OS DOIS BRASIS / THE TWO BRAZILS
OS DOIS BRASIS
J.B. Xavier
Há dias, zapeando pelo Recanto das Letras, li um artigo de um escritor que se dizia traído por Gabeira, candidato do Rio de Janeiro que após o primeiro turno passou a apóia a candidatura de José Serra.
Dizia ele que quando Gabeira retornasse às suas bases eleitorais seria recebido com ovos podres.
A diferença da "democracia" brasileira para a de outros países mais evoluídos democraticamente, é que durante a campanha, as facções se tornam inimigas, e passam a existir dois brasis, irreconciliáveis mesmo depois das eleições, quando deveríamos nos lembrar que somos um só país e uma só pátria, e que, portanto deveríamos defender as idéias
que melhor servissem ao Brasil. Ovos podres não somam uma vírgula nessa direção, ao contrário, só acirram mais a estupidez e a ingenuidade de acharmos que é possível a qualquer um que vença uma eleição tão equilibrada quanto esta, governar tendo metade do país
torcendo contra. Neste quesito, pelo menos, temos algo a aprender com o tão por nós defenestrados e criticados EUA, onde a Constituição é a mesma a mais de 200 anos! Lá, após as eleições voltam todos a serem americanos e morrem pela pátria, nas diversas guerras que o país trava pelo mundo.
Guerras nunca são justas, e não desejo aqui discutir o mérito da questão. O que quero evidenciar é que eles acreditam num sonho. Melhor que isso: Eles TEM um sonho no qual acreditar. Esqueça, prezado leitor se o sonho deles é justo ou não. Isto, para este artigo, é irrelevante. O que importa é que eles tem algo em que acreditar, e demonstram isso de maneira a não deixar dúvidas.
Lá há uma bandeira do país hasteada em todos os escritórios, praças, logradouros públicos, igrejas, instituições etc.
Lá eles sabem de cor a letra – e a música – de seu hino nacional.
Aqui, até mesmo uma cantora com 40 anos de carreira errou não somente a letra de nosso Hino, mas também reinventou a música e teve que ser tirada do palco, porque a orquestra simplesmente não sabia mais como acompanhá-la. E isso diante do próprio Presidente da República e toda a sua comitiva, autoridades e público. Um vexame!
Eu resido ao lado do maior e mais importante monumento do Brasil, o Monumento ao Grito do Ipiranga, que fica nos jardins do Museu do Ipiranga, no bairro do mesmo nome, em São Paulo. (foto) e às margens do famoso riacho do Ipiranga, Onde D. Pedro I Promoveu a Independência do Brasil, de Portugal, em seu famoso grito: “Independência ou Morte!”
No dia 7 de setembro, resolvi fazer uma pequena pesquisa para saber se as pessoas sabiam o que aquele monumento invocava. De prancheta à mão, abordei 30 pessoas no entorno do monumento, na faixa etária entre 15 e 30 anos, de estudantes e frentistas de postos de combustível, a pequenos comerciantes e fiz três perguntas.
1- O Sr. Sabe o que festeja a data “7 de Setembro”?
2- 1 – O Sr. Sabe o que este monumento significa?
3- 2 – O Sr. Sabe o que significa a expressão “Grito do Ipiranga”?
Eis algumas respostas:
- Você falou com a pessoa errada, meu chapa. Sei não!
- Deve ser monumento a algum político corrupto.
- É de um cara do passado, me parece.
- Deviam é fazer área de lazer no lugar desse elefante branco!
- A independência do Brasil, acho.
Pois é leitor amigo. Ninguém – eu disse NINGUÉM – sabia o que significava o monumento, muito menos o que queria dizer “Grito do Ipiranga”. E sobre a data de 7 de setembro – uma resposta apenas acertou, e mesmo assim, sem ter certeza.
Passei uns dois dias inconformado, rindo debilóidemente ao ouvir s besteiras do horário eleitoral e vendo a distância que existe entre as promessas dos políticos e a realidade brasileira.
Você que está lendo este artigo, provavelmente responderia corretamente às três perguntas. Mas o que você talvez não saiba, é que existe um gigantesco monumento ao 7 de Setembro, situado em meio a uma imensa área de lazer, com jardins franceses, em São Paulo, e administrado por ele, como se este fosse um monumento apenas paulista.
Então, quando vejo o Brasil rachado em dois Brasis, dói-me a alma, pela maneira com que o povão é manipulado, desrespeitado, vilipendiado, usado e depois cuspido, como um chiclete mastigado e inútil.
