DE QUEM É A CULPA?
Guida Linhares
A culpa se reveste de uma sombria desesperança, quando alguém se dá conta dos erros e fracassos como resultado de algumas ações, às vezes irrefletidas, outras vezes resultado de tentativas que não deram certo, ou ainda, quando envolve uma terceira pessoa ou várias pessoas, a tendência pode ser transferir a responsabilidade como forma de se livrar do peso da culpa sobre os próprios ombros.
Mas nem sempre aquele que se sente culpado, realmente foi o causador, assim como outras vezes o real culpado, se omite ou deixa de admitir a própria culpa, escondendo-se sob a protetora camada dos mecanismos de defesa da psique.
O ideal seria a utilização da sinceridade, num diálogo esclarecedor, em que as partes pensassem numa possível solução, sem que o dedo em riste fosse apontado, considerando-se que o ser humano falha muitas vezes, e só quem nada faz é que nunca erra, mas também vive uma vida insípida, sem graça nem desafios.
De quem é a culpa? Pergunta o pai à mãe desesperada pelos excessos do filho adolescente. E na própria pergunta já se lê nas entrelinhas, que ele pensa na mãe como a possível culpada pelos desvarios do filho.
De quem é a culpa? Pergunta a mãe da adolescente grávida ao namorado da filha, ainda surpreso porque vai ser pai, talvez ausente ou presente, quem sabe...
De quem é a culpa? Pergunta a esposa ao marido diante da infidelidade dele, sem questionar a quantas andava o relacionamento entre os dois, talvez quem saiba, desgastado pelo tempo.
De quem é culpa? Pergunta o povo alarmado diante de tanta violência, seqüestros, roubos, assassinatos e outras tragédias diuturnamente veiculadas nos meios de comunicação.
E assim sucessivamente, teríamos inúmeras situações em que a pergunta poderia ficar sem resposta, ou perdida no meio de mil argumentações, levando a uma alienação do que realmente poderia ser feito, quando a percepção do erro dá lugar ao inquérito obstinado.
De uma forma ou de outra, é bom que se leve ao crivo da consciência, a nossa própria trajetória, refletindo sobre os erros do passado e procurando não repeti-los, para que a mala das culpas não aumente de peso, pelo contrário, seja esvaziada por conta dos bons propósitos que vamos semeando pelos caminhos do viver saudável.
Santos/SP/Brasil
14/07/10
Participação na Ciranda Poética sob o tema "De quem é a culpa?" do site A Era do Espírito, por um Mundo Novo e Melhor.
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Guida Linhares
A culpa se reveste de uma sombria desesperança, quando alguém se dá conta dos erros e fracassos como resultado de algumas ações, às vezes irrefletidas, outras vezes resultado de tentativas que não deram certo, ou ainda, quando envolve uma terceira pessoa ou várias pessoas, a tendência pode ser transferir a responsabilidade como forma de se livrar do peso da culpa sobre os próprios ombros.
Mas nem sempre aquele que se sente culpado, realmente foi o causador, assim como outras vezes o real culpado, se omite ou deixa de admitir a própria culpa, escondendo-se sob a protetora camada dos mecanismos de defesa da psique.
O ideal seria a utilização da sinceridade, num diálogo esclarecedor, em que as partes pensassem numa possível solução, sem que o dedo em riste fosse apontado, considerando-se que o ser humano falha muitas vezes, e só quem nada faz é que nunca erra, mas também vive uma vida insípida, sem graça nem desafios.
De quem é a culpa? Pergunta o pai à mãe desesperada pelos excessos do filho adolescente. E na própria pergunta já se lê nas entrelinhas, que ele pensa na mãe como a possível culpada pelos desvarios do filho.
De quem é a culpa? Pergunta a mãe da adolescente grávida ao namorado da filha, ainda surpreso porque vai ser pai, talvez ausente ou presente, quem sabe...
De quem é a culpa? Pergunta a esposa ao marido diante da infidelidade dele, sem questionar a quantas andava o relacionamento entre os dois, talvez quem saiba, desgastado pelo tempo.
De quem é culpa? Pergunta o povo alarmado diante de tanta violência, seqüestros, roubos, assassinatos e outras tragédias diuturnamente veiculadas nos meios de comunicação.
E assim sucessivamente, teríamos inúmeras situações em que a pergunta poderia ficar sem resposta, ou perdida no meio de mil argumentações, levando a uma alienação do que realmente poderia ser feito, quando a percepção do erro dá lugar ao inquérito obstinado.
De uma forma ou de outra, é bom que se leve ao crivo da consciência, a nossa própria trajetória, refletindo sobre os erros do passado e procurando não repeti-los, para que a mala das culpas não aumente de peso, pelo contrário, seja esvaziada por conta dos bons propósitos que vamos semeando pelos caminhos do viver saudável.
Santos/SP/Brasil
14/07/10
Participação na Ciranda Poética sob o tema "De quem é a culpa?" do site A Era do Espírito, por um Mundo Novo e Melhor.
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