SOU INTELIGENTE! QUANTA BURRICE!

Nós seres humanos, com base em dados científicos, cremos até o momento que somos as únicas criaturas inteligentes habitando esse imenso universo.

Com base na física, em leis e normas criadas pelo homem, partindo de informações captadas pelos sentidos humanos que conhecemos cremos que nesse sistema solar não deve existir outras vidas inteligentes.

Recuso-me a fazer parte desses seres ditos inteligentes. Pois não sabemos quantos sentidos de captação de informações podem existir no universo. Sabemos que há a visão, a audição, o tato, o paladar e o olfato e talvez um sexto sentido que nos permita ter percepção de um perigo eminente por exemplo.

Mas isso é muito mesquinho, muito humano mesmo, achar que somos o centro do universo, que nossos sentidos determinam o que existe e o que não existe.

Criamos a medição do tempo de uma forma tão idiota, pois medimos o tempo baseado na volta que nosso planeta da em torno de si mesmo, num eixo imaginário.

Qualquer ser humano pode criar suas leis, posso determinar outro nome que não seja a hora, o minuto ou o segundo e medir de outra forma.

A ser humano é uma ínfima fração do universo. Um ser que tropeça em sua própria ignorância, atribuindo para si várias descobertas das quais muitas são para resolver problemas que eles mesmos criaram.

De onde veio essa idéia, que a matéria é tudo isso que estudamos, e que aprendemos nas escolas. Devemos limitar nosso conhecimento a esse insignificante planetinha e não querer atribuir nossas leis pessoais ao universo.

É tudo um equívoco. Nossa base de informação parte do que achamos real e correto e tudo baseado no nosso modo pessoal e humano de percepção.

Claro que pode existir vida inteligente em todo lugar. Até o conceito humano de vida inteligente é idiota. Basta olhar de longe, tudo que fazemos e como vivemos e veremos que de inteligente não temos nada.

Porque descobrimos uma cura ou porque inventamos máquinas complexas somos inteligentes? Uma ave é mais inteligente que qualquer ser humano, pois ela não desequilibra o meio onde vive, nós é que fazemos isso com nossa inteligência.

Eu definitivamente não faço parte dessa raça que se coloca no pedestal do reino animal, mineral e vegetal, alias reinos que o próprio homem batizou.

O mundo todo é uma idiotice. Todo tipo de carro, casas, roupas, maquinas equipamentos e tudo mais, onde é necessário criar coisas para gerar lucros e comprar mais coisas e gastar. Um círculo vicioso e idiota sendo que vamos morrer, vamos voltar a ser o que sempre fomos, nada.

O ser humano ficou tão medíocre com a evolução que se perde na tecnologia, nos desejos materiais. Criar o tempo todo coisas que tentam consertar o que ele destrói.

Os dentistas tratam os dentes de quem comeu muitos doces, muita porcaria industrializada. Os médicos curam enfermidades resultantes da vida moderna, da alimentação industrializada e com agrotóxicos, do ar poluído, da vida estressante.

Infelizmente não há mais solução, mesmo para aquele ser humano que queira resgatar a vida primitiva não há mais como, pois á água e o ar, poluídos, já comprometeram sua vida. Sem falar que uma explosão nuclear qualquer oriunda de um ato inteligente de um líder de civilização evoluída pode por fim a sua vida insignificante.

O fato de não termos capacidade de perceber uma vida inteligente em outro planeta não significa que não haja vida nele. Só porque não vemos, não ouvimos e não sentimos não é prova da falta de vida inteligente.

Talvez até tenhamos outros sentidos adormecidos que nos dariam o poder de notar outro tipo de vida que não fosse material ou mesmo espiritual, mas nos limitamos a apenas esses cinco como se fossem os mais importantes. E se a energia é uma forma de vida inteligente, com suas próprias leis?

Vejo o ser humano como um ser mesquinho e arrogante que autoconsidera-se inteligente.

Creio que é hora de revolucionar o conceito do que é ser inteligente. Já descobriram que a inteligência emocional pode ser tão ou mais importante que a racional, mas creio que ambas são menos importantes. Creio que a verdadeira inteligência é a capacidade de viver da forma mais simples possível, necessitando cada vez menos de tanta tecnologia inútil.