As ideologias, tão habilmente usadas pelos que aspiram o poder e pelos que o exercem imbecilizam e retiram nossa capacidade de pensar e de discernir.
Não sou político e minha única arma é a pena, que uso sempre que posso. Não uso ovos poderes nem coquetéis molotov. Não invado fazendas, não assalto cofres. Não faço emendas de orçamento à constituição nem tenho preferência por nenhum dos candidatos à presidência do Brasil.
Eu quero o melhor para nosso país, e portanto, para nós próprios.O eleitor não deveria ter paixões ideológicas, e sim manter o equilíbrio que permita a visada no alvo maior, que é o bem do país!
Sabemos que ambos os candidatos não são o que gostaríamos, mas também sabemos que um dos dois vai nos governar pelos próximos 4 anos, quiçá, oito! Ou seja, um jovem que possua hoje, 16 nos, e portanto tenha sua personalidade ainda em formação, vai estar no mínimo com 20, quando um dos dois deixar o poder, ou quiçá com 24. Ou seja, terá sido formado pela influência de um deles. E são milhões de jovens nessa condição. Isso é muito, mas muito sério, para ficarmos nos digladiando com questiúnculas menores, como ideologias que nos transforme em soldados imbecilizados desta ou daquela causa, deste ou daquele candidato.
Nos cabe refugar a esmola assistencial que recebemos do governo e cobrar programas sociais sustentáveis. Nos cabe esquecer as diferenças de campanha, e após a posse de quem quer que seja, nos transformarmos em agentes do progresso, pela colaboração ou pela crítica ao governante, não sistemática, mas justa, quando a situação o exigir.
Cabe-nos, finalmente, jamais permitir que a crítica ou a colaboração sejam ideológicas, porque ideologias são o supra-sumo da estupidez, e nos cegam, ao invés de ampliar nossa visão, acirrando as diferenças que racham o Brasil em dois brasis.
Divididos seremos ainda mais fracos, e a fraqueza é uma coisa que, dividida, aumenta!
* * *
Assita agora ao Manifesto Pela Democracia, por Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT. Copie e cole este link em seu navegador.
http://www.youtube.com/watch?v=6D6Ocm9xbgo
_______________________
THE TWO BRAZILS
J. Xavier B.
26-10- 2010.
A few days ago, flicking through the Recanto das Letras, , I read an article by a writer who called himself betrayed by Gabeira, candidate of Rio de Janeiro that after the first round now supports Jose Serra’s candidature. He said that when Gabeira shall return to their constituencies would be greeted with rotten eggs.
The difference of "democracy" of Brazil to the most advanced democratic countries, is that during the campaign, the factions become enemies, and there are then two Brazils, irreconcilable, even after the elections, when we must to remember that we are just one country, and that therefore, we must defend ideas which best serve to Brazil. Rotten eggs do not add a comma in that direction, instead, only further stoked the stupidity and naivety we feel that it is possible for anyone who wins an election as balanced as this one, even with half country ruling against.
In this aspect, at least. we have something to learn from the much criticized by us and ousted United States of America, where the Constitution is the same for over 200 years! There, after elections return to be Americans, and die for their country in various wars that the country hangs in the world.
Wars are never fair, and I do not wish to discuss the merits in this article. What I want to emphasize is that they believe in a dream. Even better: They HAVE a dream in which to believe. Remember, dear reader, if their dream is fair or not. This, for this article is irrelevant. What matters is that they have something to believe in, and demonstrate it in every moment.
The Americans keep his flag hoisted in all offices, parks, public facilities, churches, institutions, etc. They know by heart the lyrics - and music - of their national anthem.
Here, even a singer with a 40-year career missed not only the letter of our anthem, but also reinvented the song and had to be taken from the stage, because the orchestra simply did not know how to follow it. And before the President himself and his entire entourage, authorities and public. A shame!
I live next to the biggest and most important monument of Brazil, the Grito do Ipiranga Monument, located in the gardens of the Ipiranga Museum in the neighborhood of the same name, in Sao Paulo. (Photo). The monument was building at the side of the famous Ipiranga creek, where the emperor D. Pedro I promoted the independence of Brazil, in his famous cry: "Independence or Death!"
On September 7, I decided to do a little research to verify if people knew what that monument claim. Clipboard in hand, I approached 30 people surrounded the monument, aged between 15 and 30 years, students and attendants of petrol stations, small traders. I asked three questions.
