Que ética é essa tão conclamada por todos?
Final de campanha.Ainda hoje saberemos quem ocupará o Palácio da Alvorada e governará o nosso país por quatro anos.Como disse no início da campanha, afastei-me um pouco da poesia para dedicar-me à política, até porque acho sinceramente que o exercício da cidadania e, consequentemente, a atividade ligada ao debate de um projeto de nação vem antes de qualquer suspiro ou devaneio poético.A poesia encanta, abranda os corações, alimenta a alma, mas se a criação poética estiver desconectada do fazer político, ela se torna pobre e dispensável.Nunca consegui desvincular a arte do engajamento social.Muito menos quando somos amadores na construção dos versos e da articulação do pensamento na linguagem escrita.Nunca consegui entender aquele que escreve como apolítico, pois a criação da escrita é também a criação da humanidade. É através dela que os desejos do homem se manifestaram e se concretizaram ao longo da história.Penso, logo existo.Já dizia Descartes.E eu acrescento por minha conta:Escrevo, logo estou inserido num contexto social. Então, a gente tem de se responsabilizar por aquilo que defendemos e não dá pra fazer de conta que o que acontece ao nosso redor não é de nossa alçada,Muita coisa é e a gente não é tão impotente assim, a gente pode e deve tomar partido em algumas (ou muitas) situações. É essa prática da troca de ideias que nos confere os argumentos necessários e o cuidado que precisamos ter quando nos expomos.
E é justamente pela falta da prática democrática, que às vezes trocamos os pés pelas mãos e avançamos o sinal rumo ao autoritarismo.Estamos impregnados desse sentimento.Afinal vivemos sob o jugo ditatorial durante muito tempo e ainda engatinhamos em nossa recém-nascida democracia.Mas para que essa “criança” cresça robusta e saudável é mister que façamos a nossa parte.E não vale discurso vazio, de jeito nenhum.Creio que é preferível lidar com alguém que é transparente, que defende suas idéias com força e perseverança, mesmo quando não concordamos com elas, do que lidar com pessoas apáticas e acovardadas, que não querem nunca contrariar outrem.A gente precisa aprender a separar opiniões da pessoa que emite as mesmas.Eu tenho o direito de ter as minhas idéias e lutar por elas, mas não posso invadir a intimidade de ninguém.Como ainda somos aprendizes do fazer político, vira e mexe a gente carrega nas tintas e atinge o alvo errado.Tenho tentado aprender e evoluir nessa minha prática.Mas tenho percebido que muita gente está muito mais atrasada do que eu nesse assunto.A minha decepção se repete toda vez que posto um comentário e ele é apagado.E os que apagam tudo o que escrevo são aqueles que falam de ética o tempo todo, são opositores ferrenhos do governo Lula e todos os dias colocam aqui textos alarmistas e preconceituosos.Que moral é essa que não convive com o diferente? Algumas dessas pessoas escrevem horrores sobre Dilma e Lula e só deixam em sua escrivaninha os aplausos, as honrarias.Que insegurança é essa? A incoerência é notória. Aconteceu o mesmo em alguns artigos pró-Serra.Eu deixei um comentário emitindo minha opinião e nada, não apareceu.
Estou voltando ao tema porque eu defendo a coerência e a participação efetiva de poetas amadores ou não no fazer político.Acho que alienação nunca é bem-vinda.Mas do que adianta escrever se só querem os aplausos? Do que adianta gastarmos horas diante de uma telinha de computador apenas reproduzindo pensamentos alheios e nos omitindo em nossa participação? E o que mais grave: Do que adianta criticarmos o governo julgando –o corrupto, intolerante, charlatão, se não aceitamos sequer que um colega do Recanto exponha seu pensamento? Não dá pra confiar nem respeitar quem só aponta o dedo para o outro e nunca faz um mea culpa.
Para terminar ,quero parabenizar os verdadeiros democratas do Recanto (grande maioria) que não só aceitaram meus comentários discordantes como também continuaram me visitando.É dessa interação respeitosa que nasce a luz.
