QUE COISA, NÃO?!

Quantas banalidades, a pretexto de “propostas de governo”, vêm ocorrendo nos programas eleitorais dos candidatos a presidente da república. Quem acredita no que está vendo ao menos desconfie que, adrede, se passa ao largo dos questionamentos que, de fato, devem ser feitos.

Entre tantos, um dos principais está naquilo que os economistas chamam de “ajuste fiscal”. Sem que isto seja feito com denodo, sapiência e clareza, acabaremos como aquele sujeito que está afundando na areia movediça, mas, desvairado, acredita se safar puxando os próprios cabelos. Ora, crescimento econômico e queda de juros passam, impreterivelmente, pelo mesmo (ajuste fiscal).

Se você estiver atento, isento de “paixãotite” de qualquer espécie, percebe que tanto Lula como Geraldo Alckmin, maquiavelicamente, tratam de se esquivar quanto a este ponto. Aliás, o cinismo é tanto que se requenta uma querela ideológica: Privatismo X Estatismo em detrimento deste tremendo desafio (ajuste fiscal).

Na ânsia pelo poder, vale tudo. Mente-se e mente-se tanto que alguns, ingenuamente, chegam a pensar que é verdade a mentira que se repete tanto. No dizer de um dos editoriais da “Folha de São Paulo”, “a campanha investe na desinformação e no marketing, condimentados agora por uma polarização doutrinária artificial e fora de época”.

Portanto, que os candidatos sejam honestos, éticos e claros neste particular (ajuste fiscal), sem dúvida, não apenas neste, indicando as áreas da “sangria”. Os brasileiros temos o direito de saber onde ocorrerão os cortes, como isso vai acontecer e em que medida. Ou pensam os senhores que, no fundo, não passamos de “uma massa de manobra infantilizada”?