O INCÊNDIO APROXIMA-SE
A maior tragédia do Brasil não é a dívida externa, nem a dívida interna: é a dívida social.
Teotônio Vilela
Com o decorrer da campanha Presidencial eu fiquei alienado do que andava acontecendo pelo Mundo, o que considero de minha parte um grande erro, haja visto que o Mundo está à beira ou já vivendo uma nova crise, possivelmente de maiores proporções do que a anterior e o novo governo, seja quem for, deverá tomar medidas bem amargas, que vão afetar a todos os brasileiros.
O noticiário da imprensa européia tem falado de forma bastante insistente nas chamas econômicas que invadem todo o Continente. Ao que me parece um rastilho, que teve início na Grécia e foi alastrando-se de forma rápida e incendiária passando por Portugal, Espanha, Itália, Irlanda, explodindo na França e na Inglaterra.
Os franceses pararam em protestos contra o aumento da idade mínima de aposentadoria (de 60 para 62 anos). A França entrou em greve geral com falta de gasolina nos postos e aviões tendo que procurar aeroporto em outro país por falta de combustível para reabastecimento. Além da falta d’água e gás, mas com tudo isto foram aprovadas as reformas no Senado, dependendo agora da Justiça.
O governo Britânico anunciou o maior pacote de austeridade desde a II Guerra Mundial, com demissões de grande número de funcionários públicos (cerca de 500 mil), elevação da idade mínima para aposentadoria, cortes em benefícios previdenciários, fim do auxílio habitacional familiar e do seguro desemprego.
Foram anos de completo abuso com muitos direitos e poucos deveres, agora chegou a hora do acerto de contas. Todos sabemos, que depois desta crise o mundo não será o mesmo. Estamos diante de um novo marco: o declínio do Ocidente por seus próprios excessos. Urge um ajuste a uma nova realidade; a entrada no mercado de trabalho de cerca de 4 milhões de trabalhadoras provenientes das economias emergentes eurasianas. Mão-de-obra altamente qualificada sem encargos sociais e sem benefícios previdenciários.
Particularmente os chineses, veem nos mercados globais o principal instrumento para erradicação da miséria e a inclusão social de seu enorme contingente de mão-de-obra, em geral bastante qualificado e sem nenhum direito social. A China através do Partido Comunista, passou a fazer parte do fluxo internacional de comércio e através deste artifício colocou no mercado de trabalho internacional centenas de milhares de trabalhadores chineses.
Essa integração da China ao Capitalismo mundial mantem de forma saudável o sucesso de uma Ditadura Comunista, como também se tornou um desafio aos abusos de distribuição de rendas cometidos pela civilização ocidental.
O excesso de poupança dos asiáticos financiou durante anos os americanos em seus excessos extravagantes de consumo e seus gigantescos déficits comerciais. Mas chegou a hora do divórcio deste casamento, em que não havia concordância dos dois lados.
Os chineses trabalham duro e poupam bastante, mesmo que seja com sacrifício do povo. Os americanos tentam desesperadamente chegar à riqueza. Os europeus querem viver às custas do Estado. O Brasil precisa urgente das reformas ou sonharemos com o pré-sal deitados em berço esplêndido.
Tenho esperança que o Brasil faça as reformas, pois seja qual for o candidato eleito, eles falam em Reforma da Previdência para começar, já havendo um projeto no Congresso a respeito, que será fruto de um próximo artigo.
Espero que os políticos não utilizem a frase abaixo como exemplo:
A política no Brasil é como um tumor maligno. Quando não deixa seqüelas, mata.
Elias Emiliano
A maior tragédia do Brasil não é a dívida externa, nem a dívida interna: é a dívida social.
Teotônio Vilela
Com o decorrer da campanha Presidencial eu fiquei alienado do que andava acontecendo pelo Mundo, o que considero de minha parte um grande erro, haja visto que o Mundo está à beira ou já vivendo uma nova crise, possivelmente de maiores proporções do que a anterior e o novo governo, seja quem for, deverá tomar medidas bem amargas, que vão afetar a todos os brasileiros.
O noticiário da imprensa européia tem falado de forma bastante insistente nas chamas econômicas que invadem todo o Continente. Ao que me parece um rastilho, que teve início na Grécia e foi alastrando-se de forma rápida e incendiária passando por Portugal, Espanha, Itália, Irlanda, explodindo na França e na Inglaterra.
Os franceses pararam em protestos contra o aumento da idade mínima de aposentadoria (de 60 para 62 anos). A França entrou em greve geral com falta de gasolina nos postos e aviões tendo que procurar aeroporto em outro país por falta de combustível para reabastecimento. Além da falta d’água e gás, mas com tudo isto foram aprovadas as reformas no Senado, dependendo agora da Justiça.
O governo Britânico anunciou o maior pacote de austeridade desde a II Guerra Mundial, com demissões de grande número de funcionários públicos (cerca de 500 mil), elevação da idade mínima para aposentadoria, cortes em benefícios previdenciários, fim do auxílio habitacional familiar e do seguro desemprego.
Foram anos de completo abuso com muitos direitos e poucos deveres, agora chegou a hora do acerto de contas. Todos sabemos, que depois desta crise o mundo não será o mesmo. Estamos diante de um novo marco: o declínio do Ocidente por seus próprios excessos. Urge um ajuste a uma nova realidade; a entrada no mercado de trabalho de cerca de 4 milhões de trabalhadoras provenientes das economias emergentes eurasianas. Mão-de-obra altamente qualificada sem encargos sociais e sem benefícios previdenciários.
Particularmente os chineses, veem nos mercados globais o principal instrumento para erradicação da miséria e a inclusão social de seu enorme contingente de mão-de-obra, em geral bastante qualificado e sem nenhum direito social. A China através do Partido Comunista, passou a fazer parte do fluxo internacional de comércio e através deste artifício colocou no mercado de trabalho internacional centenas de milhares de trabalhadores chineses.
Essa integração da China ao Capitalismo mundial mantem de forma saudável o sucesso de uma Ditadura Comunista, como também se tornou um desafio aos abusos de distribuição de rendas cometidos pela civilização ocidental.
O excesso de poupança dos asiáticos financiou durante anos os americanos em seus excessos extravagantes de consumo e seus gigantescos déficits comerciais. Mas chegou a hora do divórcio deste casamento, em que não havia concordância dos dois lados.
Os chineses trabalham duro e poupam bastante, mesmo que seja com sacrifício do povo. Os americanos tentam desesperadamente chegar à riqueza. Os europeus querem viver às custas do Estado. O Brasil precisa urgente das reformas ou sonharemos com o pré-sal deitados em berço esplêndido.
Tenho esperança que o Brasil faça as reformas, pois seja qual for o candidato eleito, eles falam em Reforma da Previdência para começar, já havendo um projeto no Congresso a respeito, que será fruto de um próximo artigo.
Espero que os políticos não utilizem a frase abaixo como exemplo:
A política no Brasil é como um tumor maligno. Quando não deixa seqüelas, mata.
Elias Emiliano