Os apadrinhados
Os apadrinhados
Certamente votar nulo não é uma prática adequada para ser utilizada pelo povo eternamente, pois se assim fosse, nem haveria necessidade de realizar pleitos para todos irmos lá para digitar 99 na urna contaminada (se ela não imprime o voto para posterior conferência, o sistema está sob suspeita). E desta forma estaria oficializada a ditadura real (a virtual já existe sob o manto do arrocho financeiro que nos tiraniza). A correta democracia pede uma renovação regular de nossos comandantes por melhores que sejam. A substituição a cada 4 anos para o péssimo administrador e a cada 12 para o bom, é necessária por vários motivos, entre os quais:
a) a repetição contínua tende a transformar o político em profissional do ramo e propenso a acreditar que é o melhor elemento dentro da comunidade para definir ações sociais;
b) Impede que o elemento que dá sua contribuição ao povo, possa desenvolver e evoluir dentro de suas atividades profissionais momentaneamente interrompidas para exercer o mandato. Se ele atuou bem, merece ter seu tempo com a família restituído;
c) Impede que outros elementos, com idéias oxigenadas, experimentem novas formas de administração coerentes com os novos comportamentos da sociedade, sempre em mutação;
d) A eternização do elemento nesta atividade, começa a criar uma intimidade perigosa com grandes grupos financeiros ávidos por obter lucros com a conivência das autoridades que passam a imaginar serem os donos de nosso dinheiro.
Como o sistema de administração no Brasil é nulo, merece o voto nulo para perceber sem delongas, que tal modelo não está agradando aos que PAGAM os impostos sem retorno. A mudança de elementos nas esferas de comando através do voto “consciente” no momento não funciona pois a cada pleito, não conseguimos renovar nem 5% do quadro de gaiatos que se grudam nas tetas dos cofres públicos. Além do mais, os “novos”, na maior parte dos casos, são parentes ou apadrinhados de algum figurão que está se afastando do cenário depois de 30 anos desviando parte das verbas públicas sem ser molestado e já doutrinou seu sucessor de forma a manter na escuridão as podridões perpetradas ao longo dos mandatos.
Eles se revezam nos postos disponíveis com 3 objetivos básicos:
1 – vaidade pessoal;
2 – visualização de obter vantagens pessoais em detrimento do equilíbrio geral;
3 – manter as sujeiras do passado sempre sob o tapete.
Os novatos bem intencionados, por serem em pequeno número, aderem ao esquema ou abandonam o universo de lama onde pisaram por engano na ilusão de tentar alterar o comportamento nocivo que está nos empurrando para o andar abaixo do poço da desgraça nacional.
Não temos mais paciência para esperar que dentro de 500 anos isto aqui vá melhorar. Neste rumo, dentro de 50 anos os abutres internacionais terão esgotado todas nossas reservas naturais e nos deixarão abandonados a ponto de termos de pedir ajuda ao Haiti e invejar a “tranqüilidade” do Iraque. Certamente que por maior esforço que façamos para alcançar os 51% de votos nulos para varrer de UMA SÓ VEZ todos estes crápulas que parasitam nos escalões dos governos, dificilmente alcançaremos tal cifra. Mas não nos custa tentar chegar aos 25 ou 30% pelo menos. Já será um belo grito que os colocarão com a pulga atrás da orelha (se bem que elas preferem roedores não contaminados), apesar de todo o aparato dos veículos de comunicação que é comandado por eles. Depois desta jornada, quem sabe na próxima (caso o quadro não melhore 5%) possamos de uma vez por todas expurgar as ratazanas que corroem nossa dignidade e sugam nosso orgulho por esta terra.
Não tenha vergonha
Torne-se impuro
No próximo pleito
VOTE NULO !