O ser humano já perdeu a capacidade de entender as coisas simples. O mundo caminha em busca do lucro. A todo o momento inventam coisas que a princípio eram inúteis e ao iniciar o uso passam a ser mais necessárias.

Temos vida inteligente dentro de nós sem sermos nós mesmos. Uma bactéria, um vírus, um fungo são inteligentes. O fato de eles destruírem o hospedeiro não quer dizer que não sejam inteligentes. Estão agindo como nós, que aos poucos destruímos o planeta onde vivemos. Onde o progresso industrial é mais importante que as vidas futuras. Tudo em nome do lucro.

A cada atitude humana de querer consertar o mundo vejo mais erros que acertos, pois quase todas as decisões estão vinculadas a interesses idiotas pelo lucro incessante.

Meu conceito de inteligência coloca o ser humano como a coisa mais desprovida de inteligência dos reinos animal, vegetal e mineral.

Os laboratórios criam remédios, fazem pesquisas e descobrem a cura de doenças, mas porque elas existem? De onde vieram, como surgiram? Cada ser tem seu reino de bactérias e ao misturar raças sexualmente, por exemplo, homem com macaco, com vacas, com cães as bactérias, vírus e fungos passam de um para o outro. O ser humano que cria os problemas.

Inventaram o rum, a pinga, o cigarro, a maconha, a cocaína, a poluição, os conservantes, as armas. A todo o momento mudam e inventam coisas e depois tem que descobrir como resolver os problemas gerados por elas.

Isso não é ser inteligente. Alias o conceito de ser inteligente também não é inteligente.

Seres inteligentes andam de carro e ao mesmo tempo em que poluem o ar tem que frequentar academias para corrigir os problemas causados por não andarem e percorrerem distancias sentados nos seus confortáveis carros com ar condicionado que por sua vez geram alguns problemas respiratórios.

Como o ser humano é burro, alias desprovido de inteligência, pois o animal, o equino burro não faz essas humanices.

Nós seres humanos já perdemos completamente a noção da importância das coisas. Trabalhamos para comprar algo maior e mais caro no intuito de aquilo trará mais conforto. Mas e o desconforto de uma vida estressante para comprar as inutilidades que a indústria cria a todo o momento?

Camparemos a vida numa grande metrópole. Um punhado de gente com roupas sintéticas, dentro de seus confortáveis carros, parados horas e horas no transito, respirando o ar poluído gerado pelos seus próprios meios de transporte. Em contrapartida, em algum lugar desse mundo alguém ainda esta afastado da civilização, morando em uma caverna ou uma moradia ecologicamente correta, plantando e comendo do seu plantio e andando pelado pelo mato. Nossa!! Esse sujeito é um ignorante desinformado, poderia estar de terno, fumando, com um celular no bolso para se comunicar com o evoluído mundo moderno.

Vejo uma reunião no congresso como uma colônia de bactérias, que está, sem se dar conta, criando mais problemas para a sociedade.

Usam o termo vegetar como sendo pejorativo, creio que vegetar é viver como um vegetal. Que mal há em ser um vegetal? Na hierarquia dos reinos eles são inferiores? São menos inteligentes? Por quê? Só porque não tem um crânio com uma massa de carne?

Vejo que essa massa não tem sido benéfica para a civilização. Talvez fosse melhor não te-la já que não sabemos como usá-la.

Pobres seres que andam sobre duas pernas, que por não andar de quatro se sentem superiores. Dizem que o cachorro é o melhor amigo do homem. Eu diria que o homem é o maior inimigo do cachorro e de toda a raça que vive nesse planeta.

Todos sabem que deve cessar o desmatamento na Amazônia, mas ele não para nunca. Seria tão simples proibir e punir, mas o ser inteligente tem interesses econômicos e dizem que não é tão simples.

A ordem aparente esta gerando uma desordem oculta. O ser humano aprende cada vez mais a ter prazer na corrupção, que nada mais é que obter o lucro, a vantagem financeira, pois essa pode comprar o luxo, as soluções aparentes para seus problemas.

