PRESIDENTE OU PRESIDENTA?!
Sandra Mamede
Não serei hipócrita, não apoiei a Dilma, e para mim Serra não é nenhum modelo de um bom político, por essa falta de opção preferi optar pelo segundo. Torço para que Dilma consiga mudar a minha opinião presidindo esse país com honestidade, e não se deixe manipular como a maioria está pensando. Como na França “Le roi est mort, vive le roi”, Dilma venceu, foi eleita democraticamente pelo povo, portanto, que seja bem vinda e que não nos decepcione sendo apenas uma pedra num tabuleiro de xadrez deixando-se manipular.
Durante a campanha do segundo turno vi e li coisas absurdas entre os candidatos, troca de acusações, ofensas, calúnias, chegando a um ponto de ambos esquecerem para o que estavam realmente ali, que não era nada mais nada menos que a de nos mostrar os seus propósitos e as suas promessas, entretanto, li em um dos grupos do qual participo alguma coisa de alguém que não lembro nem me interessa lembrar, que a sede de poder da Dilma era tanta que já estava criando um novo termo na Língua portuguesa que era o de “presidenta”, um absurdo! Não estou aqui defendendo Dilma, estou defendendo a Língua Portuguesa já tão massacrada, tão desconfigurada, tão desrespeitada...
A “língua” é viva, está em mudança constante, existem os arcaísmos, aqueles termos que hoje em dia já não utilizamos, pois já caíram em desuso ou esquecimento e os neologismos, essa nova era em que vivemos em plena globalização, a era da informática. A língua ficou presa ao patriarcalismo, ao machismo vigente de muitas décadas. Têm-se 30 mulheres em um ambiente e um único homem, o que predomina é o pronome masculino ou o gênero masculino. Ora, nunca se cogitou, nunca se imaginou que um dia, mulheres pudessem participar das Forças Armadas, e muito menos ocupar cargos políticos É claro que os gramáticos, e os lingüistas não planejaram futuramente tornar-se necessário formar femininos nos cargos nas Forças Armadas e nem nos cargos políticos. Nós professores de Língua Portuguesa aprendemos com o passar do tempo que nada está errado se existe a comunicação, o que devemos separar é a linguagem escrita , que é a linguagem considerada gramaticalmente correta, dentro dos padrões das normas gramaticais, e a linguagem falada, aquela que varia no tempo e no espaço. As palavras mudam novos termos são criados, são falados e no fim são aceitos e registrados como neologismos. Existe uma grande polêmica na formação dos femininos nos cargos políticos e nas Forças Armadas, alguns gramáticos já aceitam e registram, outros não! Fiz uma extenuante pesquisa sobre isso e tive a felicidade de encontrar outra feita por Cristina Kirchner, confirmando o que eu já sabia, posso citar algumas fontes da pesquisa feita, Celso Cunha, João Ribeiro, Evanildo Bechara,Antenor Nascentes,Luiz Antônio Sacconi, Mário Barreto, Paschoal Cegalla, entre outros.
De acordo com a estruturação existente no latim os adjetivos terminados em “NTE”, mesmo com aparência substantivada, tem a mesma forma para o masculino e o feminino só trocando o artigo, são os substantivos comum-de-dois-gêneros; o estudante/a estudante. Celso Cunha e João Ribeiro, dizem tratar-se de um feminino ainda com curso muito restrito, Pelo menos no Brasil, ou seja, nada se sabe até então. Bechara e Nascentes afirma ser normal a formação do feminino em “enta”. Sacconi admite as duas formas; presidente/presidenta. Mário Barreto admite o feminino, entretanto lembra que a forma antiga era a mesma para ambos. Edson de Oliveira a insere nos vocábulos femininos terminados em “a”, mas que a maioria evita empregar; “quer em virtude de preconceitos de que se trata de funções ou características próprias do homem, quer por considerá-los mal sonoros ou exóticos”. Cegalla e Sousa e Silva considera a forma dicionarizada correta.
Como viram a maioria flexiona o substantivo ou adjetivo a depender da colocação na frase; a presidenta, ou mulher presidenta como correto, aceitável e agora, mais do que nunca NECESSÁRIO. Àqueles machistas e resistentes que depois de tudo isso não se conformarem, que continuem usando o comum-de-dois,”presidente", entretanto,não devem esquecer de que agora quem ocupa o cargo maior e mais importante da nação é uma mulher com seus plenos de direito de exercê-lo.
