O SOLAR GÓES CALMON – Livro de Edivaldo M. Boaventura
O SOLAR GÓES CALMON – Edivaldo M. Boaventura
Comentário ao livro que recebi com dedicatória especial, quando de visita ao diretor geral do jornal A TARDE, em Salvador, em agosto de 2006, Prof. Dr. Edivaldo Boaventura.
O SOLAR GÓES CALMON é um importante documentário da casa que hoje sedia a Academia de Letras da Bahia, de autoria do nosso confrade e amigo Prof. Dr. Edivaldo Machado Boaventura, membro da instituição mais importante das letras em nossa Bahia, a Academia de Letras da Bahia.
O livro contém relatos, belas fotografias externas e internas, datas e fatos ligados à vida do Palacete do Caquende, “referência na arquitetura eclética dos solares baianos e um dos poucos sobreviventes da saga demolidora do nosso patrimônio edificado” como diz o Francisco Senna, em seu prefacio – e continua: “Esta obra perpetua a memória do Solar Góes Calmon, dignifica o lema da Academia de Letras da Bahia `Servir à Pátria honrando as Letras´...”.
Na Introdução o Prof. Edivaldo Machado Boaventura, que foi duas vezes Secretário da Educação e Cultura do Estado da Bahia, nos governos Luiz Viana Filho e João Durval Carneiro, fala da origem do Solar Góes Calmon, que foi “residência da família do governador Francisco Marques de Góes Calmon, que lhe imprimiu com o bom gosto de colecionador o caráter cultural à moradia que permanece apesar das mutações e reformas. Francisco Marques de Góes Calmon residiu com a família no palacete, de 1897 a Após o seu falecimento, prédio e coleções foram adquiridos pelo governo do Estado para sede do Museu e da Pinacoteca, inaugurados em 2 de julho de 1946”.
Mais adiante o autor descreve minuciosamente as reformas que levaram o solar ao prestígio entre os belos prédios baianos que hospedou grandes figuras republicanas, destacando-se Afonso Pena (1906) e figuras internacionais da estirpe dos navegadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral (1922).
Em 6 de novembro de 1970, o autor, investido da função de Secretário de Estado da Educação e Cultura do governo Luiz Viana Filho, inaugurou no Solar Góes Calmon, o Museu de Arte da Bahia.
Em 24 de julho de 1981, o Governador Antonio Carlos Magalhães envia à Assembléia Legislativa da Bahia a Mensagem 24/81 – CC, pela qual solicita autorização para doar à Academia de Letras da Bahia o Solar Góes Calmon e em 7 de março de 1983, deu-se a inauguração festiva da nova sede da Academia de Letras da Bahia.
O livro contém algumas fotografias, sendo uma do governador Francisco Marques de Góes Calmon, fotos da fachada do solar, dos jardins, dos bustos de grandes acadêmicos, dos salões internos, além de plantas dos ambientes, trechos de discursos de Pedro Calmon, de Cláudio Veiga, do governador Antonio Carlos Magalhães e do autor, com relatos curtos e bem fundamentados sobre o histórico Solar Góes Calmon, sede da Academia de Letras da Bahia. É uma obra muito valiosa para a nossa Memória.