Nao vou correr o risco.
Estou sem saber bem o que faço, se mantenho minhas lembranças, ou se delas me afasto.
Vejo-me neste momento num beco sem saída, onde pelas circunstancias dos fatos, o corpo tenta se afastar, mas a mente ainda quer que a alma tente uma reconciliação. E neste meio fico eu, que mesmo sendo dono do meu próprio corpo, nem por isto posso passar por cima das minhas emoções, porque tudo que foi antes vivido e mesmo que tenha tido momentos sofridos, valeu pela nossa intenção. E agora diante de tanta indecisão só me resta passar por cima do meu medo e acreditar, que talvez esteja ai o segredo do tão falado grande amor. E, portanto, entre perdas e ganhos vou manter o mesmo tema que meu coraçao ensaiou, pois não quero mais tarde correr o risco daquele que chora, porque uma nova chance a ele próprio não se ofertou, e quem sabe agora dorme abraçado com seu orgulho, mas enxuga as lagrimas na toalha da saudade que o tempo lhe deixou.