Nossa Carta Magna
NOSSA CARTA MAGNA
Magela arruda
2004
Acredito que todos estamos aqui com uma missão especifica a cumprir. Só esta pessoa e mais ninguém poderá desempenhar a contento este encargo, além das funções primárias, não menos importantes, de ser pai e mãe.
Quando nascemos trazemos em nossos corações nossa carta magna, um projeto feito especialmente para nós, do nosso tamanho com as nossas medidas seguindo nossas particularidades, nossas peculiaridades, tudo sob medida,muito singular a cada um, caindo como uma luva perfeita em nossas mãos.
Antes de nascermos, Deus já havia escolhido o nosso projeto,nossa incumbência na vida, qual a nossa contribuição no aperfeiçoamento da construção deste mundo. No sétimo dia, Deus descansou e confiou ao homem a continuação do seu trabalho na construção e aperfeiçoamento do nosso planeta.
Chegamos aqui e tudo fica desvirtuado,já haviam feito o nosso programa de vida,sem uma prévia consulta ao interessado. Como computadores,somos programados para cumprimos as tarefas previamente planejadas para nós,por nossos pais : você vai ser isto isso ou aquilo.
Imaginemos nossa vocação em nossas mãos como uma porção de barro que deve ser trabalhado para sua execução. Só nós sabemos inicialmente o que queremos,pelo menos intuitivamente e chegam nossos pais,avós,tios,professores cada um com o seu palpite em um projeto que desconhecem. No final não temos mais nada do plano original e nem a criança sabe mais o que inicialmente queria fazer com tantas e tantas intervenções feitas. E o nosso chamado, nossa vocação ficam só nas interrogações!
Poucos são os que salvam sua vocação ou parte dela, às vezes as têm como prazer e não mais como profissão principal.
Acontece algumas vezes,como o chamado é forte e a criança é muito sensível e ainda sem couraça,permite aflorar os seus talentos na música,na arte e em outro qualquer oficio independente das interferências de outros. Graças a Deus alguns ainda escapam e nos presenteiam como os nossos campeões, lideres, artesões do mundo que tanto têm feito e fizeram por nós durante o percurso da vida.
Nós,pais,precisamos ficar atentos às habilidades de nossas crianças,pelo menos até a idade de sete anos,estimulando o florescer habilidades que nelas forem brotando,que fiquemos alerta a estas preciosidades,que muitas vezes não são notadas pelos membros de casa,mas pelos amigos e os professores.
Sem tirar as razões dos pais, estamos muito presos às profissões que nos apresentam os vestibulares, esquecendo a verdadeira vocação da criança que, normalmente na idade de fazer o vestibular, de tantas opiniões já não sabe mais o que quer: o ganho em dinheiro, as dificuldades no vestibular e a vocação. Como conciliar tantos obstáculos , e o que escolher? Não queiramos de um,a semente de ipê nas uma cajueiro,mangueira ou outra árvore.
Somos únicos e a nossa unicidade deve ser levada a sério para que não forcemos a natureza exigindo da criança um grau de inteligência ou aptidão que está além de suas possibilidades.
A espontaneidade e a naturalidade são próprias da natureza, como na crisálida já está contida a borboleta. Confiemos em Deus e em nosso trabalho na educação de nossos filhos.