Final de campanha.Ainda hoje saberemos quem ocupará o Palácio da Alvorada e governará o nosso país por quatro anos.Como disse no início da campanha, afastei-me um pouco da poesia para dedicar-me à política, até porque acho sinceramente que o exercício da cidadania e, consequentemente, a atividade ligada ao debate de um projeto de nação vem antes de qualquer suspiro ou devaneio poético.A poesia encanta, abranda os corações, alimenta a alma, mas se a criação poética estiver desconectada do fazer político, ela se torna pobre e dispensável.Nunca consegui desvincular a arte do engajamento social.Muito menos quando somos amadores na construção dos versos e da articulação do pensamento na linguagem escrita.Nunca consegui entender aquele que escreve como apolítico, pois a criação da escrita é também a criação da humanidade. É através dela que os desejos do homem se manifestaram e se concretizaram ao longo da história.Penso, logo existo.Já dizia Descartes.E eu acrescento por minha conta:Escrevo, logo estou inserido num contexto social. Então, a gente tem de se responsabilizar por aquilo que defendemos e não dá pra fazer de conta que o que acontece ao nosso redor não é de nossa alçada,Muita coisa é e a gente não é tão impotente assim, a gente pode e deve tomar partido em algumas (ou muitas) situações. É essa prática da troca de ideias que nos confere os argumentos necessários e o cuidado que precisamos ter quando nos expomos.
E é justamente pela falta da prática democrática, que às vezes trocamos os pés pelas mãos e avançamos o sinal rumo ao autoritarismo.Estamos impregnados desse sentimento.Afinal vivemos sob o jugo ditatorial durante muito tempo e ainda engatinhamos em nossa recém-nascida democracia.Mas para que essa “criança” cresça robusta e saudável é mister que façamos a nossa parte.E não vale discurso vazio, de jeito nenhum.Creio que é preferível lidar com alguém que é transparente, que defende suas idéias com força e perseverança, mesmo quando não concordamos com elas, do que lidar com pessoas apáticas e acovardadas, que não querem nunca contrariar outrem.A gente precisa aprender a separar opiniões da pessoa que emite as mesmas.Eu tenho o direito de ter as minhas idéias e lutar por elas, mas não posso invadir a intimidade de ninguém.Como ainda somos aprendizes do fazer político, vira e mexe a gente carrega nas tintas e atinge o alvo errado.Tenho tentado aprender e evoluir nessa minha prática.Mas tenho percebido que muita gente está muito mais atrasada do que eu nesse assunto.A minha decepção se repete toda vez que posto um comentário e ele é apagado.E os que apagam tudo o que escrevo são aqueles que falam de ética o tempo todo, são opositores ferrenhos do governo Lula e todos os dias colocam aqui textos alarmistas e preconceituosos.Que moral é essa que não convive com o diferente? Algumas dessas pessoas escrevem horrores sobre Dilma e Lula e só deixam em sua escrivaninha os aplausos, as honrarias.Que insegurança é essa? A incoerência é notória. Aconteceu o mesmo em alguns artigos pró-Serra.Eu deixei um comentário emitindo minha opinião e nada, não apareceu.
Estou voltando ao tema porque eu defendo a coerência e a participação efetiva de poetas amadores ou não no fazer político.Acho que alienação nunca é bem-vinda.Mas do que adianta escrever se só querem os aplausos? Do que adianta gastarmos horas diante de uma telinha de computador apenas reproduzindo pensamentos alheios e nos omitindo em nossa participação? E o que mais grave: Do que adianta criticarmos o governo julgando –o corrupto, intolerante, charlatão, se não aceitamos sequer que um colega do Recanto exponha seu pensamento? Não dá pra confiar nem respeitar quem só aponta o dedo para o outro e nunca faz um mea culpa.
Para terminar ,quero parabenizar os verdadeiros democratas do Recanto (grande maioria) que não só aceitaram meus comentários discordantes como também continuaram me visitando.É dessa interação respeitosa que nasce a luz.