** FECHADO PARA BALANÇO **

Não é assim um tema para poema.

Mas é verdade, fecho para balanço.

Das dores da vida, da vida que causa dores.

Estou me entendendo muito bem com Schopenhauer, e vou mergulhar em sua obra.

Viver é sofrer, só vivemos enquanto "fenômeno", e como "fenômeno" somos "coisa em sí" (belo embate filosófico Kant x Schopenhauer), e depois o nada. Encontrei o niilismo de "Nietzsche"

Mas não sei, tantas correntes, tantas esplanações, e meus pés sem chão, minha cabeça sem teto.

Estou assim, um niilismo, um nada, um não-ser, um não-querer muito viver...

Fecho para balanço, não sei se de tédio ou de fastio, não sei de paro ou se caminho.

Tenho uma teoria, e é só teoria, o nada nos alivia...

Alivia das dores, dos amores, dos horrores da vida...

Assim seria o paraíso?... O nada, a perfeita interação do homem, do "fenômeno", da "coisa em si", da "vontade" impulsionadora ao nada, à sua "anti-vontade", e depois tudo começa, de novo num eterno retorno, vejo a cobra engolindo o próprio rabo?...

Quem nunca sofre o que eu, tu, eles sofrem hoje, sofreram ontem e sofrerá amanhã?...

A vida é cíclica, os amores e as dores também, essa "vontade" que nunca se sacia, vontade de amor, vontade de querer, vontade de sofrer... essa "vontade de Schopenhauer" é um tédio só.

Fecho para balanço, Nietzsche, Schopenahuer, Kant, Santo Agostinho, Matias Aires, entre outros me farão companhia por enquanto.

Volto não sei quando, não sei como, não sei mesmo se volto. Mas se não voltar e porque o ""nada", o "Nirvana" consegui encontrar, e nesse nada talvez minha felicidade.

Fecho-me para balanço...