Subserviência

Penso que solamente a palavra do título deste pequeno (pero amargo) artigo bastaria para responder a todas as perguntas da imprensa nacional e internacional (e do resto do mundo) ao final do GP da Alemanha, disputado (?!...) hoje.

Como se um pé-de-chinelo só não fosse o bastante para nos representar na categoria number one do automobilismo mundial, agora temos dois! E, nesse caso, dois não é bom... É demais, para mim! E, quero crer, para a grande maioria dos brasileiros. Desde aquele episódio igualmente vergonhoso ocorrido na entrada dos boxes num GP que faço questão de não me recordar qual foi, perdi o tesão de ver uma corrida de F1. Hoje, acordei com meia hora de corrida já em andamento e liguei a tevê. Ao ver nosso brasileiro number one (número uno, talvez seja mais apropriado...) na frente dos demais competidores, fiquei animado (e, pra rimar, esqueci o passado), e pensei: agora vai! Qual nada! Uma vez mais acabei perdendo uma boa oportunidade de não desperdiçar parte preciosa da manhã ensolarada deste domingo (que amanhã não quero me lembrar qual foi). Quando nosso representante verde-amarelo amarelou mais uma vez e, despudoradamente, abriu as pernas para o espanhol passar, senti uma baita vergonha por estarmos tão mal representados naquele circo.

Saudade dos tempos de Piquet (o pai) e de Senna (o tio, no melhor sentido original da palavra). Esses sim, tinham garra, vontade de vencer e, com o perdão da palavra, culhão, pois corriam "com a faca nos dentes" e não se dobravam a esses joguetes espúrios das equipes ditas "de ponta" ou a quem quer que fosse.

Não bastasse a péssima imagem que está sendo vendida lá fora por nosso número uno do executivo, associando-se (sabe-se lá como e a que preço...) a ditadores sanguinários só para angariar alguns votos para não ficar desempregado e se eleger num cargo qualquer na esfera política internacional no futuro que se avizinha, temos de ver nossa imagem ser também espinafrada no esporte, que é um dos poucos redutos onde ainda podemos estufar o peito e bradar: SOU BRASILEIRO!

Muchas gracias! E... olé!