Cristãos feridos no Iraque são acolhidos em hospitais de Roma
Sábado, 13 de novembro de 2010, 11h42
Cristãos feridos no Iraque são acolhidos em hospitais de Roma
Da Redação, com Rádio Vaticano
Chegou a Roma, nesta sexta-feira, 12, um grupo de 26 cristãos iraquianos feridos no ataque de Al-Qaeda contra a Catedral sírio-católica de Bagdá, que causou a morte de 68 pessoas. Os feridos foram transferidos para a Policlínica Gemelli, na capital italiana, onde receberão todo o tratamento necessário.
O anúncio foi feito pelo Ministério de Relações Exteriores italiano, explicando que o ministro Franco Frattini acolheu o apelo feito pelo Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone. Ainda ontem, o governo da região da Toscana se dispôs a acolher os feridos graves que não podem ser curados e iniciar relações e intercâmbios entre os hospitais da Toscana e de Bagdá.
A partida do grupo da capital do Iraque coincidiu com uma Missa em memória das 19 vítimas italianas do massacre de Nasiriyah, celebrada precisamente na Catedral sírio-católica. Participou da Celebração, por ocasião do sétimo aniversário do ataque, o embaixador italiano no Iraque, Gerardo Carante.
Enquanto isso, a situação continua dramática para a comunidade cristã no país do Golfo. O Arcebispo caldeu de Mossul, Dom Emil Shimoun Nona, - destacou à agência Sir - que “os cristãos têm medo porque sabem o que significa ser vítima de violência, já que eles vivem isso na própria pele”.
Segundo o prelado, “a maioria dos cristãos não pensa, no momento, em deixar a cidade, apesar de alguns já terem feito isso”. Contudo, diz Dom Emil, “não basta o reforço da segurança ao redor das igrejas e lugares de culto cristãos em Mosul, decidido, após o massacre na igreja em Bagdá, para tranquilizar os fiéis”.
Neste contexto, acrescentou o arcebispo, “estamos felizes de que a Conferência Episcopal Italiana (CEI), tenha promovido para o próximo 21 de novembro um dia de oração pelos cristãos perseguidos e seus perseguidores. Esperamos que a iniciativa seja adotada também em outros países”.
O bispo saúda, enfim, com satisfação, a formação do novo governo após oito meses de impasse institucional: “A presença de um governo forte e respeitável deveria também ter um impacto positivo sobre a situação dos cristãos. Até agora, os grupos extremistas têm feito o que querem, agora vamos esperar que a situação melhore em termos de segurança e estabilidade”.
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