1 – Do you know which means and celebrates the date "September 7"?
2 – Do you know what this monument means?
3 – Do you Know what means "Cry of Ipiranga"?
Here are some answers:
- You’re talking to the wrong gay, buddy. I D’ont know!
- It must be a monument to the corrupt politician.
- It's must be a homage to the past, I think.
- They should make it a leisure area in place of this white elephant!
- The independence of Brazil, I think.
That's right dear reader. Nobody - I said NOBODY - knew what it meant to the monument, much less what it means "Cry of Ipiranga. And about the date of September 7 - just one person knew, and yet, it has no sure.
I spent a couple days no conformed, in nonsense and seeing the gap between promises and reality of the politicians.
You, that are reading this article, probably would answer correctly to the three questions. But what you may not know is hat there is a gigantic monument to the September 7, situated in the midst of a huge entertainment area, with French gardens, in Sao Paulo, and administered by this state, as if it was a monument that belongs just to São Paulo .
So when I see my country divided in two Brazils, it hurts my soul, by the way the populace is manipulated, disrespected, vilified, used like a chewing gum and then simply spat upon.
Ideologies, so skillfully used by those who aspire to power, use to remove our ability to think and discern.
I want the best for Brazil, and so for ourselves. The voter should not have ideological passions, but just keep the balance that allows bigger target in sight, which is the good of the country!
We know that both candidates are not what we wanted, but we also know that one of them will rule us for the next four years, maybe eight! So, a young man who is today, 16 years old, and so has his personality still in formation, will be a minimum of 20 years old or perhaps 24, when the President’s mandate is over. It means that that young men will have been formed by the influence of one or other. And there are millions of young people in this condition. This is very, very serious, to stay in feuding with minor squabbles, like ideologies that turn us into moronic soldiers of this or that candidate.
So, we must to reject alms assistance we received from the government and charge sustainable social programs. We must to forget the differences of the campaign, and after the win of anyone, we turn into agents of progress, collaboration or the criticism of the ruler, not systematic, but just when the situation demands.
We must, finally, never let criticism or collaboration be ideological, because ideologies are the epitome of stupidity and blind us, instead to expand our vision, sharpening the differences that split Brazil into two Brazils.
Divided we will be weaker, and the weakness is one thing, that if you spread out, you make it stronger!
* * *
OS DOIS BRASIS
J.B. Xavier
Há dias, zapeando pelo Recanto das Letras, li um artigo de um escritor que se dizia traído por Gabeira, candidato do Rio de Janeiro que após o primeiro turno passou a apóia a candidatura de José Serra.
Dizia ele que quando Gabeira retornasse às suas bases eleitorais seria recebido com ovos podres.
A diferença da "democracia" brasileira para a de outros países mais evoluídos democraticamente, é que durante a campanha, as facções se tornam inimigas, e passam a existir dois brasis, irreconciliáveis mesmo depois das eleições, quando deveríamos nos lembrar que somos um só país e uma só pátria, e que, portanto deveríamos defender as idéias
que melhor servissem ao Brasil. Ovos podres não somam uma vírgula nessa direção, ao contrário, só acirram mais a estupidez e a ingenuidade de acharmos que é possível a qualquer um que vença uma eleição tão equilibrada quanto esta, governar tendo metade do país
torcendo contra. Neste quesito, pelo menos, temos algo a aprender com o tão por nós defenestrados e criticados EUA, onde a Constituição é a mesma a mais de 200 anos! Lá, após as eleições voltam todos a serem americanos e morrem pela pátria, nas diversas guerras que o país trava pelo mundo.
Guerras nunca são justas, e não desejo aqui discutir o mérito da questão. O que quero evidenciar é que eles acreditam num sonho. Melhor que isso: Eles TEM um sonho no qual acreditar. Esqueça, prezado leitor se o sonho deles é justo ou não. Isto, para este artigo, é irrelevante. O que importa é que eles tem algo em que acreditar, e demonstram isso de maneira a não deixar dúvidas.
Lá há uma bandeira do país hasteada em todos os escritórios, praças, logradouros públicos, igrejas, instituições etc.
Lá eles sabem de cor a letra – e a música – de seu hino nacional.
Aqui, até mesmo uma cantora com 40 anos de carreira errou não somente a letra de nosso Hino, mas também reinventou a música e teve que ser tirada do palco, porque a orquestra simplesmente não sabia mais como acompanhá-la. E isso diante do próprio Presidente da República e toda a sua comitiva, autoridades e público. Um vexame!
