A INDÚSTRIA DA SECA
A INDÚSTRIA DA SECA
A visão política para o Nordeste deveria ser holística. Na realidade ela é micro. A macro somente para os políticos que se adequam a locupletação. O que mais se estranha é que entra governo, sai governo, e o quadro desolador não se altera. As operações Carros-Pipa nos municípios já viraram seriadas de televisão e novelas de rádio. Cada qual com um elenco de primeira qualidade e de vasto conhecimento de todos. Nas famigeradas propagandas eleitorais gratuitas de tudo se vê. Candidatos que concorrem à reeleição já pela terceira vez com projetos milagrosos para acabar com o “dengue”. Por que não fizeram antes? A centralização das promessas está na Educação, Saúde e Segurança e uma interrogação paira no ar? O que fizeram antes esses políticos quando exerciam cargos eletivos? O planejamento deve ter um objetivo, preparar o sertanejo para que ele não venha a sofrer com a falta de água, pois muitos reservatórios se localizam em terrenos que ele não tem acesso.
Com a visão oticada os sertanejos sonham por dias melhores, que na realidade estão na boca de candidatos a altos cargos políticos, quando eleitos engolem tudo, deixando a pobreza a ver navios. Existe vontade política para resolver a seca no Nordeste? Não. Seria o caso da extasia e os fastos dominarem as mentes dos políticos, mas enquanto, isso não ocorrer, o sertanejo audaz vai driblando a sede e a fome, que os candidatos a presidentes do país, prometem e não cumprem. Existe muita gente pleiteando cargo público. Só para Deputados Estaduais são mais de quinhentos, sem contar os Federais e os candidatos ao Senado Federal. Será que esse pessoal está preparado? Noções básicas de Ciências Políticas fazem parte de seus discursos? Não queremos ser injustos, mas a maioria está pensando única e exclusivamente no vil metal e nada mais.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FGF
ACADÊMICO DA ALOMERCE E MEMBRO DA ACI