Eu me envergonho de dizer que sou da raça humana e que sou um ser inteligente. Preferiria ser uma ave sem inteligência, uma golfinho ingênuo, mas infelizmente não me cabe essa escolha.

Nasci em meio à raça inferior, a raça que destrói tudo em nome do progresso. Não tem volta. Exceto que outro tipo de vida não notada pelos nossos sentidos mude esse quadro.

O progresso idiota nos tornou dependentes da energia elétrica, do microondas, da geladeira, do celular, das cabeleireiras, do barbeador, dos batons, das grifes, da água engarrafada.

Pobre ser burro que ainda tem coragem de se autodenominar inteligente e ainda cometer o erro universal de achar que é a vida inteligente do universo.

Que vergonha!! Por favor, não contém a ninguém que sou humano.

Tenho duas calopsitas que vivem soltas. Às vezes voam para longe e consigo resgatá-las. Elas são tão felizes, cantam o dia inteiro, não tem casa, não tem roupas, não tem plano de assistência médica, nem meio de transporte moderno elas têm. São dotadas de asas antiquadas e nada modernas. Bebem água da chuva, quando poderiam beber água mineral, comem sementes naturais quando poderiam comer farelo de pão integral e produtos industrializados e vitaminas criadas pelo homem para suprir suas necessidades.

Se ficarem doentes ainda posso levá-las no veterinário, que estudou para poder curá-las de alguma enfermidade. Ainda bem que existem, caso contrário o que seria das aves e de outros animais, estariam todos extintos.

Os pássaros morrem a todo o momento, mas nunca os vemos esticados no chão porque morreram de um infarto fulminante.

Coitado do ser humano, do homem e da mulher que se acham cultos, modernos e inteligentes. Muitos falam em público e sentem que estão ensinando algo.

O resultado dessa falta de inteligência, dessa ignorância são os milhares de hospitais espalhados pelo mundo. Ali tentamos concertar os erros de um homem que caiu da escada, de uma mulher que foi atropelada por um carro, de uma doença transmitida geneticamente por antepassados que não souberam como viver e se alimentar, de uma criança com algum tipo de vírus mutante, que ficou resistente graças às drogas.

Será que o ser inteligente não percebe que ele mesmo cria os problemas e depois tenta resolve-los?

Criamos uma sociedade que vive num circulo vicioso e sem volta, onde se criam problemas, necessidades e invenções para resolver problemas ou atender necessidades.

Não há ser inteligente, todos são desprovidos de inteligência e fadados a morrer um dia no meio dessa modernidade desnecessária e sem propósito, que não seja girar a engrenagem do progresso a qualquer custo.

Lamento muito o sofrimento decorrente de tudo isso. Nossos filhos, netos, bisnetos e descendentes longínquos continuarão sofrendo. O destino do mundo já esta definido. Os discursos eloquentes infelizmente não mudarão o que está por vir.

O planeta, a vida existente nele será dizimada. Isso é uma questão de tempo. Uns querem que isso acabe com contas bancárias bem recheados no exterior, outros querem realizar alguns sonhos como pintar a casa o comprar uma casa, formar o filho ou ter uma reserva financeira, outros querem apenas ir sem dor e sem sofrimento.

Quem sabe sejamos apenas uma metamorfose. Quem sabe não sejamos os dejetos da verdadeira vida e inteligência que desconhecemos.

A bíblia, dizem ter sido inspirada por um espírito superior, fala que somos a imagem e semelhança de Deus, o ser supremo. Duvido que um ser supremo criaria algo como nós, tão imperfeitos e errantes. Talvez essa Bíblia faça referencia ao que deveríamos ser ou que ainda não tivemos a percepção de descobrir. Mas como somos egocêntricos a ponto de achar que a referencia somos nós esses seres, ficamos tentando atribuir a nós essa importância e tentando entender o que deu errado.

O problema não á maça ou a cobra. O problema é achar que é inteligente e que somos o centro do universo.

Voltemos a nossa insignificância universal e com humildade devemos tentar reaprender a viver, se ainda der tempo.

Claudio Cortez Francisco
Enviado por Claudio Cortez Francisco em 11/08/2010
Código do texto: T2431300
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