então estava invisível e parou no meio do Senado, e desprendeu a alma do corpo de Júlio César e a transformou numa substância divina.

No dia 23 de setembro de 44 a.C. uma escuridão envolveu o mundo, com estrondos como se fosse de armas, e foi ouvida através de todo o céu, segundo o que nos diz Dio Cassius em seu livro Roman History, baseados em Plínio, Suetonius, Plutarco.

O etrusco e adivinho Voclanius proclamou que a partir desse episódio, iniciava-se uma nova Idade Terrestre.

Vênus, em seus ciclos octogonais, trinta e dois anos depois da morte de Júlio César, brilhou intensamente nos céus da Palestina, quando Jesus tinha 19 meses, pois, Vênus era a estrela de Jesus, que os magos viram no Oriente (Mt 2:2,7-10 , Ap 22:16).

Jesus proclamou que nele se cumpriu o “Ano aceitável do Senhor” (Lc 4:19,21) no ano 33 d.C. logo após o seu batismo (no final do ano 32 houve a conjunção de Vênus, Júpiter e Lua).

Na Páscoa do ano 36 Jesus foi crucificado, quando completava quarenta e nove anos de idade (Jo 8:57), e depois de ressussitado, aos cinqüenta anos, apareceu a Paulo no ano 37, e Paulo se converteu a Cristo, sendo ele o 13º apóstolo, aquele que levou a Luz (Jesus) aos gentios.

Então consumou-se o alegórico e irrealizável “Ano do Jubileu” que também era “sombra das coisas que haviam de vir” ou se consumar em Cristo (Cl 2:17).

OS MAIAS

Quatrocentos anos antes de Cristo, os maias, a cada 52 anos ofereciam sacrifícios humanos a Kukulkan, também chamado de Quetzalcoatl, que era o planeta Vênus.

Eles arrancavam o coração de seus inimigos ainda vivos, e ofereciam ao seu deus Kukulkan.

Os maias, egípcios, hebreus e os assírio-babilônios eram uma sociedade dominada por festividades agrícolas-religiosas e por isso precisavam de cálculos quase exatos para o seu calendário.

Os maias, numa atitude negativa, como os demais povos idólatras do mundo, aguardavam a cada 52 anos que o mundo fosse acabar.

E no 52º ano ofereciam sacrifícios humanos a Vênus.

Nisso os maias tinham uma atitude inversa à dos israelitas que santificavam o 50º ano, “Ano do Jubileu” e, que em sua fé de que Deus os livraria do mal (a possível destruição da Terra por Vênus no 52º ano) e produziam obras, como o perdão de dívidas, empréstimos sem juros, e libertação dos escravos (Lv 25:10-25).

Este 50º ano ou “Ano do Jubileu” israelita iniciava-se logo após o final das “sete semanas de anos” ou 49º ano (Lv 25:8).

Ele, o 50º ano era também denominado de “ano sétimo” e neste ano os israelitas não podiam semear e nem segar (colher) os frutos de suas plantações (Lv 25:11, 20).

Deus dava a sua benção no “ano sexto” ou 49º ano, para que por três anos os israelitas se fartassem do que foram colhido neste 49º ano (Lv 25:21), ou seja: no 50º, 51º e 52º ano os israelitas comiam do que fora colhido no 49º ano.

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Darci Ubirajara
Enviado por Darci Ubirajara em 04/12/2010
Reeditado em 07/11/2019
Código do texto: T2652883
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