CONSELHO BOM SE DÁ.
01 - VIDA PARTICULAR - Perto de nós sempre existe alguém que pode meter o bedelho em nossa vida particular. Certo? - Errado. Se for sobre sua vida particular como pode alguém se intrometer? O problema é que parece mesmo que a gente não tem mais uma vida tão particular como gostaríamos, acima de tudo depois da internet. Mas não é só culpa da net. A gente também abre um pouco nossas "guardas" para os outros sem que tenhamos o devido cuidado. Poucos são aqueles a quem poderemos nos "abrir" e buscar apoio, exceto algumas pessoas da nossa família devidamente escolhidas. O melhor caminho pode ser mesmo o da ajuda externa por um profissional qualificado. No geral, o melhor mesmo, sem sombra de dúvidas é a gente se cuidar por dentro não se permitindo a determinadas situações que sabemos onde vai terminar. O elemento surpresa não está em nossa poder, mas temos que nos fortalecer estruturalmente para isto. Não é fácil. Ainda bem. Já pensou se vendessem soluções para os nossos problemas afetivos na farmácia e nos supermercados?
02 - "ANALISTA" DE PLANTÃO - Sempre existe alguém que executa o papel de analista diante de questões que não são deles, mas das quais se arvoram conhecedores, principalmente nos casos de separação afetiva, crises no casamento, etc. A pessoa que for a "vitima" desse processo tem que ter cuidado, posto que geralmente se encontra fragilizada e pode ter seu problema agravado. Analista não é qualquer pessoa que a isto se arvore. Carece de formação exaustiva, pois irá trabalhar com o humano em suas mais íntimas formatações. Muitas vezes esse "analista" de plantão não passa de um fofoqueiro de ocasião que poderá expor seu plobema particular em público.
03 - JUNTAR E SEPARAR - Para que duas pessoas fiquem juntas, as duas tem que querer. Para separar, apenas uma. Diante de uma separação, sempre um sofre mais do que outro, pois não existe um "separômetro" que seja capaz de medir a força da relação enquanto ela se desenvolve. Talvez conforte saber que é sempre mais feliz quem mais amou, mas mesmo assim o mundo não se acaba. Bastam alguns cuidados, pois amar demais sempre provoca desencanto. O difícil é saber a medida certa do amor, mas é possível que se consiga saber os caminhos de uma relação e suas possibilidades.
04 - REI MORTO, REI POSTO - Culpar a pessoa que a gente estava se relacionando, pelo amor que acabou é infantilidade. Chorar diante dele ou dela verbalizando coisas tipo: "você fez juras de amor, prometeu que ia me amar por toda vida e que jamais me trairia"... "Onde foi que eu errei"; "Dê-me mais uma chance"... "Eu prometo, eu faço, eu renuncio, etc".Tudo menos isto. O desespero do abandono deve ser curtido com resignação! As humilhações diante do ex, até mesmo tentativas de reconciliação a posteriori, nem sempre surtem os efeitos desejados. Cada caso é um caso e há situações que podem ser reconduzidas, principalmente quando os motivos da separação não têm relação direta com os parceiros, por exemplo. A construção do afeto é coisa de dois, mas um dos dois pode muito bem desistir desse pacto. Por outro lado, não deve ser prazeroso ficar com alguém por compaixão, dó. Da mesma forma saber que alguém está conosco sem amor, só porque teve peninha de nós. Caiamos fora. Rei morto, rei posto. Tudo tem seu tempo, inclusive as relações. A gente é que se engana querendo coisas pra sempre quando "pra sempre sempre acaba"... Deixemos quem estava conosco ir adiante. Amanhã talvez ele ou ela estejam passando pelo que nós passamos quando nos deixou. É a vida correndo dentro da sua naaturalidade. Afinal, a fila anda e mais na frente a gente volta a beijar de novo e ser feliz.
06 - TOQUE DE RECOLHER - Dar o "toque de recolher" é a primeira coisa que se deve fazer diante de um término de uma relação consistente (não de um namorico) até que se possa "colar todos os caquinhos" e partir pra outra. Evitar conversas sobre o que um dia foram; mudar itinerários, guardar fotos no baú pra depois rir delas, mudar o visual, fazer novas amizades e reconquistar as antigas, estudar, viajar, etc., são alternativas caseiras que têm dado muito certas. Celebrar. Isto mesmo, celebrar: colocar luto, fazer missa de sétimo dia, de mês, de ano, simbolicamente é claro. Finalmente saber que tudo passa. Dói mas passa como tudo na vida. Não se culpar é alternativa importante, pois se a gente soubesse que um relacionamento não duraria, nem começava. Ser prático, eis outra coisa infalível: acabou, acabou. Rei morto, rei posto. Deu certo até acabar e assim, exercitar a transitoriedade de tudo, pois a única coisa que não é transitória na vida é a própria transitoriedade. Ter fé. Acreditar em Deus nunca será demais, independente se o "deus" for católico ou evangélico ou do mercado da fé tão em moda. Caiamos fora o mais rápido possível. Desesperar? Jamais! Pode ser que ele ou ela voltem? Tudo pode acontecer, inclusive nada. Melhor não alimentar esperança de volta. Se houver volta, outras bases de relação terão que ser postas e discutidas pelos dois. Renovar para cair na mesma lenga-lenga não velerá a pena. A vida é breve e não se deve perder tempo, pois o que não tem futuro já durou demais.
A gente separa os sentimentos na teoria. Na prática tudo acontece em conjunto, como que nos testando em nossa fragilidade.