SUA MAJESTADE O VIL METAL

Tempos atrás alguém com senso de humor, cobrando um fundo moral contou a seguinte anedota que cheguei a postar nos capitulos de ANEDOTÁRIO PARA TODOS:

Três religiosos encontraram -se e resolveram saber um do outro como dividiam com Deus (a quem na verdade deveria ser destinado o dinheiro em sua totalidade) os dividendos recebidos dos seus fiéis entre dízimos sacolinhas ofertas e afins.

Eu faço o seguinte: - Fala o Padre. - Eu pego a arrecadação total, faço um círculo no chão e o que cair dentro dele e de Deus, já o que cair fora em me encarrego para minhas particularidades com os "pobres", com o divino respeito.

Os outros dois entreolharam-se achando interessante mas diferente, sendo a vez do pastor que disse:

- Na verdade eu faço como o amigo padre aqui, pego o arrecadado e jogo pra cima a diferença e que se der cara, tá entendido que é de Deus mas se der coroa, aceito com modéstia de imediato o outro lado da moeda como uma providência divina para atender minhas "parcas necessidades" e atendo a "obras sociais"

Na falta de iniciativa do rabino para mostrar sua vertente divisória com a sublime divindade os outros dois perguntam quase em unísono.

- E voce rabino?

- Hein?

- Como procede com seu óbulo sagrado na lida com o criador - fala mansamente o padre.

- Hummm.... - fala o rabino quase mostrando desagrado com a conversa.

- Bom... Eu pego o que tiver de moedas e jogo para cima como faz o padre e o pastor mas sem fazer circulo no chão. Dai que o que Deus pegar é dele e o que não pegar considero uma recusa e atendo assim aos "emprestimos baratinho".

Menos do que a intenção hilária ou mesmo o fundo moral pretendido, ouso incluir o Bispo Macedo no encontro acima lembrando que ele se encarrgará de não apenas de pegar o rateio dos três como os convencerá de que devem ir atrás de mais algum sob pena de que ainda que sejam religiosos queimarem no fogo das profundezas Isso com preocupante sentimento de culpa.

Aliás esse quarto personagem tem uma biografia que a mídia não deixa de publicar em tiras, nada invejável contudo menos divina, já que a começar por Jesus que pregava sempre que para segui-lo o homem não deveria ter tesouros nem riquezas, uma idéia que o Bispo compartilha desde que seja destinado a ele toda riqueza daquele que queira ser um seguidor dele e suas ideias espirituais. Se o membro de tal igreja não conseguir sair purificado a certeza mesmo e de que ele ai sim sairá "faxinado" em suas finanças e o encontro com Deus será precedido por um longo período de mendicância terrena que poderá vir a lhe trazer inclusive necessidades alimentares.

Por falar em mídia, os tentáculos do bispo são de causar inveja ao mais gigantesco dos polvos. Com vasta rede de Jornais, rádios Televisão de penetração em todo território nacional e pelo mundo afora cabendo generosa participação acionária, seu objetivo único não tem como não ser alcançado: Revereciar de perto, bem de perto e ter sob seus domínios, em grande quantidade SUA MAJESTADE O VIL METAL.

A única coisa que deve ser dita ao pobre coitado que passa pelas ruas e vê uma dessas igrejas e: PELO BEM ESTAR DO SEU BOLSO NÃO ENTRE. Isso porque sabemos que não são ladrões ativos e sim sublimares, pois com impressionante convencimento estão dotados e doutrinados para te mostrar que dando um pouco (que para ele nunca e o bastante) terá muito (na verdade cada vez menos). Portanto quem passa reto por tais portas evitando a todo custo cruzar seus umbrais, mantem na gibeira uns tocados a mais.

Olhem que isso não é uma prerrogativa do bispo. ele apenas está na dianteira de uma competição de causar inveja ao mais próspero dos investidores de qualquer área. Temos ainda o RR Soares, um antigo aliado que descobriu que dois bicudos não se beijam, e pulou fora de uma canoa furada e anda hoje de Iate, O Mário de Oliveira e uns outros cuja ferramenta lucrativa são os sessenta e seis livros sagrados que eles profanam a todo instante em nome do vil metal esquecendo de Deus que certamente não aprova tais métodos venais, muito menos em seu nome que não cessam de proferir em blasfemia constante, cegando suas ovelhas para a verdadeira fé que ele deseja e destina a cada uma delas. Conheço alguns desavisados que reclamam da conduta de gente da sua família aos montes. O último caso foi o de um vizinho que teve que bater o pé para que sua tia não destinasse o dinheiro da venda do veículo de um marido morto à igreja em que serviam. Condição facilitada pela exigência do pastor que não queria o carro devendo a "irmã" vende-lo e entregar o dinheiro na secretaria da igreja. ARGH!!! Perdoa essa pobre ovelha senhor ela não sabe o que faz. Contudo impedida de fazer o que queria a viúva mantém o carro enferrujando no quintal e o pastor segue sua vida limpando... Quero dizer capitalizando dízimos de outros membros menos problematicos e frequentadores assíduos.

Todos temos nossa fé, e devemos seguir o

preceito religioso, afinal Deus é de fato nossa melhor referência embora esteja sendo usado por essas pessoas que na minha opinião tem como última meta atender a vontade dele. Pois do contrário levariam uma vida modesta. MODESTÍSSIMA.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 14/10/2010
Reeditado em 14/10/2010
Código do texto: T2555486
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