Aos mestres, meu carinho.

Tenho profunda admiração pelos educadores, pelos mestres... Aliás, quem não tem?

São eles missionários a nos orientar na estrada da vida, responsáveis por inserir em nosso universo ainda incipiente valores que levaremos para toda a existência.

Por isso faço um agradável convite ao leitor: venha comigo nessa viagem ao passado relembrar nossos mestres que marcaram época em nossas vidas.

Lembro-me com carinho de minha primeira professora, seu nome: Helena; foi com ela que tive os primeiros contatos com o universo dos números e principalmente com o apaixonante mundo das letras, quanta coisa aprendi com aquela valente mulher!

Mais adiante tive o privilégio de conhecer a professora Maria Raimunda. Ela fazia questão de saber o nome de todos seus alunos, dizia-nos inesquecível:

- Gosto que meus alunos sintam-se gente, sintam-se importantes!

D. Maria Raimunda era professora de matemática, contudo, com ela aprendi mais do que cálculos, aprendi que todos nós, sem qualquer exceção, temos grande valor e que respeitar o próximo equivale a respeitar a si mesmo. Quanta saudade!

Tive o professor Dahll, figura extremamente sensível, professor de educação artística, empolgado com a vida e com as pessoas, estava sempre a procurar fórmulas para despertar em nós, seus alunos, a criatividade e o senso artístico.

Já com o professor de gramática Márcio, aprendi um pouco da arte de ouvir. Como era paciente esse senhor, extremamente calmo, sempre disposto a entender a outra face da moeda. Márcio tinha uma visão abrangente do ser humano, enxergava no aluno, não apenas o adolescente rebelde, mas sim, a criatura necessitada de atenção. Bons tempos.

Não posso esquecer-me do Sr. Júlio, pedreiro por opção e mestre por vocação, ensinava através de parábolas, inestimáveis valores morais a todos que dele se aproximavam.

Alguns anos passaram-se e encontrei-me com D. Clara, professora de educação física, nos ensinava a arte da disciplina , que consiste em uma vida regida pelo equilíbrio, onde corpo e mente se completam.

Há também uma grande mestra que me orientou por anos a fio: D. Fátima do Carmo, minha mãe, sim, nossas mães comumente são nossas maiores orientadoras na escola da vida. Ensinam a arte do amor, da renuncia, da educação moral e sobretudo da amizade. Época inesquecível a das suas lições.

Tive muitos mestres, muitos professores, todos sem duvida colaboraram de alguma forma para minha formação como cidadão, abriram meus horizontes fazendo-me enxergar um pouco mais sobre os mais variados assuntos.

Creio que o mesmo ocorreu com o prezado leitor, que neste momento deve estar puxando na memória todos aqueles que contribuíram para seu crescimento, e essas são sem duvida saudáveis lembranças. Como é bom recordar boas coisas, bons momentos!

Os nomes que citei são fictícios, contudo, trazem uma singela homenagem a essas criaturas que não se cansam de acreditar na força que possui o ser humano. Sim, porque ensinar equivale a acreditar que as pessoas podem melhorar e desabrochar seus talentos.

Ah, o que seria desse mundo sem os mestres?

A todos que se dedicaram ao ofício de educar, sejam formados ou não, meu fraterno abraço e gratidão.

Wellington Balbo
Enviado por Wellington Balbo em 13/09/2006
Código do texto: T239279