O atual presidente da república e a impropriedade de sempre, na referência à oposição e à política nacional, a 58 dias do fim de seu governo...

O atual presidente da república e a impropriedade de sempre, na referência à oposição e à política nacional, a 58 dias do fim de seu governo...

Numa cerimônia voltada à presidente eleita, em que se denota aquele esforço para a "repaginação" da história e da imagem da candidata a presidente eleita, o atual mandatário (e, desmandatário) da nação não resistiu e, roubou a cena - borrando a imagem nova que dela se erige com a nóda resultante da prática de um vício antigo e, abusado.

Como era de se esperar, ele falou bem mais que ela e, muito mais do que devia, provocando e tentando humilhar a oposição, numa atitude típica do canalha que demonstrou ser em todo o seu governo, dizendo da oposição, aquilo que só existe em sua mente doentia - mágoa, e ódio.

Como pode haver uma autoridade que chega a tanta baixeza, assim, é fácil de entender - é que ele sabe que a tal da oposição não se posiciona de forma clara, nem reage…

O que ele está querendo dizer, quando dita à oposição o comportamento adequado em relação à presidente eleita - isto é, genuflexa e, muda? Por acaso, ele está dizendo que ela também vai preciscar da inimputabilidade que lhe concederam?

Palavras suspeitas. Augúrios ruins...

Mas, os contadores da Internet avisam e confortam: faltam 58 dias e onze horas, para o lamentável governo do atual ocupante do Palácio do Planalto terminar*.

Será um alívio! "Um refrigério!" mesmo, como diria a velha da casa da ponte.

Quanto à candidata eleita, no momento não há muito mais o que dizer a seu respeito, sua história, sua estatura moral e, sua capacidade de administrar, a não ser que ela está muito bem orientada e, se esforça para parecer aquilo que eu duvido que seja e, fazer os brasileiros acreditarem em seu governo.

No entanto, o que ela já disse equivocadamente sobre temas tão diferentes quanto desvalorização cambial, censura midiática e o famigerado MST já é o bastante para chamar à atenção e, perceber que ela vai ter de se esforçar, para superar a superficialidade de seus conceitos e, a o maneirismo da negativa, por conta de sua conhecida conversão e defesa de certas (e velhas) teses políticas e econômicas - porque agora, a coisa é com ela - e, só com ela. E a presidente eleita de forma alguma tem a esperteza daquele que vai suceder.

- Será que ela vai conseguir ao menos falar frases completas nas entrevistas que concederá?

Em Goiás, sintomaticamente, o candidato que se elegeu governador enfrentando as máquinas e as personas non gratas do governo federal, governo estadual, prefeitura de Goiânia** e, grandes cidades do entorno, Marconi Perillo diz, citando os mineiros que "governo não faz oposição a governo". E Aécio Neves, eleito senador da república por Minas Gerais, disse algo bem parecido: "É importante que aqueles que venceram as eleições, e venceram de forma legítima, compreendam que, na democracia, muitas vezes o papel da oposição é tão relevante quanto o papel daqueles que venceram as eleições“.

O governador de Goiás se recusa a assumir a vanguarda da oposição ao governo federal, mesmo não podendo esquecer a oposição figadal e covarde que lhe fez o governo federal em seu segundo mandato de governador (dossiê falso incluido) e, tendo sido eleito num movimento político importante, quando a oposição elegeu os governadores dos estados mais desenvolvidos e, que representam mais de 60% do PIB. E Aécio Neves parece se desculpar antecipadamente com a presidente da república eleita, se por acaso vier a lhe fazer oposição, algum dia!

Depois do que se viu nesta eleição, onde o candidato dos tucanos teve uma votação pífia num estado onde as lideranças tucanas poderiam lhe dar votos bastantes para vencer a eleição, pelo menos quanto a este eleitor, um pouco menos desse negócio chato da "política de Minas" e, um pouco mais de coragem não faz mal.

Pelo contrário, faz um bem danado. Ajuda a preservar o Brasil e, proteger os direitos dos brasileiros.

Ciro Miranda Gifford, o suplente de Marconi Perillo que vai assumir sua vaga no Senado Federal, vem na mesma balada - talvez se ressentindo de pertecer à chamada "bancada sem voto", anunciando que fará na casa, uma oposição propositiva ao governo - aquela, que os brasileiros sabem que os tucanos fizeram durante oito anos e, deu no que deu***...

Será que é tão difícil para a oposição que ela foi eleita pelos eleitores justamente para exercer tal papel?

Pelo andar da carrugagem, os partidos de oposição vão ficar exatamente na posição exigida pelo desmandatário (e desmantário da nação) cujo rumoroso governo finda: de joelhos oum cócoras, mudos e de cabeça baixa.

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* Um juiz de primeira instância cassou os direitos políticos de Iris Rezende Machado, em virtude de um contrato realizado sem licitação, na prefeitura de Goiânia, durante a renhida campanha eleitoral de que participava. Marconi Perillo nunca falou do assunto em palanques ou debates, poupando ao outro da obrigação de se justificar perante seus eleitores e a população em geral.

** 58 dias e onze horas. É pouco ou, muito tempo, dependendo do problema. Pergunto: quantos escândalos, crimes e, sem-vergonhices serão reveladas sobre o governo federal, até dia 31 de dezembro de 2010?

*** Faltando oposição ou coragem para tanto nos partidos políticos, os brasileiros, pouco a pouco saem da desilusão para o combate às sandices e ataques do governo federal aos direitos e garantias garantidos na Constituição Federal, através de movimentos organizados a partir de orgãos e instituições privadas - é o caso do direito à vida dos nascituros, que se levantou dentro das igrejas cristãs - exceto a Universal, que defende abertamente o aborto indiscriminado e, os direitos de livre expressão e organização, por exemplo, surgido no Estado de São Paulo, através da iniciativa de juristas da altura de Hélio Bicudo.

E, a Internet é o veículo perfeito para este tipo de militância. Não é à toa que o governo federal pensa em lhe impor controles ferrenhos!