"Que Vergonha"

Os jovens brasileiros interessados a crescerem e mudarem de padrão de vida através da continuidade dos estudos tiveram na última semana um descontentamento total. Todos estavam ansiosos à espera do ENEM.As recomendações foram ótimas.Ninguém poderia entrar à medida que os portões se fechassem.Que maravilha! E o dever da outra parte? Daquela que não acredita no jovem, que eles precisam ser muito bem testados,testados até demais! É impossível que um estudante que se dedica o ano inteiro,num comprometimento sério a fim de pleitear uma vaga na universidade, esteja brincando! A hora final chega e com ela as decepções! Aonde andam nossos intelectuais? Aonde anda o comprometimento para que tudo dê certo em um projeto que custa milhões de reais? Quem vai ressarcir aos cofres públicos nesse gasto desperdiçado, onde o dinheiro foi jogado no lixo? A capacidade dos nossos representantes no Governo, estão deixando a desejar. É impossível acreditar em tamanha falta de responsabilidade a ponto de enviarem as provas e gabaritos com incorreções vergonhosas. Acho muito bom ter acontecido isso. É notória a grande falta de respeito e de comando.Esses imbecis querem deixar os pobres alunos tresloucados com uma infinidade de assuntos que não medem capacidade de ninguém,atordoando-os com questões quilométricas, sem pé nem cabeça, para medir o quê? Apresentam uma prova mais para quem a lê teça comentários sobre a intelectualidade do grupo organizador.Mas desta vez o tiro saiu pela culatra, mas do que em outros que, também, saíram com incorreções. Este último foi a gota d’água. Espelhou a falta de critério. A meu ver, os alunos devem ser bem preparados nas disciplinas fundamentais, no conhecimento intelectual na maneira mais inteligente de observar o Mundo. Uma prova para medir se o aluno está apto a cursar a universidade não está nos moldes atuais. Os assuntos deveriam estar bem esclarecidos num crescendum, onde o aluno vá deduzindo e chegando à conclusão de maneira clara e objetiva testando a capacidade de resolver os problemas dos mais fáceis aos mais difíceis concluindo com uma dissertação onde seja capaz de fazer uso da linguagem a fim de expor idéias, desenvolver raciocínios, encadear argumentos e atingir conclusões, demonstrando, com isso, o domínio das formas de funcionamento próprias da língua escrita, desde a questão ortográfica até a necessidade de suprir recursos expressivos da fala,uso do vocabulário mais preciso e de construções sintáticas logicamente organizadas. Com essa visão é possível diminuir as despesas com a preparação de provas amarelas, verdes ou anil, tamanha imbecilidade. Com a preparação de uma prova simples, sem rebuscamento, mas clara, objetiva, concisa e coerente! .Aí, então, apenas os mais bem preparados chegam lá,pois na maioria das vezes, o que já foi comprovado,analfabeto pode chegar à universidade.Desculpe quem achar que não, mas os modelos de provas atuais não medem conhecimento,só enaltecem os intelectuais que tiveram “A cabeça”, para mim, oca.Pois há os que têm a capacidade de elogiar tamanha aberração.Falam muito dos jovens, eles são despreocupados, sem interesse, não gostam de estudar, de levar nada à sério. Mas o que estamos vendo, ultimamente, é que não é verdade. A maioria deles leva a vida com esperança num futuro melhor e para isso dedicam-se, às vezes, vários anos para alcançar o objetivo proposto. Aí vem uma prova do ENEM e derruba o conceito de bons intelectuais na Educação brasileira e deixa milhares de jovens desiludidos e preocupados com o que possa acontecer após tanto comprometimento.Para entrar na universidade não é necessário um trote dessa estirpe aplicado à população estudantil brasileira. Vamos gastar menos, preparar provas mais fidedignas,sem muito rebusque. Com isso, é possível, eliminar essa nódoa que através do ENEM, os nossos intelectuais estão manchados. É fácil mudar, basta querer deixar de lado a tortura psicológica dos jovens que tanto querem chegar lá, mas a cada ano que passa estão surgindo mais entraves.
Maria Augusta da Silva Caliari
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 19/11/2010
Reeditado em 08/11/2015
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