Meu velho pai
O "velho" aqui é carinhoso. É mesmo de gratidão, afinal um pai é uma pérola a iluminar o caminho humano. Meu querido pai, Roberto Pasqual Carrara, partiu na última segunda-feira, dia 1 de abril de 2002.
Partiu sem sofrimento, com rapidez inesperada, e como viveu: calmamente. Parece oposta a citação, mas não é. Rapidez é a forma como foi. Calma como foi vivida essa forma.
Nunca o vi perder a calma. Extremamente paciente, deixou exemplos de uma vida digna.
Deu-me um tesouro inestimável: o conhecimento da Doutrina Espírita!
Ficam evidentes na memória as recordações de uma infância cheia de orientações, de carinhos e presença muito firme, ao lado da fé convicta e da ação firme no bem.
A saudade chega, como esperado, mas a gratidão e os laços de amor entre pai e filho e mais que isso, de verdadeiros amigos, permanecem como farol de orientação.
Sempre fomos amigos. Grandes amigos! Nunca discutimos ou brigamos e fizemos muita coisa juntos.
Talvez o leitor pergunte-se: mas o que tenho com isso? Por que este assunto na coluna?
É que desejo transmitir um exemplo de vida, talvez útil para muita gente nesses momentos de dificuldades que o planeta atravessa.
Certa vez, em momento de grande aflição e dificuldade que enfrentou, meu pai dirigiu-se a Deus e disse: Meu Pai, antes que eu existisse o Senhor já reinava. O Senhor criou-me por ato de amor. Estou com uma dificuldade cuja solução não encontro. Entreguei-me a várias opções para encontrar uma saída para esta dificuldade, mas não sei o que fazer. Então, Senhor, entrego-lhe esta dificuldade. O Senhor saberá solucioná-la.
Eis um caminho para ser usado nesses sofridos dias da humanidade.
Pais e filhos! Que tesouro!
Quem os tem, sabe o que significam.
Meu abraço, querido pai!