Eu resido ao lado do maior e mais importante monumento do Brasil, o Monumento ao Grito do Ipiranga, que fica nos jardins do Museu do Ipiranga, no bairro do mesmo nome, em São Paulo. (foto) e às margens do famoso riacho do Ipiranga, Onde D. Pedro I Promoveu a Independência do Brasil, de Portugal, em seu famoso grito: “Independência ou Morte!”
No dia 7 de setembro, resolvi fazer uma pequena pesquisa para saber se as pessoas sabiam o que aquele monumento invocava. De prancheta à mão, abordei 30 pessoas no entorno do monumento, na faixa etária entre 15 e 30 anos, de estudantes e frentistas de postos de combustível, a pequenos comerciantes e fiz três perguntas.
1- O Sr. Sabe o que festeja a data “7 de Setembro”?
2- 1 – O Sr. Sabe o que este monumento significa?
3- 2 – O Sr. Sabe o que significa a expressão “Grito do Ipiranga”?
Eis algumas respostas:
- Você falou com a pessoa errada, meu chapa. Sei não!
- Deve ser monumento a algum político corrupto.
- É de um cara do passado, me parece.
- Deviam é fazer área de lazer no lugar desse elefante branco!
- A independência do Brasil, acho.
Pois é leitor amigo. Ninguém – eu disse NINGUÉM – sabia o que significava o monumento, muito menos o que queria dizer “Grito do Ipiranga”. E sobre a data de 7 de setembro – uma resposta apenas acertou, e mesmo assim, sem ter certeza.
Passei uns dois dias inconformado, rindo debilóidemente ao ouvir s besteiras do horário eleitoral e vendo a distância que existe entre as promessas dos políticos e a realidade brasileira.
Você que está lendo este artigo, provavelmente responderia corretamente às três perguntas. Mas o que você talvez não saiba, é que existe um gigantesco monumento ao 7 de Setembro, situado em meio a uma imensa área de lazer, com jardins franceses, em São Paulo, e administrado por ele, como se este fosse um monumento apenas paulista.
Então, quando vejo o Brasil rachado em dois Brasis, dói-me a alma, pela maneira com que o povão é manipulado, desrespeitado, vilipendiado, usado e depois cuspido, como um chiclete mastigado e inútil.
As ideologias, tão habilmente usadas pelos que aspiram o poder e pelos que o exercem imbecilizam e retiram nossa capacidade de pensar e de discernir.
Não sou político e minha única arma é a pena, que uso sempre que posso. Não uso ovos poderes nem coquetéis molotov. Não invado fazendas, não assalto cofres. Não faço emendas de orçamento à constituição nem tenho preferência por nenhum dos candidatos à presidência do Brasil.
Eu quero o melhor para nosso país, e portanto, para nós próprios.O eleitor não deveria ter paixões ideológicas, e sim manter o equilíbrio que permita a visada no alvo maior, que é o bem do país!
Sabemos que ambos os candidatos não são o que gostaríamos, mas também sabemos que um dos dois vai nos governar pelos próximos 4 anos, quiçá, oito! Ou seja, um jovem que possua hoje, 16 nos, e portanto tenha sua personalidade ainda em formação, vai estar no mínimo com 20, quando um dos dois deixar o poder, ou quiçá com 24. Ou seja, terá sido formado pela influência de um deles. E são milhões de jovens nessa condição. Isso é muito, mas muito sério, para ficarmos nos digladiando com questiúnculas menores, como ideologias que nos transforme em soldados imbecilizados desta ou daquela causa, deste ou daquele candidato.
Nos cabe refugar a esmola assistencial que recebemos do governo e cobrar programas sociais sustentáveis. Nos cabe esquecer as diferenças de campanha, e após a posse de quem quer que seja, nos transformarmos em agentes do progresso, pela colaboração ou pela crítica ao governante, não sistemática, mas justa, quando a situação o exigir.
Cabe-nos, finalmente, jamais permitir que a crítica ou a colaboração sejam ideológicas, porque ideologias são o supra-sumo da estupidez, e nos cegam, ao invés de ampliar nossa visão, acirrando as diferenças que racham o Brasil em dois brasis.
Divididos seremos ainda mais fracos, e a fraqueza é uma coisa que, dividida, aumenta!
* * *
Assita agora ao Manifesto Pela Democracia, por Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT. Copie e cole este link em seu navegador.
http://www.youtube.com/watch?v=6D6Ocm9xbgo
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THE TWO BRAZILS
J. Xavier B.
26-10- 2010.
