VENDEDOR - A PROFISSÃOO mundo vai girando, as coisas tantas acontecendo, passamos por tantas revoluções, de toda ordem, a tecnologia avança, a informática criando novos conceitos no mundo dos negócios, chega a globalização, as relações virtuais, a venda virtual já é uma realidade e crescente, contudo, a profissão de vendedor vai ultrapassando barreiras e transformações, sempre presente em todas as atividades existentes nesse mundo já globalizado e frenético.

O mundo dos negócios se transforma, evolui numa velocidade que às vezes  até nos assusta, atropelando os menos dinâmicos. A relação entre pessoas, entretanto, não acompanha esse ritmo. As relações pessoais, mesmo dentro dos negócios, mudam a passos muito mais lentos.

Isto porque, por detrás de qualquer profissional, atrás de qualquer homem/mulher de negócio, tem ali uma pessoa, um ser humano. Por mais que a profissionalização tome corpo e forma, mesmo assim os sentimentos humanos (como a vaidade, o orgulho, o medo, a coragem, o amor, a raiva, a amizade, o apego em geral e tantos outros sentimentos) vão também se alterando, mas numa dinâmica muito menor, numa velocidade infinitamente menor que as questões tecnológicas.

Por mais que se divulgue e se queira afirmar que as transformações nas relações pessoais, humanas, também vivem em acelerado processo de mudança, isso não é verdadeiro. Vamos, todo dia, toda hora, adaptando-nos aos meios disponíveis e que nos são oferecidos pelo avanço tecnológico, principalmente no tocante à eletrônica e à informática, mas os valores humanos no contexto das relações, mudam sim, mas muito vagarosamente.

E exatamente por isso, considerando que no processo de compra e venda, sempre tem “pessoas” envolvidas, com seus sentimentos todos agregados, seja em maior ou menor intensidade, exatamente por isso que a profissão de Vendedor continua absolutamente viva, ativa, exigindo muito de conhecimento e técnicas de relacionamento, além daquilo que é secular e fundamental, que é empatia.

O vendedor profissional continua sendo o exemplo do homem/mulher falante, comunicativo, empático, pró-ativo, solícito. Continua e continuará sendo o profissional que se distingue dos demais, pela necessidade de ser um especialista na arte de se comunicar, na arte da sedução, da conquista, da simpatia, da persuasão discreta e natural.

Se olharmos um grupo de pessoas, que exerçam as mais diversas profissões, em atividade de lazer e recreação, numa reunião social, por exemplo, e observarmos cada um, â distância, facilmente identificaremos dentre eles, aqueles que exercem a profissão de vendas. Isso é notório e marcante. O profissional de vendas, por via de regra, assume na própria personalidade, uma postura comunicativa, de agradabilidade e solicitude, bem mais acentuada, isto por força das necessidades da prática da sua atividade profissional.

Assim sempre foi. Assim continuará sendo. Por isso, a velha e batida e enfadonha expressão do “hoje em dia”, não se adapta muito ao profissional de vendas, na essência do exercício dessa histórica e encantadora profissão.

O que ocorre na medida em que o avanço tecnológico, principalmente dos mecanismos eletrônicos de comunicação, vai avançando, é que o profissional de vendas tem que se inteirar, assimilar e incluir em suas características e virtudes profissionais mais essa obrigação. Aquelas velhas necessidades e habilidades no que diz respeito à arte de bem se relacionar continuam valendo e sempre valerão. Sempre será o diferencial de um profissional de vendas de ponta, de sucesso, um vendedor Top.

Assim sendo, não queiram os profissionais de vendas, entender e considerar que o aprimoramento e a habilidade no uso das ferramentas tecnológicas venham a suprir as habilidades comunicativas interpessoais. Vender continua sendo uma arte que exige as velhas técnicas de relacionamento humano. Nem, tampouco, que as velhas habilidades de relacionamento, supram a desinformação e a inabilidade no uso de tais ferramentas tecnológicas disponíveis e em permanente desenvolvimento e imprescindíveis no lido da atividade de vendas.

Aliás, um homem, ou uma mulher, que adote a profissão de vendedor, seja qual for o mercado, variantes ou segmentos, requer um conhecimento e visão panorâmica dos diversos aspectos de uma empresa, da atividade mercantil como um todo.

Precisa ser um especialista na arte do relacionamento interpessoal e para isto requer uma boa noção de psicologia, de filosofia, de sociologia e demais matérias que digam respeito à pessoas. Requer que tenha boa noção logística, para desenvolver habilidades estratégicas de administração de locomoção, de administração de tempo, etc.

Exige boa noção das questões fiscais e tributárias e toda demais legislação relativa ao mercado e seguimento em que atua. Requer conhecimento e lido com as questões técnicas dos produtos foco do seu trabalho. Melhor se manter um nível de conhecimento geral bastante amplo e permanentemente atualizado para facilitar o seu trabalho de comunicação e com isso transformar-se em uma pessoa de referência.

Infelizmente, como em outras profissões, o mundo dos vendedores está cheio de “penetras”. O mundo dos vendedores é invadido a todo instante por aventureiros em busca do ganho fácil, achando que o sucesso de um vendedor é algo automático, que exige tão somente boa lábia e “amigos”.

Como a profissão de vendedor não exige diploma e o mundo dos negócios é carente desse profissional, em termos de qualidade, mas muito mais em termos de quantidade, a invasão de penetras é uma torrente constante e crescente.

Qualquer pessoa, assolada pelo desemprego e com dificuldade de se recolocar em seu mercado profissional, logo pensa: enquanto não acho coisa melhor, vou vender alguma coisa. Outro alguém tem uma renda fixa qualquer, pensa: vou fazer um bico e vender alguma coisa. Outro alguém, para não se sujeitar a cumprir horário, “bater cartão”, acha o refúgio para a indisciplina buscando algo para vender.

Desses, alguns tem a arte de vender encrostrada em seu ser e acabam se transformando efetivamente em um profissional de vendas. Outros gostam da profissão e superam suas dificuldades com esforço e estudo e com isso passam a praticar a profissão com afinco e dedicação.

Ouros tantos, desistem da tentativa, seja porque conseguem se recolocar no seu segmento profissional, seja porque não obtém nenhum resultado. Mas outros tantos, não fazem nem uma coisa nem outra e nem outra. Simplesmente continuam no meio, avacalhando a profissão, denegrindo a imagem dessa profissão e levando a vida como penetras e invasores, sem conhecimento nem carteirinha.

Outros tantos profissionais vendedores, alcançam o sucesso, a primazia da profissão e se tornam empreendedores, empresários, normalmente com grande desempenho e conseqüente crescimento dos seus empreendimentos. Isto porque um profissional de vendas no real contexto das palavras, para exercer tal profissão de forma digna e completa, acaba adquirindo todo o conhecimento, toda técnica, toda ousadia, toda iniciativa, toda determinação que um empreendedor necessita para bem administrar qualquer empreendimento.

A profissão de vendedor, portanto, não pode ser encarada como um simples bico, uma simples atividade amadora e inconseqüente. Tem que agregar à arte do relacionamento, o desprendimento, a dedicação, a ousadia e a vontade de estar permanentemente estudando e se aprimorando na profissão, aliando as técnicas naturais da comunicação e relacionamento, com o engajamento e aprimoramento na tecnologia que passam a ser oferecida para o bom desempenho da profissão.

Aos verdadeiros e autênticos vendedores, quero deixar uma mensagem maior, ou seja:
“Vender é a arte de ter amigos, fazer amigos e manter amigos”.



 

 

 

Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 07/11/2010
Reeditado em 12/12/2023
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