“BRASIL 2010 – A ECONOMIA DA VIRADA”
“BRASIL 2010 – A ECONOMIA DA VIRADA”
Welinton dos Santos é economista
Será realmente a oportunidade do Brasil no contexto internacional?
Muitas características da economia levam o investidor estrangeiro a perceber que o país está em processo de franco crescimento, pertencendo a um grupo seleto de países que cresce a taxas respeitáveis, apesar dos desafios enfrentados com a crise econômica internacional.
Temos muito do que orgulhar, afinal no Brasil existe uma das maiores biodiversidades marinhas do mundo, 1/7 de toda água potável do planeta, um grande volume de reservas de petróleo com a exploração do Pré-Sal, a maior área agriculturável disponível do mundo, além de um dos principais produtores de minerais. Este cenário identifica oportunidades reais de desenvolvimento de novos negócios, acreditem o Brasil é a terra dos $onhos de muitos investidores internacionais.
Ainda somos um dos maiores exportadores de café, açúcar, soja, carne bovina, carne de frango, laranjas e derivados, tabaco, milho, minério de ferro, aço do planeta. Além disso, estamos presentes no mercado de calçado internacional, couro, moda, aviação, cerveja, artesanato, eletro eletrônicos, frutas tropicais. O Banco Mundial defende o etanol brasileiro como a melhor experiência de manejo ambiental entre os países emergentes, na produção de energias renováveis.
Vários países do Oriente Médio, do continente Africano, a própria Índia que necessita de matéria-prima para sustentar seu crescimento, estão observando o Brasil como um foco estratégico para sustentação da economia bilateral, além de vários países desenvolvidos.
Não podemos esquecer que a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas de 2016 e da exploração do pré-sal que tendem a injetar na economia de infra-estrutura brasileira, no longo prazo mais de US$ 500 bilhões. Como potência estável, o país passa a ser visto pelo investidor internacional com menor risco, o que incentiva a novos processos de fusões e aquisições.
Saímos da visão de simples agente do mercado para ocupar uma posição privilegiada no contexto econômico mundial.
As empresas brasileiras aprenderam desde muito cedo a enfrentar desafios como inflação, taxas de juros elevadas, concorrência às vezes desleal com produtos importados, alto custo Brasil, que apesar de todos estes obstáculos, transformaram o país em exemplos de eficiência gerencial e administrativa em alguns seguimentos empresariais, dos quais, começam a ocupar espaços no cenário internacional.
O aumento do crédito impulsiona a economia interna que está alavancando a questão do emprego formal, colocando milhões de pessoas no mercado de consumo, auxiliando no crescimento sustentável de alguns seguimentos da economia brasileira.
O Brasil virou o jogo, mas é claro que existem oportunidades ainda inexploradas na área de turismo, de tecnologia e serviços, além de infra-estrutura, porém o crescimento é perceptível em quase todos os seguimentos da sociedade, seja no setor da construção civil, no aumento dos pontos de vendas do comércio, no aumento de consumo de cosméticos aos veículos. Em 2010 iremos consumir nada menos que 1 bilhão de litros de sorvete, importante frisar que 90% dele é fabricado por micro e pequenas empresas, gerando pelos menos 100 mil empregos diretos, segundo dados da Abis – Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes. Batemos o recorde de vendas de chocolate na Páscoa, tudo isto, demonstra de forma clara que ouve aumento do poder aquisitivo aliado ao aumento de pessoas colocadas no emprego formal.
Há espaço para muita coisa acontecer neste mercado atraente, de celulares a detergentes 100% orgânicos, de produtos com design exclusivo à onda da mobilidade, da casa própria a franquia de sucesso, da qualidade a inovação.
Este é o Brasil da virada, parabéns aos brasileiros que ultrapassaram os limites da mudança, que acreditaram neste país e que são a marca do povo brasileiro.