O prazer da convivência
- Uma homenagem às mães -
Pergunto ao leitor: onde mora a felicidade? Onde estão seus autênticos momentos de prazer?
Será que estão mesmo nas conquistas materiais de uma bela casa, um carro novo ou na conquista de posições que o projetem socialmente? Ou no poder, no dinheiro?
Também estão. Mas são ilusórios e passageiros. Não podemos retê-los para sempre.
Pense bem, reflita comigo: as alegrias da família estão em primeiro lugar, mesmo que em condições materiais adversas. E claro com os amigos que queremos bem e também nos querem bem. Há um prazer incomparável. É o prazer da convivência com pessoas que amamos e nos amam. Não há nada que se compare. Após a ternura dos filhos, da convivência em família, há este prazer de estar junto com pessoas sinceras, amigas, onde não há hipocrisia, nem a falsidade. Sim, porque nem sempre consegue-se atingir este estágio em família, onde há também as turras e dificuldades. Este prazer alimenta a vida.
E já que estamos falando em convivência familiar e às vésperas do Dia das Mães, porque não homenagear essas valorosas introdutoras da verdadeira convivência fraterna no mundo que desde cedo transmitem aos filhos o doce perfume do querer bem?
A criadora do Dia das Mães foi a norte-americana Anna Jarvis. Ela desejou homenagear a própria mãe, que ao falecer provocou-lhe terrível golpe e marcou início de uma nova e vital etapa na vida de Anna. Com o este objetivo, iniciou intensa campanha epistolar com governadores, autoridades, congressistas, industriais e até clubes femininos, tentando influenciar pessoas. Como sua iniciativa alcançou sucesso, continuou a escrever, a fazer conferências e, ao longo dos anos, 43 países adotaram o Dia das Mães, inclusive o Brasil. Porém, frustrou-se, chegando a declarar que lamentava sua luta e o êxito que a idéia alcançara, pois, conforme escrevera em centenas de jornais, "estão comercializando o meu Dia das Mães! Não era isso que eu pretendia! Esse é um dia de sentimentos e não de lucros!" Na verdade, ela queria apenas homenagear as mães, estendendo isso a vários países.
Que este dia de sentimentos seja alavanca para uma convivência mais amiga e sincera entre familiares e amigos que se querem bem, vencendo as barreiras do egoísmo e do orgulho que tanto mal causam à sociedade.
Nossa homenagem às mães! Para tanto, trago versos de Delfina Benigna da Cunha, extraídos do livro Mãe (edição O Clarim), organizado por Wallace Leal V. Rodrigues:
Mulher quando se faz mãe,
Seja ela de onde for,
Por fora, é sempre mulher,
Por dentro é um anjo de amor.
Maternidade na vida,
Que o saiba quem não souber,
É uma luz que Deus acende
No coração da mulher.