A few days ago, flicking through the Recanto das Letras, , I read an article by a writer who called himself betrayed by Gabeira, candidate of Rio de Janeiro that after the first round now supports Jose Serra’s candidature. He said that when Gabeira shall return to their constituencies would be greeted with rotten eggs.
The difference of "democracy" of Brazil to the most advanced democratic countries, is that during the campaign, the factions become enemies, and there are then two Brazils, irreconcilable, even after the elections, when we must to remember that we are just one country, and that therefore, we must defend ideas which best serve to Brazil. Rotten eggs do not add a comma in that direction, instead, only further stoked the stupidity and naivety we feel that it is possible for anyone who wins an election as balanced as this one, even with half country ruling against.
In this aspect, at least. we have something to learn from the much criticized by us and ousted United States of America, where the Constitution is the same for over 200 years! There, after elections return to be Americans, and die for their country in various wars that the country hangs in the world.
Wars are never fair, and I do not wish to discuss the merits in this article. What I want to emphasize is that they believe in a dream. Even better: They HAVE a dream in which to believe. Remember, dear reader, if their dream is fair or not. This, for this article is irrelevant. What matters is that they have something to believe in, and demonstrate it in every moment.
The Americans keep his flag hoisted in all offices, parks, public facilities, churches, institutions, etc. They know by heart the lyrics - and music - of their national anthem.
Here, even a singer with a 40-year career missed not only the letter of our anthem, but also reinvented the song and had to be taken from the stage, because the orchestra simply did not know how to follow it. And before the President himself and his entire entourage, authorities and public. A shame!
I live next to the biggest and most important monument of Brazil, the Grito do Ipiranga Monument, located in the gardens of the Ipiranga Museum in the neighborhood of the same name, in Sao Paulo. (Photo). The monument was building at the side of the famous Ipiranga creek, where the emperor D. Pedro I promoted the independence of Brazil, in his famous cry: "Independence or Death!"
On September 7, I decided to do a little research to verify if people knew what that monument claim. Clipboard in hand, I approached 30 people surrounded the monument, aged between 15 and 30 years, students and attendants of petrol stations, small traders. I asked three questions.
1 – Do you know which means and celebrates the date "September 7"?
2 – Do you know what this monument means?
3 – Do you Know what means "Cry of Ipiranga"?
Here are some answers:
- You’re talking to the wrong gay, buddy. I D’ont know!
- It must be a monument to the corrupt politician.
- It's must be a homage to the past, I think.
- They should make it a leisure area in place of this white elephant!
- The independence of Brazil, I think.
That's right dear reader. Nobody - I said NOBODY - knew what it meant to the monument, much less what it means "Cry of Ipiranga. And about the date of September 7 - just one person knew, and yet, it has no sure.
I spent a couple days no conformed, in nonsense and seeing the gap between promises and reality of the politicians.
You, that are reading this article, probably would answer correctly to the three questions. But what you may not know is hat there is a gigantic monument to the September 7, situated in the midst of a huge entertainment area, with French gardens, in Sao Paulo, and administered by this state, as if it was a monument that belongs just to São Paulo .
So when I see my country divided in two Brazils, it hurts my soul, by the way the populace is manipulated, disrespected, vilified, used like a chewing gum and then simply spat upon.
Ideologies, so skillfully used by those who aspire to power, use to remove our ability to think and discern.
I want the best for Brazil, and so for ourselves. The voter should not have ideological passions, but just keep the balance that allows bigger target in sight, which is the good of the country!
We know that both candidates are not what we wanted, but we also know that one of them will rule us for the next four years, maybe eight! So, a young man who is today, 16 years old, and so has his personality still in formation, will be a minimum of 20 years old or perhaps 24, when the President’s mandate is over. It means that that young men will have been formed by the influence of one or other. And there are millions of young people in this condition. This is very, very serious, to stay in feuding with minor squabbles, like ideologies that turn us into moronic soldiers of this or that candidate.
So, we must to reject alms assistance we received from the government and charge sustainable social programs. We must to forget the differences of the campaign, and after the win of anyone, we turn into agents of progress, collaboration or the criticism of the ruler, not systematic, but just when the situation demands.
We must, finally, never let criticism or collaboration be ideological, because ideologies are the epitome of stupidity and blind us, instead to expand our vision, sharpening the differences that split Brazil into two Brazils.
Divided we will be weaker, and the weakness is one thing, that if you spread out, you make it stronger!
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