Sandra Mamede
Não serei hipócrita, não apoiei a Dilma, e para mim Serra não é nenhum modelo de um bom político, por essa falta de opção preferi optar pelo segundo. Torço para que Dilma consiga mudar a minha opinião presidindo esse país com honestidade, e não se deixe manipular como a maioria está pensando. Como na França “Le roi est mort, vive le roi”, Dilma venceu, foi eleita democraticamente pelo povo, portanto, que seja bem vinda e que não nos decepcione sendo apenas uma pedra num tabuleiro de xadrez deixando-se manipular.
Durante a campanha do segundo turno vi e li coisas absurdas entre os candidatos, troca de acusações, ofensas, calúnias, chegando a um ponto de ambos esquecerem para o que estavam realmente ali, que não era nada mais nada menos que a de nos mostrar os seus propósitos e as suas promessas, entretanto, li em um dos grupos do qual participo alguma coisa de alguém que não lembro nem me interessa lembrar, que a sede de poder da Dilma era tanta que já estava criando um novo termo na Língua portuguesa que era o de “presidenta”, um absurdo! Não estou aqui defendendo Dilma, estou defendendo a Língua Portuguesa já tão massacrada, tão desconfigurada, tão desrespeitada...
A “língua” é viva, está em mudança constante, existem os arcaísmos, aqueles termos que hoje em dia já não utilizamos, pois já caíram em desuso ou esquecimento e os neologismos, essa nova era em que vivemos em plena globalização, a era da informática. A língua ficou presa ao patriarcalismo, ao machismo vigente de muitas décadas. Têm-se 30 mulheres em um ambiente e um único homem, o que predomina é o pronome masculino ou o gênero masculino. Ora, nunca se cogitou, nunca se imaginou que um dia, mulheres pudessem participar das Forças Armadas, e muito menos ocupar cargos políticos É claro que os gramáticos, e os lingüistas não planejaram futuramente tornar-se necessário formar femininos nos cargos nas Forças Armadas e nem nos cargos políticos. Nós professores de Língua Portuguesa aprendemos com o passar do tempo que nada está errado se existe a comunicação, o que devemos separar é a linguagem escrita , que é a linguagem considerada gramaticalmente correta, dentro dos padrões das normas gramaticais, e a linguagem falada, aquela que varia no tempo e no espaço. As palavras mudam novos termos são criados, são falados e no fim são aceitos e registrados como neologismos. Existe uma grande polêmica na formação dos femininos nos cargos políticos e nas Forças Armadas, alguns gramáticos já aceitam e registram, outros não! Fiz uma extenuante pesquisa sobre isso e tive a felicidade de encontrar outra feita por Cristina Kirchner, confirmando o que eu já sabia, posso citar algumas fontes da pesquisa feita, Celso Cunha, João Ribeiro, Evanildo Bechara,Antenor Nascentes,Luiz Antônio Sacconi, Mário Barreto, Paschoal Cegalla, entre outros.
De acordo com a estruturação existente no latim os adjetivos terminados em “NTE”, mesmo com aparência substantivada, tem a mesma forma para o masculino e o feminino só trocando o artigo, são os substantivos comum-de-dois-gêneros; o estudante/a estudante. Celso Cunha e João Ribeiro, dizem tratar-se de um feminino ainda com curso muito restrito, Pelo menos no Brasil, ou seja, nada se sabe até então. Bechara e Nascentes afirma ser normal a formação do feminino em “enta”. Sacconi admite as duas formas; presidente/presidenta. Mário Barreto admite o feminino, entretanto lembra que a forma antiga era a mesma para ambos. Edson de Oliveira a insere nos vocábulos femininos terminados em “a”, mas que a maioria evita empregar; “quer em virtude de preconceitos de que se trata de funções ou características próprias do homem, quer por considerá-los mal sonoros ou exóticos”. Cegalla e Sousa e Silva considera a forma dicionarizada correta.
Como viram a maioria flexiona o substantivo ou adjetivo a depender da colocação na frase; a presidenta, ou mulher presidenta como correto, aceitável e agora, mais do que nunca NECESSÁRIO. Àqueles machistas e resistentes que depois de tudo isso não se conformarem, que continuem usando o comum-de-dois,”presidente", entretanto,não devem esquecer de que agora quem ocupa o cargo maior e mais importante da nação é uma mulher com seus plenos de direito de exercê-lo.